17 de mai. de 2008

Postagem 12: O polêmico Turismo Sexual

Prezados amigos,

Conforme combinado, definimos o tema Turismo Sexual para esta semana em vista das recorrentes indagações sobre o tema, mesmo quando este não era o assunto central.

Segundo a OMT(1995), Turismo Sexual são "viagens organizadas dentro do seio do setor turístico ou fora dele, utilizando no entanto as suas estruturas e redes, com a intenção primária de estabelecer contatos sexuais com os residentes do destino”.

Ryan (2001), entende que se trata de um tipo de turismo onde “o motivo principal de pelo menos uma parte da viagem é o de se envolver em relações sexuais. Este envolvimento sexual é normalmente de natureza comercial“.

Já o relatório do Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes na América Latina e Caribe, diz ser a "exploração de meninos, meninas e adolescentes por visitantes, em geral, procedentes de países desenvolvidos ou mesmo turistas do próprio país, envolvendo a cumplicidade por ação direta ou omissão de agências de viagem e guias de turismo, hotéis, bares, lanchonetes, restaurantes, barracas de praia, garçons, porteiros, postos de gasolina, caminhoneiros, taxistas, prostíbulos e casas de massagem, além da tradicional cafetinagem”.

Ou seja, os equipamentos turísticos têm como seu principal "produto turístico" a exploração sexual, que é previamente agendada, programada e minuciosamente planejada bem antes de seus "clientes" saírem de suas casas, sejam elas na Europa, América ou até mesmo dentro do Brasil.

É fato que essa prática de viagens para "desfruto" do corpo humano (seja masculino seja feminino) é realidade há séculos. Também e fato que a prostituição é legal em vários países do mundo (Áustria, Holanda, Tailândia), como também é fato a máxima popular mundial da primeira "profissão" do mundo.

Por outro lado, existem indagações sobre a prática do sexo somente através do turismo, e não pelo turismo. Estudiosos no turismo defendem o ponto de vista que os fins não podem justificar os meios, ou seja, o turismo não é culpado pela prostituição, e sim, um mero co-participante.

Podemos mesmo considerar o "Turismo Sexual" como uma segmentação de mercado do turismo? Ou os fins justificam os meios? É lícito? É humano? É "mercado"?

Abraços

19 comentários:

Unknown disse...

Olá colegas e professor,
Acho errado usar o termo “turismo sexual” para fazer referência às pessoas que praticam a exploração sexual em lugares diferentes do seu entorno habitual.
Estou convencido que o termo está sendo usado erroneamente pela mídia falada e escrita.
Generalizar “turismo” quanto a pessoas que praticam exploração sexual através do dele pode ser perigoso. Principalmente para nós defendermos futuramente o que é turismo sexual ou não.
Todos nós - ou pelo menos a maioria - já viajamos para outra localidade com o intuito de viver “uma aventura” amorosa, ou mesmo na esperança de viver um breve romance destes de cinema. Pois bem, na minha concepção isto é turismo sexual. Não importando o nível da relação. A intenção amorosa com pessoa do sexo oposto ou não, caracteriza a natureza da viajem, mesmo que muitas das vezes não se admita a pretensão final. Ex.: o turista sem compromisso (conjugal) que viaja para aproveitar o carnaval de outra cidade. A princípio sua justificativa para viagem é o evento do carnaval local, tendo já pré-estabelecido em seu consciente a possibilidade de conhecer pessoas diferentes para amizade ou namoro. Coisa que é da natureza humana – curtir a vida.
Nos dias atuais podemos até não considerar o fato, mas futuramente, acredito, mais pessoas irão procurar, com menor receio, por este tipo de turismo.
Sim, pode vir a ser um novo conceito de turismo, uma vez sendo trabalho eticamente quanto à comunidade receptora. É certo que já existe e sempre existiu, mas não com este rótulo que vem sido dado.
É lícito, desde que não envolva menores, violência, não comprometa a reputação, o respeito ou constranja a comunidade onde ele acontece.
O turismo não é o culpado nem co-participante na exploração sexual, pois não é possível determinar quais são as reais intenções do visitante na sua chegada, já que este é livre para escolher seu destino ou permanência. O que ele irá fazer no local de destino é de responsabilidade apenas dele.
Mesmo porque o que a mídia define, hoje, como “turismo sexual” acontece em dois momentos que são o turismo – como não poderia deixar de ser já que há o deslocamento dos que procuram, para fora de seu entorno habitual – e a exploração sexual em suas mais variadas formas.
Acredito que o melhor termo para esta prática seria: A exploração sexual através do turismo.
Um abraço a todos!

