21 de dez. de 2009

Turismo para todos?



"Para coibir ‘farofa’ na praia, cidades de SP cobram caro de turista de um dia. Ônibus sem registro em hotel ou pousada chegam a pagar quase R$ 3 mil. Em alguns locais, o veículo não pode sequer entrar no município."

Essa é a manchete do portal G1 no dia 20/12/09 sobre cobranças de entrada nas cidades do litoral paulista. A matéria na íntegra, segue:

"Os turistas de um dia têm tido cada vez mais dificuldade para aproveitar as praias do litoral de São Paulo. Acostumados a se amontoar em ônibus com isopores lotados de bebida e comida para passar algumas horas ao sol, eles estão longe de receber tratamento VIP.

A maioria das cidades tem ao menos uma receita para coibir a ‘farofa’ na areia. Algumas cobram caro dos que pretendem entrar na cidade sem gerar renda alguma e ainda despejar sujeira. Outras ‘isolam’ os turistas em praias menos badaladas, dando em troca um terminal todo equipado com banheiros e estacionamento.
É o que ocorre em São Sebastião, no litoral norte. Reformado, um terminal para ônibus na Praia Grande recebe os chamados turistas de um dia com churrasqueiras e até lanchonete. Os ônibus param e pagam R$ 300.


Vans desembolsam R$ 60. Com isso, os turistas ficam bem longe de Maresias, Juqueí, Camburi e outros locais frequentados pela ‘high society’. “As pessoas dessas praias têm de fato preconceito contra os turistas de um dia. É para isso que existe essa estrutura aqui”, diz Ademir Rosa dos Santos, que administra o chamado Balneário.

Em Caraguatatuba, os ônibus também só podem parar em dois terminais preestabelecidos. Um é mantido pela prefeitura e fica na Praia das Flexeiras. O outro é particular e fica em Aruã. Nos dois, ônibus pagam R$ 350; as vans, R$ 150. Em Flexeiras, há chuveiros e outras dependências para os visitantes. A idéia é ampliar a estrutura e construir também uma quadra de esportes. Em Aruã, há até acomodações para os motoristas dos ônibus tirarem uma soneca.

Em Ubatuba, também há um terminal em Perequê-Açu, com sanitários, chuveiros com água quente, guarda-volumes e local para descanso coberto. Ônibus pagam R$ 300. O diretor-presidente da Companhia Municipal de Turismo (Comtur), Enos José Arneiro, não vê, no entanto, preconceito. “O ônibus precisa parar aqui porque não há outra forma de disciplinar o trânsito. Não é discriminação”, diz, apesar de os turistas de um dia ficarem longe de praias como a da Almada e do Tenório. “A Praia do Perequê-Açu é uma das melhores da cidade”, defende.

Em Santos e na Praia Grande, ônibus que não estejam seguindo para alguma pousada predeterminada nem entram no município. Em Santos, fiscais ficam de prontidão na saída do Sistema Anchieta-Imigrantes para impedir que burlem a lei. Nas duas cidades, o ônibus que for flagrado circulando sem autorização paga multa, é apreendido e levado para o pátio. No Guarujá, um novo decreto, deste ano, taxa em R$ 800 os ônibus com turistas de um dia sem reserva em algum estabelecimento da cidade
.



Altas Taxas
Ilhabela cobra caro dos que não têm reserva: R$ 1.041 para os ônibus com ‘farofeiros’, que precisam pedir uma senha com 72 horas de antecedência. Se forem flagrados sem a licença, pagam uma multa de 10 vezes o valor (mais de R$ 10 mil). Além disso, o ônibus precisa pagar uma taxa de licenciamento ambiental (de R$ 40).

No litoral paulista, São Vicente tem a taxa mais ‘salgada’ de todas. Ônibus que não pararem em nenhuma das nove pousadas habilitadas pagam R$ 2.800. Se pagarem a hospedagem ou um valor preestabelecido, os turistas podem deixar os pertences às 5h e retirá-los às 17h, sem desembolsar a taxa.

É o caso da Pousada Tropical, que fica em frente à praia de Itararé e recebe, aos domingos, um ônibus lotado de turistas de um dia. Para poder desembarcar os passageiros, o proprietário do coletivo paga para a pousada R$ 600. “Sai mais em conta para o ônibus”, afirmou a agenciadora Fátima Costa, de 55 anos. Ela afirma que nunca viu coletivos que topassem pagar a taxa “salgada”.

Fátima acrescenta que nos R$ 600 estão inclusas duas suítes e dois banheiros, que os farofeiros podem usar à vontade. Qualquer ônibus de excursão precisa de autorização da Secretaria de Turismo para circular na cidade.

