21 de dez. de 2009

Turismo para todos?



"Para coibir ‘farofa’ na praia, cidades de SP cobram caro de turista de um dia. Ônibus sem registro em hotel ou pousada chegam a pagar quase R$ 3 mil. Em alguns locais, o veículo não pode sequer entrar no município."

Essa é a manchete do portal G1 no dia 20/12/09 sobre cobranças de entrada nas cidades do litoral paulista. A matéria na íntegra, segue:

"Os turistas de um dia têm tido cada vez mais dificuldade para aproveitar as praias do litoral de São Paulo. Acostumados a se amontoar em ônibus com isopores lotados de bebida e comida para passar algumas horas ao sol, eles estão longe de receber tratamento VIP.

A maioria das cidades tem ao menos uma receita para coibir a ‘farofa’ na areia. Algumas cobram caro dos que pretendem entrar na cidade sem gerar renda alguma e ainda despejar sujeira. Outras ‘isolam’ os turistas em praias menos badaladas, dando em troca um terminal todo equipado com banheiros e estacionamento.
É o que ocorre em São Sebastião, no litoral norte. Reformado, um terminal para ônibus na Praia Grande recebe os chamados turistas de um dia com churrasqueiras e até lanchonete. Os ônibus param e pagam R$ 300.


Vans desembolsam R$ 60. Com isso, os turistas ficam bem longe de Maresias, Juqueí, Camburi e outros locais frequentados pela ‘high society’. “As pessoas dessas praias têm de fato preconceito contra os turistas de um dia. É para isso que existe essa estrutura aqui”, diz Ademir Rosa dos Santos, que administra o chamado Balneário.

Em Caraguatatuba, os ônibus também só podem parar em dois terminais preestabelecidos. Um é mantido pela prefeitura e fica na Praia das Flexeiras. O outro é particular e fica em Aruã. Nos dois, ônibus pagam R$ 350; as vans, R$ 150. Em Flexeiras, há chuveiros e outras dependências para os visitantes. A idéia é ampliar a estrutura e construir também uma quadra de esportes. Em Aruã, há até acomodações para os motoristas dos ônibus tirarem uma soneca.

Em Ubatuba, também há um terminal em Perequê-Açu, com sanitários, chuveiros com água quente, guarda-volumes e local para descanso coberto. Ônibus pagam R$ 300. O diretor-presidente da Companhia Municipal de Turismo (Comtur), Enos José Arneiro, não vê, no entanto, preconceito. “O ônibus precisa parar aqui porque não há outra forma de disciplinar o trânsito. Não é discriminação”, diz, apesar de os turistas de um dia ficarem longe de praias como a da Almada e do Tenório. “A Praia do Perequê-Açu é uma das melhores da cidade”, defende.

Em Santos e na Praia Grande, ônibus que não estejam seguindo para alguma pousada predeterminada nem entram no município. Em Santos, fiscais ficam de prontidão na saída do Sistema Anchieta-Imigrantes para impedir que burlem a lei. Nas duas cidades, o ônibus que for flagrado circulando sem autorização paga multa, é apreendido e levado para o pátio. No Guarujá, um novo decreto, deste ano, taxa em R$ 800 os ônibus com turistas de um dia sem reserva em algum estabelecimento da cidade
.



Altas Taxas
Ilhabela cobra caro dos que não têm reserva: R$ 1.041 para os ônibus com ‘farofeiros’, que precisam pedir uma senha com 72 horas de antecedência. Se forem flagrados sem a licença, pagam uma multa de 10 vezes o valor (mais de R$ 10 mil). Além disso, o ônibus precisa pagar uma taxa de licenciamento ambiental (de R$ 40).

No litoral paulista, São Vicente tem a taxa mais ‘salgada’ de todas. Ônibus que não pararem em nenhuma das nove pousadas habilitadas pagam R$ 2.800. Se pagarem a hospedagem ou um valor preestabelecido, os turistas podem deixar os pertences às 5h e retirá-los às 17h, sem desembolsar a taxa.

É o caso da Pousada Tropical, que fica em frente à praia de Itararé e recebe, aos domingos, um ônibus lotado de turistas de um dia. Para poder desembarcar os passageiros, o proprietário do coletivo paga para a pousada R$ 600. “Sai mais em conta para o ônibus”, afirmou a agenciadora Fátima Costa, de 55 anos. Ela afirma que nunca viu coletivos que topassem pagar a taxa “salgada”.

Fátima acrescenta que nos R$ 600 estão inclusas duas suítes e dois banheiros, que os farofeiros podem usar à vontade. Qualquer ônibus de excursão precisa de autorização da Secretaria de Turismo para circular na cidade.

A limitação aos turistas por um dia divide a opinião de moradores e trabalhadores de São Vicente. “Esses turistas só fazem sujeira. Acabam com a nossa praia”, afirmou o estudante Jhonatan Roberto Silva, de 18 anos. Segundo o jovem, o fim de tarde de domingo evidencia o “desastre" na areia. “Comida, sacos e lixo ficam espalhados pela areia. Os turistas podiam ter um pouco mais de cuidado.”

O vendedor ambulante Paulo Siqueira, de 27 anos, porém, acredita que os visitantes são necessários para a economia. “Se não são eles, estou perdido. Eles que compram as minhas mercadorias”, afirmou, apontando para os óculos, boias e outros apetrechos praianos em sua barraca.

Para alguns juristas, as medidas adotadas pelas cidades são, além de preconceituosas, inconstitucionais, porque ferem o direito de ir e vir das pessoas. Já outros consideram legais as taxas, pois é dever de cada município regular o trânsito
".

Taxa semelhante também foi implantada pela Prefeitura de Conde, na Paraíba, que estabeleceu taxa entre R$ 110,00 e R$ 340,00 para veículos acima de 12 pessoas que não tiverem vínculo com nenhum equipamento de hospedagem na cidade.

Talvez seja fruto do Turismo de Massa ou talvez um revide à ele. Que bom que temos vários outros locais se preparando para receber esses excursionistas. Porém, eles teriam condições de se locomover até la?

1 de dez. de 2009

Municípios Mineiros se destacam em pesquisa do Ministério do Turismo




Municípios Mineiros se destacam em pesquisa do Ministério do Turismo


As cidades tiveram maior desempenho nos aspectos ambiental, social e atrativos turísticos, em relação às cidades não-capital já analisadas pelo ministério em 2008.

Belo Horizonte - Com índices acima da média de outras não capitais do Brasil, se destacando nos aspectos ambiental, social, atrativos turísticos, e políticas públicas, 11 municípios selecionados pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur) como Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional receberam os resultados da média Minas Gerais do Estudo de Competitividade, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).





Participaram da apresentação prefeitos, secretários municipais e representantes das cidades de Sete Lagoas, Santana do Riacho, Poços de Caldas, São Lourenço, Maria da Fé, Capitólio, Araxá, Juiz de Fora, Camanducaia, Caxambu e Caeté.


Durante a apresentação, a secretária de Estado de Turismo, Érica Drumond, afirmou que o Estudo de Competitividade é uma oportunidade para o turismo mineiro e uma ferramenta de avaliação para que os prefeitos possam nortear suas políticas públicas e se prepararem para a recepção do turista nacional e internacional, principalmente durante a realização da Copa de 2014.





Destaque no estudo




As cidades mineiras tiveram maior desempenho nos aspectos ambiental, social e atrativos turísticos, em relação às cidades não-capital já analisadas pelo Ministério do Turismo em 2008. No aspecto ambiental, foram avaliados estrutura e legislação municipal, distribuição de água e tratamento de esgoto, coleta e destinação de resíduos, entre outros. Este aspecto teve nota final de 65,7, enquanto a média das outras não capitais brasileiras foi de 55,1.