Unknown disse...

Para mim esse termo turismo sexual (em letra minúscula e sem aspas) não pode jamais ser considerado com segmento de mercado, mesmo que algumas pessoas mais liberais defendam essa prática, eu não o faço, e se depender de ser conivente com isso para trabalhar com turismo eu prefiro não trabalhar com turismo. Os fins não podem justificar os meios e o turismo tem ser ponte para aquilo que não agrida o ser humano. Nós colocamos o turismo como promotor de paz, gerador de renda e melhoria da qualidade de vida, portanto não podemos agir para promover ao contrário, a destruição da vida, dos sonhos, das perspectivas de mudança.

Não sou nenhum romântico que acha que o mundo atual é e futuro será feito de flores para todas as mulheres ao invés de exploração sexual e agressões, de comida/doces e estudo para as crianças ao invés de pedofilia, drogas e trabalhos desumanos, mas não aceito que o TURISMO (Com letra maiúscula) corrobore com este fim. Se quiserem chamar isso de turismo, que o façam, mas à luz de minha pequena e insignificante teorização a respeito de nossa atividade eu reafirmo que isso jamais poderá ser assim considerado e me entristece saber que a OMT reconhece esse termo. Não posso negar que seja um mercado, mas é ilegal e precisa ser combatido.

O mercado reage sempre em função da oferta ou da procura, portanto se conseguirmos reduzir esses itens poderemos extinguir com essa prática dentro do turismo. Posso estar sendo utópico, mas ainda acredito na educação, como forma de evitar que pelo menos nossas crianças sejam inseridas neste contexto. A prostituição sempre existiu e sempre existirá, legalmente ou ilegalmente, mas não pode ser estimulada pelo turismo. Já discutimos outrora essa prática relacionando-a a esteriotipização do Brasil no exterior e consequentemente o aumento de barreiras quanto à entrada de nossos compatriotas em outros paises, devido aos altíssimos números de brasileiros que saem do país livremente ou são levados de outras formas para se prostituírem.

Se quiserem trabalhar o turismo “Hedonistico” tudo bem, esse segmento eu reconheço pois o prazer nem sempre está relacionado com a relação sexual e ainda é tratado com muita organização. Temos inúmeros empreendimentos dessa categoria por ai e que geram muitas receitas. No Brasil, graças a nossa hipocrisia e falsa moral, esse segmento ainda não é muito desenvolvido.

Para corroborar com minha opinião em relação ao dito turismo sexual, achei interessante citar o inciso 3 do artigo 2 do Código de Ética Mundial para o Turismo. “A exploração de seres humanos, em qualquer de suas formas, principalmente a sexual, e em particular quando afeta as crianças, fere os objetivos fundamentais do turismo e estabelece uma negação de sua essência. Portanto, conforme o direito internacional, deve-se combatê-la sem reservas, com a colaboração de todos os Estados interessados, e penalizar os autores destes atos com o rigor das legislações nacionais dos países visitados e dos próprios países destes, mesmo quando cometidos no exterior”. Espero que possa clarear nossas discussões. Abraços.

Unknown disse...

Gostaria de pontuar agora minha discordância em relação a alguns fatos da postagem do Fernando. Primeiro não acho que uma viagem para carnaval tenha com intenção praticar turismo sexual, as pessoas vão para se divertir e não exclusivamente focados no ato sexual. É lógico que relações ocorrem freqüentemente, mas é uma conseqüência de vários fatores, mas não era o ato sexual o “fim” da viagem.

Segundo, não acredito que possa constituir um novo conceito de turismo, e ouvir falar em ética dentro dessa prática, me desculpe, mas “dói aos meus ouvidos” (voltemos ao código de ética).