A limitação aos turistas por um dia divide a opinião de moradores e trabalhadores de São Vicente. “Esses turistas só fazem sujeira. Acabam com a nossa praia”, afirmou o estudante Jhonatan Roberto Silva, de 18 anos. Segundo o jovem, o fim de tarde de domingo evidencia o “desastre" na areia. “Comida, sacos e lixo ficam espalhados pela areia. Os turistas podiam ter um pouco mais de cuidado.”

O vendedor ambulante Paulo Siqueira, de 27 anos, porém, acredita que os visitantes são necessários para a economia. “Se não são eles, estou perdido. Eles que compram as minhas mercadorias”, afirmou, apontando para os óculos, boias e outros apetrechos praianos em sua barraca.

Para alguns juristas, as medidas adotadas pelas cidades são, além de preconceituosas, inconstitucionais, porque ferem o direito de ir e vir das pessoas. Já outros consideram legais as taxas, pois é dever de cada município regular o trânsito
".

Taxa semelhante também foi implantada pela Prefeitura de Conde, na Paraíba, que estabeleceu taxa entre R$ 110,00 e R$ 340,00 para veículos acima de 12 pessoas que não tiverem vínculo com nenhum equipamento de hospedagem na cidade.

Talvez seja fruto do Turismo de Massa ou talvez um revide à ele. Que bom que temos vários outros locais se preparando para receber esses excursionistas. Porém, eles teriam condições de se locomover até la?

1 de dez. de 2009

Municípios Mineiros se destacam em pesquisa do Ministério do Turismo




Municípios Mineiros se destacam em pesquisa do Ministério do Turismo


As cidades tiveram maior desempenho nos aspectos ambiental, social e atrativos turísticos, em relação às cidades não-capital já analisadas pelo ministério em 2008.

Belo Horizonte - Com índices acima da média de outras não capitais do Brasil, se destacando nos aspectos ambiental, social, atrativos turísticos, e políticas públicas, 11 municípios selecionados pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur) como Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional receberam os resultados da média Minas Gerais do Estudo de Competitividade, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).





Participaram da apresentação prefeitos, secretários municipais e representantes das cidades de Sete Lagoas, Santana do Riacho, Poços de Caldas, São Lourenço, Maria da Fé, Capitólio, Araxá, Juiz de Fora, Camanducaia, Caxambu e Caeté.


Durante a apresentação, a secretária de Estado de Turismo, Érica Drumond, afirmou que o Estudo de Competitividade é uma oportunidade para o turismo mineiro e uma ferramenta de avaliação para que os prefeitos possam nortear suas políticas públicas e se prepararem para a recepção do turista nacional e internacional, principalmente durante a realização da Copa de 2014.





Destaque no estudo




As cidades mineiras tiveram maior desempenho nos aspectos ambiental, social e atrativos turísticos, em relação às cidades não-capital já analisadas pelo Ministério do Turismo em 2008. No aspecto ambiental, foram avaliados estrutura e legislação municipal, distribuição de água e tratamento de esgoto, coleta e destinação de resíduos, entre outros. Este aspecto teve nota final de 65,7, enquanto a média das outras não capitais brasileiras foi de 55,1.

Acesso à educação, empregos gerados pelo turismo e cidadania foram os fatores avaliados pelo aspecto Social, que obteve a média de 62,2. As outras não capitais brasileiras obtiveram 53,5 pontos nesta avaliação. Já na avaliação dos Atrativos Turísticos, que abriga eventos programados, atrativos naturais e realizações técnico-científicas os 11 destinos indutores mineiros alcançaram o aproveitamento de 61,9 %, enquanto 58,9 das outras não capitais brasileiras.

Também ficou acima da média nacional, o desempenho das cidades mineiras nos temas Infraestrutura Geral (59,8), Políticas Públicas (59,5) e Cooperação Regional (55,2). O resultado das outras não-capitais brasileiras nestes aspectos foram de 58,1; 46,9 e 49,2, respectivamente. Entre os meses de maio e agosto deste ano, a Fundação Getúlio Vargas realizou um diagnóstico detalhado e avaliou o grau da competitividade turística dos 11 destinos mineiros para que, dentro dos princípios da sustentabilidade, os mesmos possam oferecer melhores produtos e serviços para o turista nacional e internacional.


Técnicos da instituição passaram cinco dias em cada um dos destinos, analisando mais de 600 tópicos, que avaliam os seguintes aspectos turísticos: infraestrutura geral, acesso, serviços e equipamentos turísticos, atrativos turísticos, marketing, políticas públicas, cooperação regional, monitoramento, economia local, capacidade empresarial, aspectos sociais, aspectos ambientais e aspectos culturais.

Fonte:
http://www.portugaldigital.com.br/


1- Uberlândia e Uberaba, os prefeituras estão norteando as políticas públicas e se preparando para a recepção de turistas nacionais e internacionais?

2- Em sua cidade, como você avalia os aspectos:
a) Aspectos Ambiental:
b) Aspecto Social:
c) Aspectos Turísticos:
d) Infraestrutura Geral: