27 de abr. de 2009

Gripe Suína - Turismo: vilão ou maior prejudicado?


A notícia mais comentada, falada e polemizada da atualidade não deve ficar de fora de nossos debates. Principalmente porque o Turismo está intimamente ligado ao problema.

A pandemia foi informada às autoridades brasileiras no dia 24 de abril, segundo José Agenor, Diretor de Portos e Aeroportos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, e se junta à considerável lista de pandemias na história da humanidade: Peste do Egito (430 a.C.), Peste Negra (1.300), Cólera (início 1816), Gripe Asiática I (1889 a 1890), Gripe Espanhola (1918 a 1919), Gripe Asiática III (2003) e Gripe Aviária (2004). A lista assusta ainda mais quando sabido que são apenas alguns dos exemplos de várias pandemias, algumas, mataram milhões.

A Gripe Suína, a que tudo indica, iniciou-se no México no dia 15 de março, fato que causou ira nas autoridades brasileiras que acusam as autoridades mexicanas de negligência, pois avisaram a Organização Mundial de Saúde – OMS, apenas na semana passada, fazendo com que o vírus se espalhasse para vários países, inclusive o Brasil.

O diretor da ANVISA informou ainda que passageiros que chegam nos portos e aeroportos brasileiros vindos dos países com contaminações confirmadas são encaminhados diretamente à hospitais para exames.

Outros países do mundo também agem para tentar conter o eterno vírus gripal mutável. Muitos países já têm programas de pandemias, uns até com máscaras suficientes para toda população (Áustria), outros distribuindo máscaras em todos os vôos que chegam dos países com contaminação comprovada ou suspeita (Espanha e França), os Emirados Árabes Unidos estudam a possibilidade de interromper a importação de produtos feitos de porco nas áreas suspeitas e quase todas as nações do globo isolam e examinam todos os passageiros advindos dos países suspeitos.


No Brasil, já existem suspeitas de pessoas com a gripe suína em Belo Horizonte. Todas recém chegaram de viagens pelo México e Estados Unidos.

Como o turismo, o mercado financeiro é estritamente sensível e responde com o mesmo medo à pandemia: bolsas caem, dólar sobe e investimentos desaparecem. A intuição é de que nos próximos dias as bolsas e o dólar despenquem assim como os resultados das bolsas de todo o mundo, impulsionadas, principalmente, pela queda nas ações das maiores companhias aéreas do mundo que, além de serem americanas, voam várias vezes ao dia para o México.

As ruas da Cidade do México nesta segunda (27/04) amanheceram desertas. Os poucos que tiveram que sair de casa estavam cobertos de medo, além de máscaras.



Na Rússia, agências de viagem afirmaram que cerca de 30% das viagens programadas para o México no começo de maio próximo já foram canceladas.

Na Alemanha, grandes operadores de turismo estão evitando paradas na Cidade do México e cancelando viagens para a capital.

No Japão, a medida foi mais drástica. A maior agência do país, a JTB Corp., suspendeu todos os tours para o México ao menos até o próximo dia 30 de junho.

Até as 22h00 do dia 27/04, os dados da pandemia são:

 México: 22 mortes confirmadas e 81 sob suspeita; 1.614 infectados confirmados.
 EUA: 20 casos confirmados.
 Canadá: 7 casos confirmados.
 Espanha: 1 caso confirmado e 17 sob suspeita;
 Nova Zelândia: 13 casos sob suspeita;
 Reino Unido: 2 casos sob suspeita;
 Israel: 2 casos sob suspeita;
 Brasil: 3 casos sob suspeita;


"Em 2002 [quando explodiu a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars)], o tráfego aéreo internacional caiu 14% a 15%, então esperamos algo parecido. E esperamos a recuperação entre o terceiro e o quarto trimestres de 2009", disse Helane Becker, analista de transporte.




Algumas perguntas são repetidas inúmeras vezes entre as pessoas: México, EUA, Canadá e Espanha (e os que estão por vir, inclusive o Brasil) terão seus fluxos turísticos comprometidos até quanto? A atividade turística mundial sofrerá junto com os outros países? Poderá a atividade turística se prejudicar à um ponto crítico?

Porém, gostaria de ir um pouco além das perguntas óbvias e questionar: turismo: vilão ou maior prejudicado?

22 de abr. de 2009

"Turismo" Espacial


No dia 26 de março de 2009, foi lançada à órbita a nave espacial russa Soyuz (união em russo), que teve destino a Estação Espacial Internacional - EEI.

Á bordo da nave estava o ex-executivo da Microsoft Charles Simonyi, que tem cara e sobrenome de russo, mas é americano.

Charles, no entanto, não estava “a bordo” a trabalho, e sim a turismo. Após desembolsar US$ 35 milhões por um “pacote espacial” de 11 dias na EEI. O engraçado é que Charles já havia feito o “passeio”, que havia custado na época US$ 30 milhões.


Ele não foi o único a adquirir o “pacote”, outros 4 homens e uma mulher também passaram uns dias “fora de órbita”. Desde 2001 quando se iniciou o programa da Agência Espacial Russa - Roscosmos, com o fim de ter arrecadação para financiar os projetos, 6 pessoas já pagaram milhões pela viagem e Charles é o primeiro a repetir a dose.