Terceiro você colocou em relação ao turista. “O que ele irá fazer no local de destino é de responsabilidade apenas dele”. Em minha opinião nós somos responsáveis pelo turista em todos os momentos de uma viagem, desde a saída, passando pelo deslocamento, no local de destino e até o momento em que ele estiver de volta ao seu chamado “ambiente habitual”. Não é controlá-los e nem vigiá-los como prisioneiros, mas direcioná-los para que tenham uma prática turística positiva, sem causar problemas para si próprios e nem para a comunidade receptora. Abraços.

Érika de Sousa Ferreira disse...

Turismo Sexual


Primeiramente, não podemos deixar de esquecer que o “Turismo Sexual”, não existe somente no Brasil e infelizmente muitas crianças estão envolvidas na “prostituição”, pois as mesmas estão com miséria em suas casas, não tem uma boa educação, não conseguem trabalho, entre outros, problemas sociais dos países e cidades.

Na história e nos dias atuais, observamos que as viagens e a prostituição estão sempre associadas, antigamente soldados, guerrilheiros e outros homens ia para tabernas beberem, descasarem e também a procura de prazer com as mulheres que ali se expunham especialmente para satisfazer as necessidades de quem às procuravam. Hoje, no entanto, “os militares foram substituídos por turistas” segundo Ryan e Hall (2001).
Em uma reportagem do G1 “TURISMO SEXUAL, UM FLAGELO QUE PARECE NÃO TER MAIS FIM”, Frédéric Leroy, coordenador de uma conferência organizada, comenta que "Apesar de uma tomada de consciência que aumenta, o turismo sexual progride na medida em que o número de viajantes no mundo não pára de crescer". Ligando a esta reportagem, foi apresentado no Jornal da Globo do dia 08/03/06 uma reportagem sobre o turismo sexual de Fortaleza e Natal, onde Renato Roseno, presidente ONG Cedeca, diz que “sempre se encontra aquele profissional que de forma, ilegal, repito, vai intermediar este tipo de relação, entre o turista e uma adolescente, ou uma mulher jovem que foi tragada pra exploração sexual".
No meu ponto de vista é incorreto dizer Turismo Sexual, pois na verdade este termo não passa de exploração sexual e crime no que diz respeito quando se trata de crianças. Infelizmente adicionaram mais um título no turismo, por estar próximo da atividade, pois na maioria das vezes, a exploração sexual é tratada como negócio nos hotéis, flats, restaurantes, motéis a até mesmo agência de viagens.
Seguindo o pensamento de Renato Roseno, ainda encontramos profissionais que, de forma ilegal presta este tipo de serviço, não só no Brasil, mas em vários outros países podemos ver esta ação e no meu ponto de vista o turismo não é o culpado pela prostituição.

Na mesma reportagem do Jornal da Globo, é mostrado um empresário de um restaurante Ézio Eduardo Pereira, que é contra este tipo de mercado e não admite que negócios do sexo sejam tratados em seu estabelecimento e por isso responde a nove processos de discriminação feitas pelas próprias garotas de programas.

Para solução, trago um exemplo feito na França, onde o Sindicato Nacional de Agências de Viagem (SNAV) sensibilizam os clientes através de folders e vídeos que “manter relações sexuais com menores leva à prisão”.

Ainda no meu ponto de vista é mais preocupante a exploração sexual feita com crianças e não com adultos, pois adultos sabem o que fazem já crianças não, e o pior ainda é saber que homens e mulheres exploram sexualmente crianças.

Unknown disse...

O turismo sexual é um assunto delicado de ser tratado.
começando pela aplicação da própria terminologia.
A quem ou como está sendo usado;
como procede ou a partir de quando se torna ilícito ou prejudicial é que há de ser discutido.
Nós, como futuros profissionais do Turismo, que seremos, temos o dever de analisar todo contexto histórico que envolve esta questão e entendê-la como determinante de uma realidade social de várias regiões (no mundo), como acontece e porquê. Combater sem entender é uma forma de ignorância. Ser moral não é simplesmente ter opinião radical e pronto.
num planejamento turístico é preciso conhecer bem seu empreendimento e o ambiente onde será implantado.
Determinar o futuro cliente que e irá freqüentá-lo se torna uma tarefa difícil e talvez impossível de precisar.
O turista sexual nem sempre vem rotulado e nem sempre é o vilão na exploração sexual.