Acesso à educação, empregos gerados pelo turismo e cidadania foram os fatores avaliados pelo aspecto Social, que obteve a média de 62,2. As outras não capitais brasileiras obtiveram 53,5 pontos nesta avaliação. Já na avaliação dos Atrativos Turísticos, que abriga eventos programados, atrativos naturais e realizações técnico-científicas os 11 destinos indutores mineiros alcançaram o aproveitamento de 61,9 %, enquanto 58,9 das outras não capitais brasileiras.

Também ficou acima da média nacional, o desempenho das cidades mineiras nos temas Infraestrutura Geral (59,8), Políticas Públicas (59,5) e Cooperação Regional (55,2). O resultado das outras não-capitais brasileiras nestes aspectos foram de 58,1; 46,9 e 49,2, respectivamente. Entre os meses de maio e agosto deste ano, a Fundação Getúlio Vargas realizou um diagnóstico detalhado e avaliou o grau da competitividade turística dos 11 destinos mineiros para que, dentro dos princípios da sustentabilidade, os mesmos possam oferecer melhores produtos e serviços para o turista nacional e internacional.


Técnicos da instituição passaram cinco dias em cada um dos destinos, analisando mais de 600 tópicos, que avaliam os seguintes aspectos turísticos: infraestrutura geral, acesso, serviços e equipamentos turísticos, atrativos turísticos, marketing, políticas públicas, cooperação regional, monitoramento, economia local, capacidade empresarial, aspectos sociais, aspectos ambientais e aspectos culturais.

Fonte:
http://www.portugaldigital.com.br/


1- Uberlândia e Uberaba, os prefeituras estão norteando as políticas públicas e se preparando para a recepção de turistas nacionais e internacionais?

2- Em sua cidade, como você avalia os aspectos:
a) Aspectos Ambiental:
b) Aspecto Social:
c) Aspectos Turísticos:
d) Infraestrutura Geral:

24 de nov. de 2009

TURISMO E PRECONCEITO RACIAL


No dia 20 de novembro foi “comemorado” o dia da Consciência Negra. Aproveitando a data, que virou feriadão no país, a versão eletrônica do Panrotas Jornal, mídia direcionada ao trade turístico, realizou uma matéria especial sobre Turismo e Preconceito.

A matéria, disponível em: http://www.panrotas.com.br/jornal-digital-para-profissionais-do-turismo/jornal/reader2/default.aspx , traz pesquisas e depoimentos sobre preconceito racial dos que trabalham no turismo e como o turismo pode ajudar na luta contra este preconceito racial.

Citando o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, a matéria mostra que 49% da população brasileira é negra e, apesar de todas as várias considerações à respeito e do curioso fato de um instituto de pesquisa econômica realizar uma pesquisa étnica-social, a reportagem tenta mostrar que no trade turístico o preconceito racial é um pouco diferente do resto das áreas.


Após lerem a matéria, gostaria que os senhores também se inteirassem sobre o novo segmento de mercado do Ministério do Turismo, na continuação da matéria, que é o Turismo Étnico.

Consultando a Rota da Liberdade da Reality Tour, (www.realitytour.com.br), podemos conhecer um pouco dos 6 roteiros de Turismo Étnico da agência, que, segundo a proprietária da agência, foi criado inicialmente para atender uma demanda de Turismo Pedagógico.

A discussão da semana, pois, seria sobre o preconceito racial no turismo e o turismo no preconceito racial, ou seja, por que este preconceito racial não existiria no trade turístico? É tão claro assim que o turismo contribui para acabar com o preconceito racial? Existe um segmento do turismo para lutar contra preconceito racial ou todo turismo contribui com o entender e aceitar do outro?


Estas são apenas reflexões, que não precisam necessariamente serem respondidas, mas sim pensadas para enriquecer a discussão, que é grande e historicamente hipócrita. Lembrando então de nossa ideologia de como fazer com que nossa profissão melhore algo é que proponho a reflexão sobre o tema.

Boa reflexão.

17 de nov. de 2009

HÁBITOS DE CONSUMO DO TURISTA BRASILEIRO

PESQUISA REVELA HÁBITOS DE CONSUMO DO TURISTA BRASILEIRO




Levantamento será estratégico para a formulação de ações e políticas de divulgação do turismo


Os brasileiros planejam as viagens com antecedência, mas efetivam a compra em cima da hora, pagam à vista e preferem montar seus roteiros sozinhos. Nos últimos dois anos, viajaram mais pelo Brasil e avaliaram positivamente o passeio. Os dados fazem parte da pesquisa Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009 apresentada pelo ministro do Turismo, Luiz Barretto, nesta quarta-feira (04/11), em Brasília. O levantamento foi realizado pelo Instituto Vox Populi a pedido do Ministério do Turismo (MTur).

Segundo o estudo, o número de pessoas que fizeram pelo menos uma viagem pelo Brasil nos últimos dois anos aumentou 83% em relação ao estudo feito em 2007. Dos 2.514 entrevistados, 58,8% viajaram entre 2007 e 2009. Na última pesquisa, esse percentual correspondia a 32%.


“Isso mostra a força do turismo brasileiro. Houve um alargamento do mercado de consumo do país com a entrada de mais de 20 milhões de brasileiros na classe média e isso refletiu no aumento do número de viagens nos últimos dois anos”, ressaltou Barretto durante a coletiva.

A pesquisa foi realizada por telefone, entre os dias 17 de junho e 7 de julho deste ano, em 11 capitais do país: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC); Salvador (BA); Recife (PE); Fortaleza (CE); Brasília (DF) e Goiânia (GO). Foram ouvidos 2.514 brasileiros com mais de 18 anos de idade, das classes A, B, C e D.


Os entrevistados foram divididos em três grupos: clientes atuais (que fizeram algum tipo de viagem nos últimos dois anos); clientes potenciais (que não viajaram nos últimos dois anos, mas pretendem fazê-lo nos próximos dois); e não clientes (que não viajaram e não pretendem viajar nos próximos dois anos). Para melhor detalhamento da pesquisa, os não clientes (192) foram desconsiderados. Deste modo, o universo ficou dividido entre cliente atual (1.479) e cliente potencial (843). A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.Segundo o diretor do Departamento de Promoção e Marketing Nacional do MTur, Márcio Nascimento, a pesquisa é fundamental para qualquer planejamento em comunicação. “Essa pesquisa servirá para afinar nossa comunicação com o público final e, ainda, direcionar nosso trabalho para como as pessoas costumam consumir o produto turismo dentro do país”, afirmou.


HÁBITOS DE CONSUMO DO TURISMO BRASILEIRO


Além de viajarem mais pelo Brasil, os entrevistados disseram-se satisfeitos com o passeio: 95,1% dos clientes atuais avaliaram a viagem como ‘boa ou ótima’ e 53,7% tiveram suas expectativas totalmente correspondidas. A maior parte (92,6%) afirmou ter intenção de voltar ao local visitado e 95% recomendaria o destino a amigos e familiares.

Para Barretto, esses dados reforçam a fidelização do turista brasileiro e o esforço do governo federal em tornar o destino Brasil competitivo por meio da qualificação e melhora da infraestrutura turística.

A maioria dos clientes atuais também avaliou positivamente a viagem quando questionada sobre os itens: hotéis e pousadas; restaurantes; segurança; opções de lazer; meios de transporte; e informações turísticas.

