
Segundo a própria OTCA: “A iniciativa consiste em desenvolver e implementar atividades que destaquem o potencial turístico da Amazônia e, ao mesmo tempo, estabeleçam bases para o desenvolvimento sustentável da atividade na região. Entre as ações previstas, estão a definição de diretrizes para o turismo sustentável na Amazônia, a promoção da região em feiras, festivais, eventos gastronômicos, eventos esportes, tours e conferências internacionais de turismo estabelecidos em um calendário de eventos para o ano 2009. Além do mais, têm-se previsto a realização do Primeiro Prêmio de Turismo Sustentável para estabelecimentos de alojamento, assim como, o Concurso Internacional de Fotografia.”

O projeto já vem dando resultados e nesta semana foi anunciado pela Associação Brasileira de Operadoras de Turismo - BRAZTOA e Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura - ABETA um Termo de Parceria cujo objetivo é estimular e promover atividades de aventura com qualidade e segurança através de capacitações técnicas dos profissionais que trabalham com esportes de aventura.
Os técnicos da ABETA darão treinamentos para os profissionais no estado e a BRAZTOA dará cursos para as operadoras saberem vender o destino com propriedade aos clientes, em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Turismo do estado do Amazonas - ADETUR-AM.

As parcerias vêm a calhar, pois, algumas semanas antes dos acordos, a National Geographic Adventure, revista americana de meio ambiente com âmbito mundial, elegeu o Nepal e o Brasil como os destinos Best Adventures do mundo. Ou seja, o melhor destino do mundo para a prática de turismo de aventura. Grande parte desta escolha se deve a atratividade da floresta Amazônica, o mais diversificado bioma do mundo.
A nossa querida Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária – INFRAERO também não perdeu tempo e tratou logo de se aproveitar dos holofotes do tema. Anunciou 70 milhões em investimentos nos aeroportos da região em 2009. Só o aeroporto de Altamira/PA, receberá quase 8 milhões em investimentos e o Aeroporto de Santarém terá um novo terminal com capacidade ampliada em mais de 300% em relação a atual.
Contudo, há outros problemas por lá.

O estudo, realizado desde o ano passado pelo próprio ministério em parceria com o polêmico Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, inclui os municípios na lista negra pelos critérios:
• Área total de floresta desmatada;
• Área total de floresta desmatada nos últimos três anos;
• Aumento da taxa de desmatamento em pelo menos três, dos últimos cinco anos;
• Desmatamento em 2008 igual ou superior a 200 quilômetros quadrados;
• Ocorrência de aumento do desmatamento nos últimos cinco anos.

Polêmicas a parte, o fato não deixa de ser positivo para que, pelo menos, esses municípios sejam estimulados a desenvolver a preservação e combater o desmatamento.
Porém, o desmatamento é a única pedra no sapato do turismo no destino Amazônia? Como estão as populações ribeirinhas, indígenas e das cidades pequenas sem fonte de receita? Como está a capacitação para recepção do turista? Os atrativos do destino estão organizados?
Prezados turismólogos, neste tema, quero sugestões, idéias e propostas de turismólogos para o fomento do turismo no destino Amazônia. Não abordaremos muito os problemas da região e sim os potenciais e como devem ser trabalhados para o fomento do turismo e, conseqüentemente, de sua população.
Abraços,