Apenas mais uma contribuição para reflexão.
Abraços e até mais.

Unknown disse...

Turismo sexual apesar de muito comentado o tema permanece complexo. Acredito sim, que a prostituição, como diz o dito popular, por ser a primeira profissão não irá acabar e, sinceramente, cada um faz da sua vida o que bem entender. Contudo, cada um faz da sua vida o que bem entender e não os outros o fazem. É aí a chave da questão. Quando falamos em turismo sexual (podendo ou não ser chamado assim) estamos entrando em um terreno que abrange muita gente, que não quer ser vista assim. Uma coisa é viajar viver uma relação amorosa de uma noite ou que pode virá casamento, e a outra é o Brasil ser considerado o paraíso do Turismo Sexual. E, se somos considerados assim é porque ao invés de levarmos toda nossa cultura para fora, valorizar tudo que nós temos de bom, levamos só mulatas de “vestidos” mínimos. Acho que devemos levar isso, somos nós, usamos pouca roupa, somos um povo sexy, mas porque não levarmos a cultura como um todo. Porque não mostramos que isso está arraigado a nós mas, que somos muito mais que isso, que somos também manifestações vestidas, que somos grandes pintores, grandes artistas plásticos, grandes escritores. Nós somos samba e, também, somos bossa-nova. Somos mulatas nuas e somos Carlos Miele, Oskar Metsavaht (estilistas que estão nas passarelas de NY, mostrando roupa e não tapa-sexo). Somos Grande Sertão Veredas, somos empresários de sucesso, pessoas de sucesso, somos gastronomia, somos muito mais que simples bundas que ficaram estampadas por tanto tempo mostrando nosso país lá fora.

Anônimo disse...

Na esteira do que ocorreu com o turismo clássico, chegou agora a vez do turismo sexual viver uma “democratização”. Cada vez mais, observa-se a expansão de uma prostituição “à la carte”, uma tendência que, em última instância, nada mais faz do que seguir aquela das viagens “à la carte”... Deixou de ser raro encontrar, em Phuket ou em Ko Samui (para citar o caso da Tailândia), um viajante aventureiro ocidental acompanhado, na garupa da sua moto ou agarrada ao seu braço, por uma girlfriend, nome oficial e aceitável para a prostituta – que ele alugou para a semana ou o mês.

O turismo sexual conhece um efeito “bola de neve”, que não o deixa imune a uma massificação. Na Tailândia, os novos clientes são cada vez mais jovens ocidentais em busca de aventuras e sensações fortes. Eles substituem aos poucos os velhos turistas alemães, japoneses ou norte-americanos – que, por sua vez, já haviam sucedido os militares lá estacionados durante a guerra do Vietnã. Além do mais, uma nova clientela andou surgindo nas praias e nos bares: malásios, chineses, sul-coreanos…

A prostituição “turística” atinge muitos países do Sul: neles, as garotas (ou os rapazes) são jovens, pobres e pouco educados e, portanto, facilmente exploráveis. Elas aderem de maneira mais ou menos forçada à prostituição, uma “profissão” que não têm, contudo, nenhuma vontade de exercer. À procura de sexo fácil e barato, os turistas sexuais estrangeiros afluem, atraídos por essa carne fresca, disponível e submissa. Uma boa parte dentre eles, para se dar boa consciência, encontra todas as razões do mundo para se convencer de que não está abusando do desamparo desses jovens. Não estariam fazendo nada senão ajudá-los, sustentá-los, e até mesmo contribuir para o desenvolvimento do seu país…

Nesses Estados, depois da expansão do turismo de massa, o setor informal da prostituição desenvolveu-se com o afluxo mais importante de turistas individuais. Tornou-se possível estabelecer uma espécie de cartografia do turismo sexual: as mulheres vão a Goa, à Índia, à Jamaica, a Gâmbia, enquanto os homens preferem os países do sudeste asiático, o Marrocos, a Tunísia, Senegal, a República Dominicana, Cuba, Panamá, o Suriname, o México – sem esquecer o Brasil onde teriam sido recenseadas não menos de 500 mil crianças que praticam a prostituição.