O levantamento mostra que a maioria dos clientes atuais (69,2%) planeja a viagem com antecedência, mas na hora de efetivar a compra, 61,6% o faz faltando menos de 30 dias para a viagem. Desse total, 19,9% fecha o negócio sete dias antes de viajar.

Com relação ao pagamento, a maioria prefere pagar à vista, tanto os clientes atuais (63,2%) como os potenciais (63,9%). A maior parte também planeja seus roteiros sem contratar os serviços de uma agência de viagem: 78,3% dos clientes atuais e 79,1% dos potenciais preferem viajar por conta própria. Os amigos e a internet são as principais fontes de informação sobre as viagens para 80,6% dos clientes atuais e 78,6% dos clientes potenciais. A maioria dos clientes atuais (65,7%) vê na família a melhor companhia para as viagens; 17% prefere viajar com amigos; 10,8%, sozinho; e 6,6% em grupo.

A busca por descanso, tranquilidade, lazer e entretenimento foram os principais motivos citados por quem viajou pelo Brasil nos últimos dois anos ou pretende viajar nos próximos dois. A Bahia é o destino escolhido por 11,6% dos clientes atuais, seguida por São Paulo (10,9%), Rio de Janeiro (9,4%) e Santa Catarina (9,0%). O estado do Nordeste também é preferência de 21,4% dos clientes potenciais. Pernambuco (11,9%), Rio de Janeiro (11,3%) e Ceará (9,8%) aparecem na sequência.

Segundo a pesquisa, 38,9% dos que viajaram pelo Brasil nos últimos dois anos têm renda superior a 10 salários mínimos, enquanto 34,8% das pessoas com interesse em viajar até 2011 ganham entre 1 e 3 salários mínimos. “Esse é um dado bastante positivo, pois mostra maior participação das classes com menor poder aquisitivo no turismo. Antes você tinha um turismo concentrado nas classes A e B. Agora, nosso desafio é criar produtos para esse novo público”, declarou.Barretto ressaltou, ainda, a força do turismo rodoviário nas viagens regionais apontada pela pesquisa, bem como o crescimento constante dos desembarques domésticos. “Somente em setembro a Infraero registrou 4,9 milhões, 33,23% de alta em comparação a 2008”, disse. O automóvel e o avião, respectivamente, aparecem como os meios de transportes preferidos para 41,8% e 33,5% dos clientes atuais. Entre os clientes potenciais, 35,5% preferem o automóvel e 40,2%, o ônibus.



VERÃO 2009/2010

Na ocasião, o secretário Nacional de Políticas de Turismo, Airton Pereira, lançou a campanha “Se você é brasileiro está na hora de conhecer o Brasil” para o verão 2009/2010. “Esse é o lançamento da disputa pelo verão 2009/2010”, declarou Pereira.

O secretário explicou que há três anos o MTur resolveu abandonar uma ação promocional mais institucional para uma ação mais ofensiva devido ao turismo ter se tornado uma mercado cada vez mais competitivo. “Queremos mostrar um Brasil que o brasileiro não conhecia pela sua diversidade e tamanho e fomentar o hábito do consumo do turismo dentro do país. Sabemos que esse é um mercado competitivo é queremos conquistar esse público”, afirmou.

Com o foco nas praias brasileiras – preferência nacional segundo a pesquisa –, a ação pretende estimular as viagens domésticas no país durante as férias. O litoral brasileiro é o tema de filmes publicitários e impressos, que serão veiculados, a partir deste domingo (08/11), em canais de televisão, internet, revistas, jornais, cinemas, aeroportos e estações de metrô.
A pesquisa mostra a grande satisfação dos turistas justificando pela qualificação e melhoria da infraestrutura turística no Brasil. Isto é real? Lembram da situação crítica do sistema de transporte brasileiro?

Sobre os destinos mais procurados, Minas Gerais nem foi citado. Por quê? O que falta para o estado entrar neste quadro? Os meios de hospedagens; os estabelecimentos gastronômicos, a segurança; as opções de lazer; os meios de transporte e as informações turísticas estão adequados? Justifique.


Sobre a campanha “Se você é brasileiro está na hora de conhecer o Brasil” para o verão 2009/2010:

- Nesta campanha, estritamente “marketeira”, está a preocupação em explorar o turismo sustentavelmente? Ou trata-se apenas de uma estratégia de “turismo em massa” para fomentar a economia?

10 de nov. de 2009

Projeto de Lei causa polêmica nos esportes radicais e de aventura


Após a adrenalina de Brotas/SP, pegaremos o viés para discutir uma questão que aquece os bastidores do Turismo de Aventura. Para isso, segue uma matéria do Portal Viagem Brasil, que cita a Folha de Pernambuco, em julho deste ano:

Esportes radicais e de aventura? Só em pensar nestes tipos de atividades desportivas é possível experimentar sensações de emoção e adrenalina. Mas também é inevitável ligá-las a outra palavra: perigo.

Ao se submeter a estas experiências, o adepto sabe que vai ter momentos de muito prazer. Afinal, como explicar o que se sente ao dar um salto de para-quedas, parapente, descer nas cordas de um rapel ou descer e entubar ondas em uma manhã de surfe? Mas nem tudo são flores.

Além dos momentos de deleite, os riscos de acidente para os amantes destes esportes, normalmente apaixonados pelo que fazem, são reais. Após alguns acidentes fatais, um Projeto de Lei polêmico que dispõe sobre regras mínimas de segurança para a prática de esportes de aventura tramita no Congresso Federal desde 2005. Agora, em análise na Comissão de Educação do Senado, falta pouco para ser aprovado, com direito a mudanças substanciais na vida de quem pratica e, principalmente, de quem promove estas modalidades.

A primeira - e, talvez, mais importante - modificação é a obrigatoriedade de um certificado para operadoras e instrutores. No caso de aprovação da PL 403/05, as operadoras promotoras de ecoesportes e seus instrutores serão obrigados a apresentar uma habilitação oficial fornecida pelo Estado. A exigência é polêmica. Cerca de 30 modalidades estão em plena atividade no País, enquadradas como radicais ou de aventura. Fato que pode dificultar, e muito, o cumprimento desta lei.

"Tanto o turismo quanto o esporte estão sendo prejudicados porque não está sendo levada em consideração as distinções dos setores turísticos e esportivos. Este é o primeiro grande erro do PL. Por isso, estamos com reunião marcada com outras entidades esportivas, além do Ministério dos Esportes e dos senadores, para sensibilizar a relatoria sobre estas diferenças", opinou o coordenador geral da Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura, Gustavo Timo.

Além do certificado para ministrar as atividades, a nova lei vai exigir uma certificação também para a compra de equipamentos. Ou seja, para adquirir novas pranchas de surfe, a escola Atahalley de Surfe, em Maracaípe, vai precisar apresentar um documento que comprove sua regularização de qualidade diante do Estado para obter o produto. O ponto dificulta as atividades das pessoas jurídicas, mas não das físicas. Isso porque se você, leitor comum, quiser sair de casa agora, adquirir sua prancha e se jogar sozinho ao mar, nada irá impedí-lo.



Para Timo, a legislação, caso passe na votação do Senado Federal - ainda sem data - pode criar para o Estado uma demanda desnecessária e um controle onde não há esta competência. "Não acho que é competência do Estado monitorar e regular estas atividades. Estas atribuições devem ser repensadas. Como vou exigir de uma escola competência para ela comprar um equipamento como se aquilo fosse uma arma?", questionou o dirigente, que defende uma regulamentação das atividades a partir das entidades desportivas e uma adequação das empresas ligadas ao Ecoturismo de maneira voluntária enquanto diferencial de mercado.

