
Muito tem-se ouvido comentar sobre a Paz no mundo, na mídia, em casa, no trabalho. Em todas as partes a Paz é conclamada, citada, lembrada, sugerida, reclamada, sonhada, esperada...tudo isso como se ela fosse sinônimo de felicidade, de outra ordem e outra realidade.
Mais além, numa sociedade dita ‘sustentável’, vê-se, a cada dia, mais insustentável a ausência de paz e por conseguinte, tudo que dela advém.
As nações, os Estados e Governos, as cidades, as escolas, as ruas, as empresas, as famílias...todas elas, instituições sociais e culturais que tentam perpetuar nossa idéia de mundo sobre a Terra. Onde há paz??
De que paz estamos a falar??

O Turismo já foi declarado como o “maior promotor de paz entre os povos”, pelo BIT – Bureau Internacional de Turismo, com sede em Bruxelas, anos antes do Fórum Social Mundial clamar por um “outro mundo possível”. Do que estamos falando??
Nossa estimada e valiosa Marustchka Moesch, em toda sua importante obra no Turismo, sempre deixou claro, e mostrou caminhos para que um “Outro Turismo seja Possível”.
Como ter paz onde há fome? Como ver a paz por traz de muros de resorts e condo-hotéis exclusivíssimos, situados em antigos arraiais às margens daquelas que poderiam se chamar de praias e, hoje, são réplicas urbanas das cidades das quais fugimos?

Promovemos a viagem ao contexto do outro, realizamos mega eventos que arrolam centenas de milhares de reais em investimentos, enchemos a boca ao falar que sabemos das paisagens e dos destinos mais fantásticos do planeta, porém, em que escala o que fazemos e o que acreditamos pode, em essência, contribuir para a paz no mundo. E quando falo de ‘mundo’, falo daquele que criamos com o outro, não de um mundo que imaginamos existir, mas que porém, está além de nossa vã compreensão.
Como podemos falar de paz se mal sabemos quem é o outro com quem quero promovê-la? Será a paz um estado de espírito ou uma necessidade social??

Será a paz uma utopia ou uma realidade que estamos postulando por não assumirmos sua autoria??
Será a paz um futuro comum ou algo que desejávamos apenas individualmente??
Será que a paz é consorte (companheira) do Turismo e através dele pode manifestar-se ou ela não passa de um estado de sociedade onde há ausência de guerras??
O que o Turismo que queremos pode contribuir para Paz?
Ao invés de postar sua contribuição, você deverá escrevê-la e levá-la ao debate que ocorrerá no Anfiteatro do Campus R, no dia 28 de maio, no horário das 20h15 às 21h15, conduzido pelo prof. Therbio e contando com a participação dos alunos da disciplina de Filosofia e Ética, do 3º período.