Sinceramente não concordo com o nome " Turismo Sexual" e concordo com o Fernando, pois ele jamas pode ser considerado um segmento de mercado, e na minha opinião o que mais me preocupa é a exploração sexual com menores de idade, e com pessoas que não tem estudos, e nós como turismólogos devemos combater a esses autores que fazem esse tipo de ação.

Unknown disse...

Querendo ou não, acaba sendo uma segmentação de mercado do turismo e acredito que a polêmica esteja na tênue diferença entre o Turismo sexual de adultos e o de crianças.Vejo que esta atividade seja lícita desde que não haja exploração de menores. Segundo a reportagem Le monde Diplomatique de Franck Michel postado no site Uol Online, que diz que no Brasil não menos de 500 mil crianças praticam a prostituição, discorrendo sobre a tragédia da exploração sexual para fins turísticos, e mais, cita tambem sobre a questão da baixa qualidade da educação das crianças exploradas e o aumento da prostituição nos países mais pobres do hemisfério Sul. A dissertação sobre ser humano ou não é que a prostituição como concebida acompanha a humanidade por quase toda sua história formada como sociedade. Acaba sendo mercado, pois exitem pessoas com este intuito/ motivo e os países emissores deste tipo de visitante se torna cada vez mais diverso.

Unknown disse...

Querendo ou não, acaba sendo uma segmentação de mercado do turismo e acredito que a polêmica esteja na tênue diferença entre o Turismo sexual de adultos e o de crianças.Vejo que esta atividade seja lícita desde que não haja exploração de menores. Segundo a reportagem Le monde Diplomatique de Franck Michel postado no site Uol Online, que diz que no Brasil não menos de 500 mil crianças praticam a prostituição, discorrendo sobre a tragédia da exploração sexual para fins turísticos, e mais, cita tambem sobre a questão da baixa qualidade da educação das crianças exploradas e o aumento da prostituição nos países mais pobres do hemisfério Sul. A dissertação sobre ser humano ou não é que a prostituição como concebida acompanha a humanidade por quase toda sua história formada como sociedade. Acaba sendo mercado, pois exitem pessoas com este intuito/ motivo e os países emissores deste tipo de visitante se torna cada vez mais diverso.

Unknown disse...

A Organização Mundial do Turismo (OMT 1995)define o turismo sexual
como viagens organizadas dentro do seio do setor turístico ou fora
dele, utilizando no entanto as suas estruturas e redes, com a intenção primária de estabelecer contatos sexuais com os residentes do destino.(Ryan 2001) por sua vez, entende que se trata de um tipo de turismo onde o motivo principal de pelo menos uma parte da viagem é o de se envolver em relações sexuais.Este envolvimento sexual é normalmente de natureza comercial.

Historicamente, as viagens e a prostituição têm sido muitas vezes
associadas. De fato, quando olhamos para a história do turismo,
podemos verificar através das ruínas de antigas grandes cidades, nas quais era freqüente receber viajantes por motivos essencialmente religiosos ou comerciais, que já há cerca de dois milênios atrás,existiam bairros de prostitutas.
Geralmente, a prostituição doméstica antecede o turismo sexual, ou seja, há primeiro uma procura interna à prostituição e só depois se verifica a chegada de turistas sexuais .A prostituição é proibida na maior parte dos países onde o turismo sexual acontece. No entanto, a legislação existente a este respeito não é cumprida ou é insuficiente.

A Ministra Marta Suplicy, definiu como uma das prioridades de seu
mandato o combate ao turismo sexual. Não queremos esse tipo de
visitante no país.O assunto tomou proporções sérias, a ponto de o país ser identificado hoje como um dos mais problemáticos da América do Sul nessa questão, de acordo com estudos de especialistas ligados à Organização Mundial de Turismo.

Pesquisa realizada nas principais capitais do Nordeste brasileiro
traçou o perfil do turista que visita o país tendo como principal
objetivo o sexo: europeu, classe média, com idade entre 20 e 40anos.
Dentre as nacionalidades, lideram os italianos, seguidos por
portugueses, holandeses, norte-americanos e, em menor grau, ingleses, alemães e latino-americanos.
O estudo, patrocinado pela OMT (Organização Mundial do Turismo), foi conduzido por pesquisadores de diversas universidades brasileiras e teve apoio de ONGs de combate ao turismo sexual.