"Uma coisa é o ecoesporte e outra o ecoturismo e, na lei, eles colocam tudo no mesmo saco. As empresas ligadas ao turismo de aventura já tem seus parâmetros", explicou, referindo-se ao Programa Aventura Segura, onde as operadoras se adequam para comprar um certificado de qualidade de serviço adaptados a 24 normas técnicas de segurança da ABNT.




Você concorda com as afirmações do presidente da ABETA sobre os setores Turístico e Esportivo serem diferentes (ecoesporte e ecoturismo)? E sobre a questão do monitoramento e regulamentação das atividades de aventura, realmente não são papel do Estado? O Projeto de Lei ignora as regras criadas pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas – ABNT e trabalhadas pela ABETA há alguns anos. Mas o que isso significa?

* Aos que serão governados pelos que gostam da política, podem se ater à discussão técnica do Turismo de Aventura.

Abraços e boa discussão.

4 de nov. de 2009

SISTEMA DE TRANSPORTE BRASILEIRO



SISTEMA DE TRANSPORTE BRASILEIRO

As facilidades de comunicação, tecnológicas e de transporte, impulsionaram a globalização. Hoje é possível ter informações do mercado mundial com a mesma facilidade do que do comércio doméstico, possibilitando um conhecimento profundo de um mercado em potencial, que antes era difícil atender.

O Brasil, mesmo estando entre os 20 maiores exportadores e tendo apresentado recordes de exportação possui uma participação de 1% do fluxo mundial.

As dificuldades encontradas para o maior crescimento estão ligadas diretamente a entraves internos, que há muitos governos se repetem sem solução, entre elas estão a burocracia excessiva, a falta de tecnologia, a carência de educação e principalmente a infra-estrutura inadequada e insuficiente.


A falta de infra-estrutura para quem trabalha diariamente com o comércio exterior é o maior problema, principalmente no que se refere à infra-estrutura de transportes. Faltam linhas aéreas, contêineres, há excessivo gasto no deslocamento da produção, há perdas ocorridas por avarias no transporte, além de existir a distorção da matriz de transportes, havendo uma sobrecarga do modal rodoviário.


A área de transporte brasileiro acarreta grandes limitações para o crescimento e expansão da economia brasileira. Essa deterioração está fundamentada nos investimentos insuficientes em infra-estrutura, pelo menos nas duas últimas décadas. Hoje, são necessárias providências imediatas, pois com o bom desempenho do mercado de cargas pesadas que país vem tendo, é notória a necessidade urgente de se investir no transporte aéreo, nas rodovias, ferrovias e hidrovias.

Há vários anos o transporte de cargas brasileiro vem apresentando sintomas que apontam para graves problemas de deterioração, decorrentes da falta de investimentos, pelo menos nas duas últimas décadas. Os problemas estruturais comprometem a eficiência operacional, tornando-se um entrave ao desenvolvimento econômico e social do país.

Com os problemas de transportes existentes, o Brasil acaba desperdiçando bilhões de reais, devido aos acidentes, aos roubos de carga, há ineficiências operacionais e energéticas. Como pilares do caos, no setor de transporte, estão as enormes deficiências de regulação, as políticas governamentais de investimento e, também, a distorção da matriz de transporte, acarretando em significativa perda econômica e de competitividade e conseqüente reflexo no custo Brasil.

O uso inadequado dos modais gerou uma enorme dependência do modal rodoviário, que acaba suprindo lacunas dos demais modais, porém apresenta um frota ultrapassada e as rodovias em condições precárias. A malha ferroviária existente, em boa parte construída no início do século passado, sofre resquícios de falhas no processo da recente privatização que a impede de impulsos maiores. A participação dos modais hidroviário e aéreo é praticamente inexistente.


A falta de um planejamento e de investimentos do setor de transporte nacional, implica numa incapacidade de acompanhar a demanda nacional podendo gerar um colapso deste sistema. Alguns fatores deste risco já podem ser percebidos como uma frota de caminhões e locomotivas antigas tendo uma idade média, respectivamente, de 19 e 25 anos, a grande maioria das rodovias em condições péssima, pouca disponibilidade de infra-estrutura ferroviária e o sistema aéreo e hidroviário tendo baixa participação.



Uma das principais causas da ineficiência da matriz de transportes de carga brasileira está baseada no uso inadequado dos modais. Existe uma sobrecarga no transporte rodoviário, figura abaixo, em função dos baixos preços de frete, o que acaba servindo como uma barreira ao uso dos demais modais.

Fonte: DNIT.


É importante ressaltar que os recursos para estes investimentos já são gerados através da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), porém é preciso que haja uma adequação dos investimentos para a melhoria e modernização da infra-estrutura de transportes, pois os investimentos nesta área estão muito baixos.




Transportes do Brasil

Os sistema de transportes brasileiro define-se basicamente por uma extensa matriz rodoviária, sendo também servido por um sistema limitado de transporte fluvial (apesar do numeroso sistema de bacias hidrográficas presentes no país), ferroviário e aéreo. O intuito de criar uma rede de transportes ligando todo o país nasceu com as democracias desenvolvimentistas, em especial as de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitscheck. Àquela época, o símbolo da modernidade e do avanço em termos de transporte era o automóvel. Isso provocou uma especial atenção dos citados governantes na construção de estradas. Desde então, o Brasil tem sua malha viária baseada no transporte rodoviário.


Existem cerca de 2.498 aeroportos no Brasil, incluindo as áreas de desembarque. O país tem o segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado nas proximidades de São Paulo, é o maior e mais movimentado aeroporto do país, grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo (Hub). O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2464 aeroportos regionais.


Possuindo cerca de 1.355.000 quilômetros de rodovias, as estradas são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro. Desde o ínicio da república os governos sempre priorizaram o transporte rodoviário em detrimento ao transporte ferroviário e fluvial. O Presidente Juscelino kubitscheck (1956-1960), que concebeu e construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de rodovias. Kubitscheck foi responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país (Volkswagen, Ford e GM chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias. Hoje, o país tem instalado em seu território outros grandes fabricantes de automóveis como Fiat, Renault, Pegeot, Citroen, Mercedes-Benz etc.

Atualmente, porém, o governo brasileiro, diferentemente do passado, procura incentivar outros meios de transporte, principalmente o ferroviário, um exemplo desse incentivo é o projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-SP, um trem-bala que vai ligar as duas principias metrópoles do país. O Brasil é o 7º mais importante país da indústria automobilística. Há 37 grandes portos no Brasil, dentre os quais o maior é o Porto de Santos.



Qual a solução para os sistemas de transporte do Brasil?
Você acha que o Brasil deva investir na malha rodoviária ou na malha ferroviária? (lembre dos R$ 16 bilhões do projeto do Trem Bala Rio-São Paulo). Justifique.
Você defende a aplicação dos recursos que serão destinados ao trem-bala em outros projetos para o transporte de massa nas regiões metropolitanas? Justifique.
Qual seria o modo de transporte mais eficiente para o transporte de cargas no Brasil? Justifique.
Você sabia que dos 1.355.000 quilômetros de rodovias no Brasil apenas 30% são pavimentadas? Que destas rodovias pavimentadas, a maioria encontra-se em situação crítica? O que acha disto?