No entanto, Roscosmos anunciou que não haverá outro turista espacial até 2012 ou 2013, ano em que construirão uma nova Soyuz projetada especialmente para turistas. Até lá, a Soyuz transportará apenas astronautas, pois, o número de tripulantes da EEI aumentou de 3 para 6, após os atrasos em sua construção, como explica Anatoli Perminov, diretor da Roscosmos: "segundo os acordos internacionais, quando se lançarem os módulos japoneses e europeus, a tripulação (da EEI) deverá ser de seis pessoas (...), por isso não há lugar para turistas espaciais".

A Roscosmos, se afogando em simpatia, diz que a outra alternativa para os interessados em fazer turismo espacial até 2012 é a compra de uma nave espacial e que esta nave custaria "muito dinheiro".

Em uma pesquisa feita na Rússia, 29% dos entrevistado gostariam de viajar ao espaço como turistas, embora reconheçam que não têm dinheiro para pagar a passagem.

Muitos autores (Kripendorf, Moesch, Camargo, Boiteux, entre outros) defendem o turismo como o encontro com o outro, como o aprendizado e troca de experiências entre os povos, como um fenômeno social de interação, de convívio, de mútuo aprendizado.

Já outros autores (Beni, Trigo, Rejowski, entre outros) defendem o turismo como uma fonte de renda, geração de divisas, oportunidade de mercado, ou seja, uma atividade econômica e nada mais que isso.

Como você vê esse “novo” segmento do turismo? Você considera o turismo espacial, uma forma de turismo? Por quê?

13 de abr. de 2009

Nova Lei Americana e seus reflexos no Turismo


Em tempos modernos, se faz necessário, naturalmente, leis modernas.

Com a popularização mundial dos computadores portáteis, onde já podemos ver em vários aeroportos brasileiros, dezenas de pessoas nos saguões dos aeroportos conectados na internet sem fio, trabalhando, se distraindo, se informando, etc.

Além dos notebooks, os aparelhos celulares, Iphpods e Blackberries, são usados a todo momento no novo estilo de vida da nova geração.

Outro dia, ao ajudar minha mãe Sônia com simples tabelas no Word, me surpreendi com sua pergunta: “Nossa, você ‘mexe’ bem no Word. Como você aprendeu tudo isso? Não me lembro de você fazer curso?!”

Minha surpresa não foi pelo elogio, pois, qualquer um com vinte e poucos anos sabe tudo sobre a difícil arte de fazer tabelas no Word. Me assustei mesmo foi de tentar lembrar como aprendi a ‘mexer’ nas outras funções mais complicadas como formulários e macro. Resultado: não me lembrei como aprendi. Acho que a pergunta soaria tão difícil para qualquer um, quando perguntado como sabemos ‘mexer’ nesses celulares tão modernos, referindo-se a um TDMA da Nokia fabricado em 2003 ... nossa! Quase um dinossauro!

O fato é que com o novo estilo de vida, vêm também os novos golpes, crimes e coisas do gênero. Logo, a legislação também necessita de um “upgrade”.

Mas tanto já conversamos sobre Globalização e Turismo que já está ficando chato!

Porém, no fim do mês de março, foi noticiada pela Corte Federal dos Estados Unidos da América, que uma lei federal dará plenos poderes aos agentes alfandegários dos portos e aeroportos internacionais do “Tio Sam”, de analisar, vistoriar, vislumbrar ou conferir informações em aparelhos celulares, Ipods, Pen Drives, Notebooks, Blackberries e todo aparato eletrônico que puder armazenar informações. Futricar, bisbilhotar, xeretar e até escarafunchar são alguns termos que as pessoas estão utilizando para nomear a nova ação dos ianques.

Os dados suspeitos são praticamente todos: fotos, e-mails, planilhas e textos. Tomara que não me proíbam de entrar lá caso escutem minhas faixas do Latino, baixadas da Internet, em meu Ipod com fones de ouvido da TAM. Seria constrangedor.

A nova lei reza que todos os tipos de hard-drives serão tratados agora como bagagem. Espero que não pague excesso, pois, acabo de comprar um Pen Drive de 16GB.

Mesmo sem prova alguma que o visitante tenha cometido qualquer delito, a lei ampara os agentes alfandegários a confiscarem esses HD’s e nunca mais devolverem. Céus, acabou a “Festa no AP”!

Associações de Executivos de Viagens Corporativas de todo o globo, notadamente os mais afetados, tentam sem sucesso anular ou atenuar a lei. Foram até ao Senado Federal, mas ouviram um sonoro no.

Operadores de Turismo internacionais já começam então, a informar seus clientes a fazer back up de seus dados, apagar dados sigilosos ou pessoais e, pasmem, “estar preparado para, até mesmo, ter sua propriedade confiscada, sem muitas explicações”. A tocante frase veio em um e-mail da Schultz Vistos, empresa de consultoria em vistos e assistência de viagens para todo o mundo.

Neste momento, gostaria de subscrever então nosso belo juramento de Bacharel em Turismo: “Prometo, como bacharel em turismo, dedicar-me à pesquisa e ao desenvolvimento sustentável do turismo; empenhar-me pelo engrandecimento do fenômeno turístico, no Brasil e no mundo; preservar o turismo como instrumento de paz, bem estar e entendimento entre povos e zelar pelos valores éticos da profissão."

Diante de nosso juramento, como avaliar essa nova lei? Será que a mesma estará punindo todos, pela ação de poucos? Qual seria a solução menos agressiva ao turismo e sua ideologia de integração?

See you!