As comidas típicas, as belas praias, o carnaval e os monumentos
históricos não são os únicos elementos utilizados na propaganda
turística sobre o Brasil. Para Maria José Bacelar Guimarães,
coordenadora administrativo-financeira do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), a imagem da mulher brasileira associada à sensualidade também é muito freqüente nessas propagandas, o que colabora para o crescente número de visitantes que chegam ao país em busca do turismo sexual, especialmente no litoral do nordeste. Segundo alguns textos do Chame, a Bahia passou a se destacar na última década, como um dos pontos mais procurados na rota do turismo sexual e, por conseguinte, como um dos principais pontos do tráfico de mulheres para o exterior.

Aline disse...

A Organização Mundial do Turismo (OMT) (1995) define o turismo sexual como “viagens organizadas dentro do seio do setor turístico ou fora dele, utilizando no entanto as suas estruturas e redes, com a intenção primária de estabelecer contatos sexuais com os residentes do destino”. Ryan (2001: x) por sua vez, entende que se trata de um tipo de turismo onde “o motivo principal de pelo menos uma parte da viagem é o de se envolver em relações sexuais. Este envolvimento sexual é normalmente de natureza comercial“.

Acredito que o turismo sexual seja sim uma segmentação de mercado, mas não posso deixa de dizer que é uma maneira na qual um ser humano encontra talvez um meio de se sustenta e a parti disso que o turismo sexual acaba virando um tipo de turismo no mercado.

Quando Ryan diz na citação acima que normal de natureza comercial concordo com ele pois o “corpo” acaba virando um tipo de produto não é “vendido” e “comercializado gera renda para a pessoa e uma forma de quem pagou para ter prazer uma diversão e acaba virando tambem um tipo de atração para muitos.

“Ontem à noite fomos andar pelas regiões mais "quentes" da cidade. A chamada "red light zone" é algo realmente chocante. Mulheres em trajes íntimos expostas em vitrines, como se fossem mercadorias das "Casas Pernambucanas", tudo bem ao lado da igreja matriz. O turismo sexual deve movimentar muito dinheiro nesta cidade. O curioso é que se encontra mulheres de diversos países do mundo se prostituindo. O trânsito de pessoas nestes locais é extremamente agitado. Alem disso, todo e qualquer tipo de souvenir à venda é alusivo a sexo ou drogas.”( RelataThiago Gardinali no site http://www.thiagogardinali.com.br/materias/index2.html)

Ou seja a partir desse “comentário” podemos dizer que o turismo sexual é um mercado e que vem crescendo e se tornando cada vez mas um tipo de turismo será que futuramente vai ser aceito bem mas pela população e quem sabe um trabalho de carteira assinada ou podemos dizer que já exista.
Alias aqui em Uberaba tem um lugar conhecido que as mulheres do prazer como devem ser chamada e não de prostituta trabalham de carteira assinada nos conformes com, direito a férias decimo terceiro em fim todo direito de um trabalhador relata uma conhecida minha.

Mas não podemos deixa de falar de turismo sexual quando o caso vira uma questão grave onde crianças optam por se prostituir sabe se lá por prazer ou por obrigação de uma pessoa na qual impõe a ela, é um o problema bem maior e bem mais sério do que se pensa. Não adianta só combater com rigor esses pedófilos do além-mar, mas é preciso distribuir renda para, a longo prazo, essas garotas não precisem recorrer a tais expedientes para ganhar a vida.

Zé Cipriano disse...

Na minha opinião o turismo sexual não é um segmento que deve assim ser considerado como, é mais um dos fatores que componhe e se engendra ao turismo; é lógico que aproveitadores fazem uso disso vertendo para aqueles praticam o turismo em busca do sexo em outros países. Outro dia vi pela Rede Record de televisão algumas reportagens sobre o Camboja e é um país que não só usufrui desta prática como são vendedores de crianças de ambos os sexos para turistas ou não. Vi também uma reportagem especial sobre pedofilia e a Polícia Federal está investigando uma nova prática de turismo sexual, que é o turismo pedófilo, e o pior que eles usam os meios da informática para se divulgarem e trocarem informações pelo mundo inteiro. Ou seja a coisa toda vai muito mais além de ser visto apenas como uso fruto de um segmento de Turismo.
Portanto viajar para ver determinado evento em algum lugar e daí aproveitar do que este lugar tem para oferecer não pode tipificar que esse atrativo determine como turismo sexual, mas o tema taí e temos que discutí-lo até mesmo porque envolve questões delicadas e que precisam ser sanadas com políticas sérias e bem direcionadas.