REFERÊNCIAS
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Disponível em http://www.antt.gov.br/.
CNT – Centro Nacional do Transporte. Disponível em http://www.cnt.org.br/.
DNIT- Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes.
ERHART, Sabrina; PALMEIRA, Eduardo Mauch. (?).Faculdade Atlântico Sul de Pelotas.
Ministério dos Transportes. Disponível em http://www.transportes.gov.br/.

28 de out. de 2009

Vale Cultura e seus impactos no Turismo


Trabalhadores receberão R$ 50 para gastar em shows, teatros, cinemas e livrarias. Empresários poderão deduzir 1% do imposto devido.

O projeto do Governo Federal que institui o Programa de Cultura do Trabalhador e cria o vale-cultura foi aprovado na Câmara dos Deputados. Com a medida, os trabalhadores brasileiros receberão mensalmente R$ 50 para adquirir produtos ou serviços culturais.

Para os empregados que ganham até cinco salários mínimos, a empresa poderá descontar dos salários até 10% do valor do vale, e o trabalhador terá o direito de optar pelo não recebimento do benefício. Os trabalhadores com remuneração superior a cinco mínimos também podem receber o vale, mas apenas quando todos aqueles com a faixa salarial mais baixa já tiverem sido contemplados. Nesse caso, o desconto no salário varia de 20% a 90% do valor do vale. A estimativa do governo é injetar até 600 milhões por mês no mercado cultural e 7,2 bilhões por ano.

O projeto considera áreas culturais as artes visuais, artes cênicas, audiovisual, literatura e humanidades, música e patrimônio cultural. O vale-cultura terá caráter pessoal e intransferível e será válido em todo o território nacional e poderá ser reajustado todos os anos.

Outro medida assegurada pelos deputados, determina que os aposentados que recebam até cinco salários mínimos receberão um vale-cultura no valor de R$ 30, pagos pelos recursos do Tesouro Nacional.



Os estados, Distrito Federal e municípios poderão conceder o vale-cultura nos termos das leis específicas de cada um deles.

Os integrantes do Ministério da Cultura (MinC) fazem as contas para aumentar o acesso à produção artística e cultura pelas camadas mais pobres da população. Para isso, baseiam-se nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrando que apenas 14% dos brasileiros vão ao cinema regularmente e que 96% da população não freqüentam museus. Mais ainda, 93% nunca foram a uma exposição de arte, e 78% jamais assistiram a um espetáculo de dança. O IBGE constatou também que 90% dos municípios do País não contam com cinemas, teatros, museus ou centros culturais.

Longe de ser um projeto que resolve todos os problema do meio cutlural, a proposta tem como mérito a preocupação de colocar no centro do debate o direito à cultura das camadas com menor poder aquisitivo. Entretanto, é fundamental que esta medida seja acompanhada da efetivação de muitas outras, incluindo algumas que já tramitam no Congresso Nacional, para ampliar e consolidar as políticas públicas que viabilizem a produção e a circulação dos bens simbólicos, em todos os momentos do fazer artístico.

Para isso, é imprescindível a ampliação do orçamento destinado à cultura, a ampliação significativa de recursos para o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e a definição de leis de incentivo que beneficiem a todos os produtores e artistas, não apenas os consagrados.

O repasse dos R$ 50 não poderá ser feito em dinheiro e sim, preferencialmente, em cartão magnético. O vale em papel somente será permitido quando for inviável o uso do cartão. Para ter acesso ao benefício, as empresas poderão descontar do trabalhador até 10% do vale-Cultura, mas ele terá a opção de não aceitar o benefício.

As empresas participantes do Programa Cultura do Trabalhador poderão descontar 1% do Imposto de Renda a título de despesas com o vale. Também será permitido que empresas fora do programa adquiram o vale-cultura para distribuir aos seus trabalhadores, com base em negociação coletiva realizada por sindicatos e patrões.

O valor repassado para ser utilizado em cultura não será considerado como salário e nem servirá de base de cálculo para a incidência da contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

As empresas que quiserem distribuir o cartão-benefício da cultura terão de se cadastrar no sistema do MinC. Essas empresas de cartão farão o cadastro de livrarias, teatros, cinemas, etc.



Veja como a lei qualifica a seguintes categorias:
- Empresa operadora: pessoa jurídica cadastrada junto ao Ministério da Cultura, possuidora do Certificado de Inscrição no Programa de Cultura do Trabalhador, autorizada a produzir e comercializar o Vale-Cultura;

- Empresa beneficiária: pessoa jurídica optante pelo Programa de Cultura do Trabalhador e autorizada a distribuir o Vale-Cultura a seus trabalhadores com vínculo empregatício, fazendo jus aos incentivos previstos no art. 10;

- Usuário: trabalhador com vínculo empregatício com a empresa beneficiária; e

- Empresa recebedora: pessoa jurídica habilitada pela empresa operadora para receber o Vale-Cultura como forma de pagamento de serviço ou produto cultural.

Fonte: http://www.guata.com.br/uns_toques/C091016UT_vale_cultura_aprovado_na_camara_deputados_POL.html


Após tomar conhecimento do Vale Cultura, analise qual seria o impacto deste Vale Cultura no Turismo receptivo e emissivo a curto e longo prazos?

20 de out. de 2009

Perfil do Turista GLBT


Futuros Turismólogos.

A discussão para esta semana será baseada numa postagem realizada em 02/11/2008 com o assunto “Turismo GLBT”.

Trata-se de um assunto extremamente importante para o Turismo, pois trata-se de um público com um perfil excelente para a atividade turísticas. Os motivos são inúmeros que tornam o perfil destes turistas ao alto, dentre eles destacam-se:

- Não possuem “gastos domésticos”, ou seja, a maioria mora com os pais, não possuindo filhos e trabalham. Ou seja, não possuem gastos com moradia (aluguel, energia, alimentação em casa, água, roupa lavada e passada etc.); com educação, roupa, lazer e alimentação com filhos etc. O que justifica mais disponibilidade financeira para praticarem Lazer (Turismo, esportes etc.);
- Gostam de se divertir. Sempre saem em turmas de amigos, tanto na cidade quanto viagens.
- Por serem ainda “marginalizados” pela sociedade devido o preconceito, possuem uma perseverança em “vencerem na vida”. Motivo este que os levam a estudarem a mais (VEJA, 2007);
- Estão sempre atualizados no mundo da moda. Ou seja, se vestem bem.
- O nível de informação é grande. Pois, além dos estudos, utilizam os meios de comunicação (Internet, celular etc.) para se programarem a manter-se atualizados...

Tudo isto, nos remete a pensar:
Qual nosso papel de turismólogo para com este público?
Uberlândia e Uberaba possuem infra-estrutura para esse público?
Nos últimos 02 anos o quê houve de novidade nas cidades?
Você acha que o Turismo GLBT cresceu no Brasil? Ou ainda engatinha?
No dia 08/10/09 houve a 9 Parada do Orgulho GLBT em Uberlândia. De acordo com as notícias, qual o feed-back que você dá para este evento?
Para responder estas questões, vocês têm que fazer a leitura da postagem do dia 02/11/08.

15 de out. de 2009

A Gestão dos Destinos Turísticos

Os Sistemas Turísticos, enquanto conceito, é o conjunto de atores, seja diretos ou indiretos, atuantes em um destino turístico. Fazem parte de um Sistema Turístico o hotel, a agência de turismo, o restaurante, o artesão, o posto de combustível, a agência bancária, o policial e mais uma bela lista de envolvidos na atividade turística.

