17 de mai. de 2008

Postagem 12: O polêmico Turismo Sexual

Prezados amigos,

Conforme combinado, definimos o tema Turismo Sexual para esta semana em vista das recorrentes indagações sobre o tema, mesmo quando este não era o assunto central.

Segundo a OMT(1995), Turismo Sexual são "viagens organizadas dentro do seio do setor turístico ou fora dele, utilizando no entanto as suas estruturas e redes, com a intenção primária de estabelecer contatos sexuais com os residentes do destino”.

Ryan (2001), entende que se trata de um tipo de turismo onde “o motivo principal de pelo menos uma parte da viagem é o de se envolver em relações sexuais. Este envolvimento sexual é normalmente de natureza comercial“.

Já o relatório do Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes na América Latina e Caribe, diz ser a "exploração de meninos, meninas e adolescentes por visitantes, em geral, procedentes de países desenvolvidos ou mesmo turistas do próprio país, envolvendo a cumplicidade por ação direta ou omissão de agências de viagem e guias de turismo, hotéis, bares, lanchonetes, restaurantes, barracas de praia, garçons, porteiros, postos de gasolina, caminhoneiros, taxistas, prostíbulos e casas de massagem, além da tradicional cafetinagem”.

Ou seja, os equipamentos turísticos têm como seu principal "produto turístico" a exploração sexual, que é previamente agendada, programada e minuciosamente planejada bem antes de seus "clientes" saírem de suas casas, sejam elas na Europa, América ou até mesmo dentro do Brasil.

É fato que essa prática de viagens para "desfruto" do corpo humano (seja masculino seja feminino) é realidade há séculos. Também e fato que a prostituição é legal em vários países do mundo (Áustria, Holanda, Tailândia), como também é fato a máxima popular mundial da primeira "profissão" do mundo.

Por outro lado, existem indagações sobre a prática do sexo somente através do turismo, e não pelo turismo. Estudiosos no turismo defendem o ponto de vista que os fins não podem justificar os meios, ou seja, o turismo não é culpado pela prostituição, e sim, um mero co-participante.

Podemos mesmo considerar o "Turismo Sexual" como uma segmentação de mercado do turismo? Ou os fins justificam os meios? É lícito? É humano? É "mercado"?

Abraços

9 de mai. de 2008

Postagem 11: Mtur lança o Viaja Mais Jovem


No dia 07 de maio de 2008, a ministra Marta Suplicy, o Secretário Nacional de Políticas de Turismo, Airton Pereira e o Seretário de Turismo do Acre, Cassiano Marques, lançaram o Viaja Mais Jovem.

O Viaja Mais Jovem é mais um projeto do programa Viaja Mais, que já contava com o Viaja Mais Melhor Idade.

Trata-se de subsídios estatais para viagens de alunos de escolas públicas do ensino fundamental, inicialmente no estado do Acre e posteriormente ganhará todo o país.

O projeto tem como objetivo a prática de conhecimentos advindos em sala de aula e, como em nosso caso no curso de Turismo, também chama-se Viagem de Estudo ou Estudo do Meio.



Como estudantes do curso de Turismo, que tanto fizemos este tipo de programa, assim como uma análise sobre a conscientização para o turismo dos autóctones, gostaria de propor um debate sobre a importância deste programa de viagens de estudo para jovens para o nosso turismo nacional.


O planejar o turismo, requer que a comunidade seja autora, participe, se beneficie e goste de receber visitantes. Para isso, é vital que essa comunidade se conheça, se valorize, se promova.



Porponho que se interem mais sobre o projeto e discutam-no respondendo como vocês avaliam o Viaja Mais Jovem como ferramenta de um planejamento turístico nacional a longo prazo? Haja visto nossa discussão de 2 semanas sobre o turismo em Uberaba e o envolvimento da comunidade local, principalmente no que se refere ao conhecer-se.

Abraços e até quarta.

3 de mai. de 2008

O mercado de Turismo de Luxo no Brasil

Em Janeiro deste ano, foi fundado o Bureau de Turismo de Luxo através do Ministério do Turismo em parceria com EMBRATUR e Associação Brasileira de Operadoras Turísticas - BRAZTOA.

A iniciativa justifica uma análise do mercado muncial atual. As motivações de viagens modificam-se rapidamente. No século assado, Jost Kripendorf afirmava que a principal motivação para as viagens era a necessidade, pois, a população começou a trabalhar massivamente em indústrias, onde o trabalho é repetitivo e estremamente consativo e estressante. Fato que praticamente obrigava as pessoas a viajarem para "recarregar as energias" para poder voltar ao trabalho, caso contrário, certamente haveria problemas desde produtividade a stress e problemas psiquicos.

O fato ainda é uma realidade, porém, com mudanças providenciais. Atualmente, esta fuga do cotidiano cansativo e estressante ganhou a necessidade de articionar as fárias. Atualmente, os trabalhadores preferem tirar apenas 15 dias de férias por vez, e viajar 2 vezes por ano para poder retornar ao cotidiano com os estímulos renovados.

Contudo, uma emergente motivação vem mudando o mercado. O Turismo de Luxo chega ao Brasil como uma realidade evidente e extremamente lucrativa.

O segmento movimenta cerca de US% 410 bilhões ao ano e o Brasil já é o segunda destino do segmento na América, atrás apenas dos Estados Unidos.

O tema já está com tanta evidência que será tema do próximo encontro da BRAZTOA em 14 de maio no Rio de Janeiro, à bordo do navio Pink Fleet, o primeiro navio a ter um Day Cruise do país.

Teresa Perez, proprietária de uma agência que opera principalmente o turismo de luxo, diz que luxo "é sair de um bangalô em que se está hospedado e pisar na areia, é poder saborear uma refeição impecável ou um jantar à luz das estrelas, com nativos contando sobre o país que se visita".

O turismo de luxo é simplesmente ter os melhores serviços nos melhores ambientes, seja qual for o destino. Recentemente, Bill Gates e atrizes de Hollywood se hospedaram em um hotel em Machu Pichu com vista belíssima, serviços de primeira linha e é claro, preços muito altos.

No Brasil, recentemente a Minnistra Marta Suplicy inaugurou o primeiro Trem de Luxo do Brasil, no sul do país. Araxá, Campos do Jordão e Foz do Iguaçu também são os destinos que se destacam nesta segmentação.

Porém, para se ter um produto deste porte, existe a necessidade de se garantir uma qualidade mundial nos serviços turisticos.

Qual é a perspectiva do Brasil para receber este tipo de turista que busca um serviço muito mais que diferenciado, um serviço de elite? O país se encontra preparado para esta recepção? Por quê? Na sua opinião, quais são as necessidades do Brasil para poder receber bem este tipo de turista tão exigente?

Abraços e até quarta.