Unknown disse...

“A exploração sexual, embora utilize-se da infra-estrutura do mercado turístico, não pode ser considerado simplesmente um segmento a mais da atividade turística, por acreditar que a exploração possa ser um mercado, mas deve ser considerada uma deformação, que reflete a existências de problemas sociais agravantes, nos países receptores”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/

O Turismo sexual, a imagem da mulher brasileira associada, os visitantes chegam no país em busca do turismo sexual, especialmente no litoral do nordeste, a falta de dinheiro, educação, projetos social, acredito que sejam os principais motivos que levam mulheres e criança a se prostituir, sem contar que o “turismo sexual” facilita o trafico de mulheres para o exterior.
A imagem que o Brasil tem que ter la fora é pelas belezas naturais, culturais... e não pelo turismo sexual.

Aline disse...

Bom pontuando algumas coisas nas quais o cris diz a respeito o que o fernando.
Bom cris concordo com voce quando diz que é uma falta de etica e que esta fora do codigo, mas a questao nao e so isso a quem pense que seje uma profissao, e quando voce diz que o mercado reage em questao da oferta caro amigo vamos abrir o olho para a realidade nao que eu queira mas como o leandro diz em sala de aula semana passada tem quem queira vender seu corpo e se gera dinheiro que quem hehehehhe mas tam eis a questao de quem faça por que precisa e nao talvez por opçao.

Unknown disse...

De acordo com a Organização Mundial de Turismo (OMT), turismo são as atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e permanências em lugares distintos dos que vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins de lazer, negócios e outros.

O turismo sexual engloba vários fatores de exploração do ser humano, o tráfico de crianças, adolescentes e mulheres com fins sexuais, prostituição, escravização, tráfico de drogas e outras formas de violência e crimes, fazendo com que seja um mal a ser combatido e condenado.
Ocorre que alguns turistas exercem seu papel incorretamente. Geralmente, esses são os que saem de sua terra natal justamente por terem cometido práticas ilícitas no país de origem, e na busca de uma atividade que proporcione lucro e prazer para si próprios, escolhem o turismo sexual como fonte de riquezas pessoais.
Esses turistas sempre arranjam algum jeito de ficar bem no local escolhido por ele, ou tendo filho com alguma brasileira, ou se casando com elas e até mesmo estabelecendo algum empreendimento comercial que seja regular. Não pensam em relacionamentos amorosos e duradouros com alguém que resida na terra escolhida por esse turista.
A grande expansão e urbanização das cidades fizeram com que surgissem periferias que servem como abrigo para pessoas que imigram da zona rural para a urbana em busca de oportunidades e quando essas oportunidades não aparecem essas pessoas ficam sujeitas a todo tipo de exploração, pessoas de má índole se aproveitam da ingenuidade dos desfavorecidos social e economicamente iludindo com falsas propostas, prometendo condições melhores de vida. Para mim a falta de informação e educação são os fatores que mais influenciam para que crianças e adolescentes sejam vítimas de abusos sexuais. Acredito que deveriam ser feitas propagandas educativas, na TV, rádio e jornal e mesmo no bate-papo do dia a dia, ou nos comentários informais de personalidades famosas, para que pudéssemos contar com mais um apoio em informação nesse caso que é extremamente serio.

O Código Mundial de Ética no Turismo diz:

A exploração dos seres humanos sob todas as suas formas, principalmente sexual, e especialmente no caso das crianças, vai contra os objetivos fundamentais do turismo e constitui a sua própria negação. Portanto, e em conformidade com o Direito Internacional, ela deve ser rigorosamente combatida com a cooperação de todos os Estados envolvidos e sancionadas sem concessões pelas legislações nacionais, quer dos países visitados, quer dos países de origem dos atores desses atos, mesmo quando estes são executados no estrangeiro. (Fonte: Organização Mundial do Turismo)

Bom o Código já diz tudo...exploração sexual vai contra os fundamentos da atividade turística.