Contudo, certa vez, Bruno Bittencourt, turismólogo e leitor de inúmeras obras técnicas de Turismo, parafraseando uma gama de autores, inclusive internacionais, nos relatou a justa diferença entre envolvimento e comprometimento, através de uma metáfora quase bíblica: “O fazendeiro queria matar a sua fome com um sanduíche de presunto. Ao escutar, a galinha se disse aliviada, pois, dela, somente os ovos seriam arrancados. Já o porco, desesperado, disse a galinha que seus ovos apenas a envolviam, enquanto o presunto o comprometia.”

A reflexão foi trazida para pensarmos no problema de gestão do Turismo, afinal, que é o gestor do Sistema Turístico? O problema foi trazido pelo professor Mário Petrocchi, em curso oferecido no dia 14/10.



O professor Petrocchi instiga quem deveria ser o gestor da qualidade do turismo nos destinos. Como exemplo, perguntou a um empresário do setor de turismo: “Se os seus funcionários trabalharem o dia que quiserem, da forma que quiserem e pelo preço que quiserem, como estaria seu negócio?” Da mesma forma, completa o professor Petrocchi, é a atividade turística em si. Caso os hotéis trabalhem da forma que bem entenderem, os restaurantes praticarem o preço que lhes forem conveniente e os taxistas no dia que quiserem, a qualidade da atividade turística neste destino será muito ruim.

Assim sendo, a pergunta que fica seria: quem administra do sistema turístico?

Uma das respostas é o poder público, através da Secretaria Municipal de Turismo. Contudo, voltamos a discussão anterior onde refletimos sobre o papel do poder público municipal: será que é papel da prefeitura?



Outra possível resposta seria a própria iniciativa privada, organizada e formalizada. Porém, na prática, empresário cobrando outro empresário uma qualidade, que tanto é subjetiva, seria saudável?

Como resolver então, o problema da qualidade no sistema turístico, para solucionar o problema muito bem ilustrado pelo professor Petrocchi:

5 de out. de 2009

RIO 2016




RIO TRANSFORMA O SONHO OLÍMPICO EM REALIDADE E CONQUISTA OS JOGOS DE 2016




A comitiva brasileira vibra na hora do anúncio: festa verde-amarela no auditório em Copenhague
Em uma sexta-feira histórica para o esporte brasileiro, candidatura carioca supera as rivais Madri, Tóquio e Chicago na disputa em Copenhague.

É impossível prever quais serão os maiores atletas do planeta daqui a sete anos. Possível, sim, é saber em que palco eles vão brilhar: o Rio de Janeiro. Em uma sexta-feira histórica para o esporte brasileiro, os cariocas conquistaram em Copenhague o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Até a cerimônia de abertura no Maracanã, serão mais de 2.400 dias. Tempo de sobra para viver intensamente cada modalidade, moldar novos ídolos e, acima de tudo, deixar a cidade ainda mais maravilhosa. Superadas as rivais Madri, Tóquio e Chicago, finalmente dá para dizer com todas as letras: a bola está com o Rio.

Quando o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, abriu o envelope com os cinco anéis olímpicos e anunciou a vitória do Rio, foram duas explosões simultâneas de alegria. Na Praia de Copacabana, a multidão que aguardava o resultado soltou o grito e começou a comemorar sob uma chuva de papel picado.

Dentro do Bella Center, os integrantes da delegação brasileira repetiram a festa de forma efusiva. Sem conter as lágrimas, Pelé comandava a celebração, abraçando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e os esportistas. Entre gritos e abraços, difícil era encontrar um brasileiro que não estivesse chorando.

Enquanto isso, no Air Force One, Barack Obama já voltava para casa, com as mãos vazias e uma decepcionante eliminação na primeira rodada. A população japonesa, em sua maioria contra a candidatura, pôde festejar a saída na segunda fase. Madri avançou à final, mas não conseguiu emplacar duas Olimpíadas seguidas na Europa. E a vitória brasileira sobre os espanhóis na última rodada veio com sobras: 66 votos contra 32.

Na primeira fase, Chicago foi eliminada com apenas 18 votos. Madri liderou a primeira parcial, com 28, seguida por Rio (26) e Tóquio (22). A segunda etapa já teve o Rio bem na frente, com 46, contra 29 dos espanhóis e 20 dos japoneses, que saíram da briga.

O Brasil, que lutava há mais de uma década pelo direito de sediar os Jogos, ganhou a disputa na lágrima, da mesma forma como costuma festejar suas conquistas em cima do pódio em competições mundo afora. Com uma apresentação marcada pelo tom emotivo nesta sexta-feira, o Rio deu a cartada final para convencer os integrantes do Comitê Olímpico Internacional a plantar o movimento olímpico na América do Sul pela primeira vez. A estratégia funcionou bem.


O RIO PODE CONTAR COM SÃO PAULO


Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab deixou qualquer rivalidade de lado e manifestou grande satisfação com a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com ele, os paulistanos se colocarão à disposição para auxiliar os cariocas a realizarem um evento inesquecível.

"Como todos os brasileiros e também como paulistano, estou muito entusiasmado com esta escolha. Como prefeito, posso afirmar que a cidade de São Paulo vai se irmanar ao Rio de Janeiro para que possamos ajudá-los de todas as maneiras possíveis no sentido de termos no Brasil a melhor Olimpíada da história. Vamos nos esforçar bastante e o Rio de Janeiro sabe que pode contar com São Paulo", afirmou Kassab.

O político diz já ter conversado com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, sobre o assunto. Segundo o projeto divulgado pelo Comitê Organizador Rio-2016, algumas partidas de futebol podem ser disputadas na maior cidade do país - o São Paulo, inclusive, garante ter assinado um contrato para cessão do Morumbi, ao passo que o Palmeiras deixou claro que o estádio Palestra Itália, que será reformado a partir do ano que vem, também pode ser cedido.

"No momento em que o Brasil se fortalece trazendo a Olimpíada para uma cidade maravilhosa como é o Rio de Janeiro, todo o Brasil ganha, incluindo São Paulo", comemorou Kassab, que, por enquanto, trabalha para fazer da cidade palco da abertura da Copa de 2014. "São Paulo está se esforçando bastante para isso", lembrou o prefeito.


JOGOS CUSTARÃO R$ 25.9 BI




Para resolver os problemas, o Rio de Janeiro apostou no maior orçamento entre as cidades finalistas. A Olimpíada de 2016 vai custar cerca de R$ 25,9 bilhões, com os gastos divididos entre os governos federal, estadual e municipal e a iniciativa privada.O orçamento dos Jogos no Rio prevê gastos de US$ 2,82 bilhões na construção das instalações esportivas e na organização do evento. Desse valor, 31% virão de aporte do COI; 45%, de capital privado, gerados por licenciamento, marketing e venda de ingressos, e 24%, dos três níveis governamentais. Mas o projeto ainda aponta investimentos de US$ 11,1 bilhões em obras de infraestrutura na cidade, como transportes, segurança e comunicações — valor que sairá principalmente dos cofres públicos.

A eleição, transmitida para mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, foi o final de três anos de uma disputa na qual a cidade brasileira partiu do descrédito quase total até o discreto favoritismo que envergou na última semana. A evolução pode ser explicada por um projeto técnico de excelência, uma apresentação impecável e um comprometimento político comparável apenas à candidatura de Madri. Mas, para os membros do COI, o que mais contou foi o chamado que o Brasil fez à entidade: votar pelo Rio para 2016 seria optar por dar um novo caminho ao movimento olímpico, universalizando a Olimpíada e desfazendo as injustiças das últimas décadas.

