17 de fev. de 2009

O FUTURO CHINÊS

Há alguns anos a República Popular da China era lembrada apenas como um grande país, com uma população gigantesca e comunista, que produzia milhões de cópias frajutas de tudo que se podia imaginar: desde CD's a eletroeletrônicos.

Porém, ultimamente, têm-se ouvido muito sobre esse país, principalmente do fato de ser considerada a nova potência mundial. Hoje a China é considerada a quarta economia do mundo, segundo maior país em exportações, tem crescimento econômico elevado, investimentos em pesquisa, poderio militar muito forte e, apesar do "passado" comunista e declarado "aparato" de guerra nuclear, ocupa uma cadeira no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Há algum tempo conseguiu tirar 400 milhões de pessoas da pobreza. Esse número é astronômico em qualquer lugar do mundo. Para nós brasileiros, representa mais do dobro de nosso país. Para eles também não é u número pequeno, afinal, em um universo de 1,3 bilhões de habitantes, 400 milhões é quase um terço da população.

O fato é que a China tem a mão de obra entre as mais baratas do mundo, o que faz com que sua produção seja barata e sua competitividade no mercado seja otimizada. A essa abertura comercial atual dos chineses que se dá a idéia de que será a megapotência do futuro.

Porém, há controvérsias.

A OMT e OMC divulgam projeções comerciais e de movimentação de turistas baseados nos dados atuais e relevando a taxa de crescimento anual do país. Porém, os dados da OMT, por exemplo, revelam que a China, que recebeu em 2001, 25 milhões de turistas internacionais, será destino de nada mais do que 140 milhões de estrangeiros em 2020.

Brincando com os números, sem contar crescimento populacional, a China com seus 1,3 bilhões de moradores, receberá mais 140 milhões de visitantes em apenas 12 meses.

Serão 140 milhões de pessoas a mais em um território, comendo, indo ao banheiro, consumindo, se locomovendo e, principalmente, visitando os atrativos milenares e, é claro, andando pelos mesmos locais que a já espremida população local.

Em tempos de consciência ambiental, realimentação e readequação do consumo, é de se assustar com os absurdos de consumismo chinês, fato semelhante ao que acontece nos Emirados Árabes com a construção da cidade de Dubai, que detêm um terço de todos os andaimes do mundo. Um paraíso do consumo e exagero.

A população chinesa está envelhecendo e penso ser difícil que seja desenvolvida a atividade turística neste país com números desta escala. Uma população idosa produz menos, diminui o consumo e principalmente, não é muito hospitaleira a grandes movimentações de pessoas, ruídos e festas.

Sabemos que a atividade turística só existe em uma localidade se a população local se interessar, fato este que, declaradamente não acontece na China, haja vista aos “probleminhas” acontecidos durante as Olimpíadas no ano passado (ver postagem 09/08/08).

Portanto, pessoalmente, não acredito nesta festa toda que fazem ao país chinês. Basicamente por problemas sociais e ambientais nos quais já são realidade em 2009, quem dirá em 2020.

E você turismólogo? O que pensa sobre o Império Chinês? O fluxo turístico nesse país acontecerá nestas proporções? Maior ou menor? Da forma com que andam as ações ambientais na cidade mais poluída do mundo (Pequim), como será em 2020?

Lembre-se, sua opinião não está sob avaliação e sim seus argumentos.

Abraços e até março.

13 de fev. de 2009

Sejam Bem Vindos!!

Boa noite!

Sejam bem vindos a sua nova ferramenta de aprendizagem da disciplina de Turismo Contemporâneo.

Após as explicações na aula de hoje, comentem essa postagem, com suas expectativas sobre o blog como ferramenta de aprendizage no semestre.

Abraços e mãos a obra.