Unknown disse...

Aline, me desculpe mas eu não entendi o que você quis dizer em alguns pontos de sua ultima postagem. “quando voce diz que o mercado reage em questao da oferta caro amigo vamos abrir o olho para a realidade nao que eu queira mas como o leandro diz em sala de aula semana passada tem quem queira vender seu corpo e se gera dinheiro que quem hehehehhe mas tam eis a questao de quem faça por que precisa e nao talvez por opçao”

Vamos analisar com calma, na minha postagem eu disse que “O mercado reage sempre em função da oferta ou da procura, portanto se conseguirmos reduzir esses itens poderemos extinguir com essa prática dentro do turismo. Posso estar sendo utópico, mas ainda acredito na educação, como forma de evitar que pelo menos nossas crianças sejam inseridas neste contexto”.

Eu apenas citei uma lei de mercado, oferta x demanda. É lógico que tem que queira vender seu corpo e que isso gere dinheiro, senão não estaríamos aqui discutindo este assunto. No entanto eu propus uma tentativa de reduzir ou extinguir essa pratica dentro do TURISMO. Outra coisa, em nenhum momento eu entrei em discussão a respeito de ser opção ou necessidade. Abraços!

Unknown disse...

Caro amigo e ilustre colega Fernando, o tema central de nossa discussão é a respeito de prostituição ou turismo sexual? Em sua ultima postagem me pareceu mais um discurso sobre prostituição. “como futuros profissionais do Turismo, que seremos, temos o dever de analisar todo contexto histórico que envolve esta questão e entendê-la como determinante de uma realidade social de várias regiões (no mundo), como acontece e porquê. Combater sem entender é uma forma de ignorância. Ser moral não é simplesmente ter opinião radical e pronto”.

Eu entendo todo o contexto histórico da prostituição, mas esse dito turismo sexual não tem tanta história assim. A atividade turística em si é muito nova. Não podemos generalizar e pensar que todo lugar que tem prostituição, tem turismo sexual. Eu combato sim a utilização de nossa atividade para promover prostituição e não reconheço como uma prática aceitável pelos fatores que já citei anteriormente. Outra coisa, ser moral para mim é agir em coerência aos valores e preceitos pessoais e da sociedade e isso certamente não tem nada a ver com ter opinião radical. Minha opinião tem embasamento, não é apenas fruto de minha cabeça e loucura, mas não é uma verdade absoluta, pois não acredito que existam verdades e, portanto, estou aberto a receber opiniões contrárias desde que coerentes e bem embasadas.

Aline disse...

Carro amigo Cristiano desculpe se confundi alguma coisa em relaçao o eu quiz dizer, talvez eu possa ter me explicado de maneira errada.
Bom eu disse que concorodo com voce em alguns momentos mas, quando eu disse que "vender o corpo" e uma opçao eu quiz dizer que isso se torna um tipo de mercado, claro que no TURISMO nao podemos confundir ou se quer manter isso dentro de nossa profissao mas quando eu disse que alguem queira vender o corpo por necessidade ou opçao eu nao te perguntei se voce estava falando sobre o assunto foi apenas um exemplo no que dei e que eu acredito que atravez deste meio opçao ou necessidade ou coisa parecido é que isso acaba se tornando dentro de nossa profissao quantos hoteis nao existem pastas etc...e eu nao disse que isso inclua crianças praticando tal ato.
Em fim concordo em algumas coisas com voce mas temos que abrir os olhos para a realidade sim.

Anônimo disse...

Turismo sexual na verdade tem outro nome, Exploração Sexual,e infelizmente este termo Turismo sexual sempre foi usado no mercado turístico, trazendo uma deformação a estrutura e ao conceito turismo. Exploração Sexual é uma atividade que atua sim no mercado de trabalho desde muitos anos, mas na maioria dos países não se é aceito este ato de Prostituição.Na qual pode ser classificado como um dos segmentos da atividade turística.