RIO QUER TÍTULO DE CIDADE ULTRACONECTADA NAS OLIMPÍADAS DE 2016

Projeto diz que será possível usar web a qualquer hora, de qualquer lugar. Iniciativa propõe ainda parceria com organização voltada à inclusão digital.

O Rio de Janeiro quer ser uma cidade completamente conectada, que ofereça internet sem fio gratuita e de alta velocidade, durante as Olimpíadas de 2016. De acordo com o projeto de canddatra, o objetivo é garantir que os internautas consigam navegar a qualquer hora, de qualquer lugar, quando estiverem na cidade. O nome da sede dos Jogos Olímpicos será divulgado nesta sexta-feira (2).

Descrito no projeto, o conceito da cidade conectada é “proporcionar uma ótima experiência para os espectadores através de uma série de equipamentos de comunicação, além de fornecer conexão de alta velocidade para atletas e agências fotográficas”. Por se tratar de uma iniciativa que ainda precisa ser aprovada, não foram definidos os tipos de equipamentos oferecidos durante o evento ou a velocidade do acesso.



1-Diante o exposto, vocês acham que o investimento proposto tanto para a Copa do Mundo em 2014 quanto para as Olimpíadas de 2016 terá retorno para o Brasil?
2- A proposta do “Rio – Cidade Ultraconectada” dará certo? O que acharam disto?
3- Além de São Paulo, outras cidades poderão ganhar com a promoção destes mega-eventos?
4- Para o Turismo, quais impactos positivos e negativos que estes eventos pode trazer?
5- Minas Gerais poderá ser parceira do Rio? Como?
6- E a questão da violência do Rio de Janeiro? Ela criará uma imagem negativa do Brasil, ou ela será estagnada?
7- Você acha que o Brasil está socialmente preparada para lidar com essa grande miscigenação cultural?

29 de set. de 2009

Turismo: politiqueira, politicagem, politicando

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.”

Este famoso texto de Bertolt Brecht, além de nos mostrar a relevância da política para quase tudo em nossas vidas, nos dá uma matriz para reflexão e formulação de nossas considerações sobre este polêmico tema, e para isso, transcrevo a brilhante frase de Platão, citada pela amiga Karina Arantes neste blog: "Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam."

Em virtude de estarmos no ano em que muito se discute sobre a Copa do Mundo de 2014, no semestre que muitos discutimos uma política pública envolvendo o Turismo de Base Comunitária, uma semana após discutirmos sobre Inventário Turístico e conseqüentemente, sobre Circuitos Turísticos e na semana em que será escolhida a cidade sede das Olimpíadas de 2016, pensei que seria conveniente falar sobre o tema.

Para não sermos redundantes, afinal, os últimos temas tiveram grande relação com a política, vamos analisar as ações dos governos públicos nas três esferas.

No Ministério de Turismo, as principais ações estão focadas na organização dos investimentos para a Copa de 2014, campanhas de incentivo às viagens, estruturação e gestão dos 65 Destinos Indutores, linhas de crédito e cadastros dos profissionais e empresas.

No âmbito estadual, o governo mineiro tenta manter a política de regionalização do Plano Nacional de Turismo fomentando seus 52 Circuitos Turísticos. O programa de capacitação vem evoluindo para hotéis e restaurantes, após três anos de capacitação para receptivos e operadores de atividades turísticas. Tem um plano de apoio à comercialização que apóia Circuitos e Receptivos em feiras e eventos de turismo além de recentemente inaugurar a Casa Minas Gerais, na Avenida Paulista esquina com rua Minas Gerais. Esta Casa servirá para encontros comerciais, campanhas publicitárias e treinamentos.



E o âmbito municipal? Como andam as políticas públicas? Você sabe quais são as responsabilidades da Secretaria Municipal de Turismo? Qual é e como deveria ser a relação entre Turismo e Política?

24 de set. de 2009

INVENTÁRIO TURÍSTICO


INVENTÁRIO TURÍSTICO





Inventário Turístico, documento elaborado por empresas do ramo turístico tem como objetivo identificar os atrativos, serviços, equipamentos, infra-estrutura, meios de acesso, variáveis gerais – fornecedores, concorrentes, clientes, mão-de-obra, entidades de classe – e variáveis operacionais – características sócio-econômicas, tecnológicas, legais e políticas - de uma localidade.

Este documento é utilizado não só pelo poder público a fim de obter subsídios para planejamento turístico sustentável, assim como turistas em busca de informações sobre a região, estudantes para realização de pesquisas e estudos, empreendedores com objetivo de ter maiores informações sobre o local que pretende abrir empreendimento turístico ou não, imprensa e outros interessados.

O processo tem como objetivo resgatar,coletar,ordenar e sistematizar dados e informações sobre as potencialidades dos atrativos turísticos e das ofertas local e regional.




Após a captação de todas as informações os dados serão repassados ao Banco de Dados do Sistema de Informações Turísticas do Programa de Regionalização e fará parte do Banco de Dados Nacional do Ministério do Truísmo par que todos os setores possam utilizar no planejamento das políticas de atuação, ações e qualificação estabelecendo prioridades a partir do conhecimento das área viáveis economicamente e aproveitando suas potencialidades.

O Inventário Turístico aponta diagnósticos que atendem as demandas de planejamento integrado, viabilizando a melhoria da infra-estrutura das cidades. Assim, é possível o desenvolvimento da qualidade dos produtos oferecidos, alavancando a economia e ampliando o mercado de trabalho com a abertura de novas frentes de emprego.



Os pesquisadores da oferta turística enfrentam dificuldades em obter informações junto aos estabelecimentos consultados. Muitos se mostram desconfiados e até se negam a fornecer informações, o que dificulta o trabalho de coleta.

Geralmente, os pesquisadores são estudantes de curso superior em Turismo e/ou Hotelaria, orientados por um Turismólogo que são contratados por uma empresa de consultoria do setor, que através de licitação tem seus projetos aprovados pela administração da cidade (que é responsável pela realização do Inventário Turístico).

Além da dificuldade apontada, os pesquisadores não têm a remuneração compatível pelo a quantidade de trabalho que realizam. O tempo também é insuficiente, pois eles precisam de colher as informações que pede nos questionários “in loco”.

Por exemplo:

Um pesquisador ganha dois passes de transporte coletivo por dia para realizar a pesquisa em 10 hotéis localizados em bairros diferentes.

O que se observa é uma falta de estrutura para que seja realizado um trabalho bem feito.


Baseado nesta realidade, o que você alvitraria para que O Programa seja plausível à nossa profissão?

Você acredita que todas as cidades brasileiras farão o Inventário Turístico?

Você como estudante, participaria deste projeto em sua cidade?

As logísticas apresentadas pelos órgãos públicos e privados é suficiente?

Sugestão Bibliográfica: acesse: http://www.livrosdeturismo.com.br/defaultlivros.asp?Ordenado=MaisVendido&Origem=Pesquisa&PalavraChave=invent%E1rio+&TipoPesquisa=Titulo&Pesquisar=Ok

16 de set. de 2009

O Turismo no Brasil e sua representatividade

Há muitos anos sempre discutimos e até lutamos para que nossa profissão fosse regulamentada, mesmo que, ao certo, não sabemos dos reais e palpáveis benefícios que esta ação nos proveria.
No entanto, em janeiro de 2009, o Ministério do Trabalho concedeu à Confederação Nacional do Turismo - CNTur a Carta Sindical, ou seja, o órgão será o representante sindical dos trabalhadores do turismo e hospitalidade. Tal Carta Sindical, foi reconhecida pelo nobre professor Dr. Mário Beni como uma “carta de alforria”, após anos
sendo inquilinos de uma incoerente e inchada Confederação Nacional do Comércio - CNC.



A Carta Sindical, permite ao CNTur planejar a força de trabalho do Turismo no Brasil, caracterizando-a como uma Representação Sindical de 3º grau, ou seja, formada por várias Federações Sindicais que estas, por sua vez, formadas por vários Sindicatos de Trabalhadores, fazendo-se valer de órgão de representatividade nacional (2 milhões de empresas e ais de 10 milhões de empregados).

Dentre os planos da CNTur estão a:

PLATAFORMA NACIONAL – Ações de formatação de políticas públicas voltadas ao Turismo.

TURISMO INTERNO MAIS BARATO – Ações para redução dos impostos para incentivo à queda do preço e aquecimento das viagens internas.

COPA DE 2014 – Qualificação das cidades sede e sub-sedes.

SISTEMA “S” DO TURISMO – Criação do SESTur – Serviço social do Turismo, para a socialização do capital através de ações de assistência social, pedagógica e serviços comunitários e SENATur – Serviço Nacional de Aprendizagem no Turismo – qualificação de mão-de-obra e formação de gestores.

REDE BRASIL DE QUALIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO TURISMO – Qualificação profissional através do convênio com mais de 100 instituições de ensino superior em turismo em todo país; promoção de atividades de lazer e socialização aos trabalhadores do Turismo em mais de mil clubes sociais e esportivos em todo país.

Para o CNTur foi somente a primeira “batalha contra a CNC”. A próxima, que já conta com atrasos nos resultados s muita polêmica, é a criação do Sistema “S” do Turismo. A CNC é categoricamente contra a criação deste e justifica na interpolação dos trabalhos do SENAC e SESC. Porém, para o prof. Mário Beni ambos não fazem mais o seu papel como deveriam, apesar de reconhecer o grande trabalho ao país em décadas de projetos. Contudo, é inaceitável que juntas, as instituições têm 17 mil leitos hoteleiros em todo país e 21 faculdades de ensino superior, técnico e pós-graduação na área do Turismo com mensalidades altas, descaracterizando o real objetivo de inclusão social e de qualificação, além de proporcionar uma covarde concorrência com a inicciativa privada no setor hoteleiro em diversas localidades do país.

Ainda segundo prof. Mario Beni, “o Sistema “S” do Turismo não cria nenhuma despesa nova à iniciativa privada ou ao Governo, somente remanejará a contribuição compulsória dos 2,5% devidos sobre a folha de pagamento das empresas ligadas ao setor, recolhida atualmente para o comércio”, o que acende ainda mais a disputa pela não criação deste por parte do CNC, pois, implicaria em perde de recursos federais ao SENAC e SESC.



Vamos fazer então, uma reflexão sobre a representatividade do turismo e do turismólogo, que acaba de mais uma vez de colocar a proposta de regulamentação da profissão na mesa de mais um presidente (FHCe o próprio Lula no primeiro mandato). A forma de representação do turismo em geral (turismólogo inclusive) está sendo construída de forma correta? É relevante a representatividade? Ou apenas político? Quais são os resultados possíveis no formato atual e quais teriam que ser o resultados dessa representatividade?

8 de set. de 2009














Pesquisa realizada pelo Departamento de Economia e Estatística da Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo), durante os dias 1° e 2 de setembro, mostra que o setor de hospitalidade e turismo paulista foi afetado após o primeiro mês de vigência da Lei Antifumo. A Lei, de autoria do governador José Serra, passou a vigorar em todo o Estado de São Paulo no dia 7 de agosto.

Os estabelecimentos ouvidos pela pesquisa estão situados na área mais nobres da capital paulista, nos bairros de Vila Madalena, Vila Olímpia, Itaim Bibi, Moema e Vila Nova Conceição. Foram consultados 90 estabelecimentos, sendo 30 casas noturnas, 30 bares e 30 restaurantes. A equipe colheu opiniões de proprietários e gerentes destas casas.

Dentre os resultados obtidos pela pesquisa, destacam-se:

- Os restaurantes foram aqueles que registraram a menor perda, com relação a faturamento: 11% em média.
- Bares perderam, em média, 22% do faturamento.
- As casas noturnas foram aquelas que registraram a maior queda no faturamento, com 38%.
Dentre as razões apresentadas pelos gerentes e proprietários para a queda de faturamento estão os seguintes motivos:
- Queda no tempo de permanência de cada cliente.
- Queda na frequência dos clientes
- Tendência dos freqüentadores em optar por reuniões em casa, efeito também da Lei Seca, aprovada em âmbito nacional em 2008 e do aumento no número de assaltos no Estado.


Lei antifumo é aprovada em Minas

Deputados mineiros aprovaram terça-feira em primeiro turno o Projeto de Lei 3.035/09, que proíbe o fumo (uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de produto semelhante) em locais fechados de uso coletivo no estado, seja público ou privado, entre esses danceterias, bares e restaurantes. A proposta dos deputados Alencar da Silveira Júnior (PDT) e Gilberto Abramo (PMDB) difere da lei paulista, já que prevê que o estabelecimento comercial deve criar espaço próprio aos clientes fumantes, separado fisicamente, porém com exaustores para garantir a qualidade do ar.


O projeto teve aprovação unânime dos 55 deputados que compareceram ao plenário, durante reunião extraordinária realizada à noite. A proposta original, apresentada no fim do ano passado, passou pelas comissões de Constituição e Justiça, de Saúde e de Fiscalização Financeira e Orçamentária, onde recebeu adequações em seu texto. Na votação de terça-feira não houve emendas.


Agora, depois da aprovação em primeiro turno, o projeto “antifumo”, como vem sendo chamado, retorna à Comissão de Saúde para parecer final. O deputado Alencar da Silveira Júnior acredita que em 15 dias deve vir a aprovação em segundo turno. Se a previsão do parlamentar estiver correta, a lei pode ser sancionada até fim de setembro, já que o Executivo sinaliza de forma favorável ao projeto.


Rio de Janeiro

O governo do Rio de Janeiro conseguiu aprovar terça-feira seu projeto que proíbe o fumo em locais públicos no estado. O texto recebeu 10 emendas dos deputados fluminenses e a proposta terá uma segunda votação ainda nesta semana e só passará a valer 90 dias depois de sancionada pelo governador Sérgio Cabral. O governo terá que fazer uma campanha educativa nos meios de comunicação para esclarecer as proibições.



Com a aprovação, a legislação fica mais restritiva na cidade do Rio de Janeiro, onde, desde maio de 2008, um decreto municipal já proibia o fumo em recintos públicos fechados. Pelo decreto municipal, ainda é tolerado o fumo em varandas, terraços e similares. Caso a lei estadual seja sancionada, o fumo nestas áreas de locais públicos também será proibido. Cidades turísticas como as das regiões Serrana e dos Lagos terão que cumprir as mesmas regras que restaurantes e hotéis cariocas já estão cumprindo.
Vocês concordam com a Lei de São Paulo, que proíbe o fumo em varandas, terraços e similares? Jutifique.

A Lei de Minas (que prevê que o estabelecimento comercial deve criar espaço próprio aos clientes fumantes, separado fisicamente, porém com exaustores para garantir a qualidade do ar), pode oferecer impactos menos negativos para os estabelecimentos no que se refere ao tempo de permanência e freqüência de cada cliente? Justifique.

Você acha que a “Lei Seca” e a “Lei Antifumo” podem afetar negativamente o Turismo no Brasil?
Boa postagem!!