Há alguns anos a República Popular da China era lembrada apenas como um grande país, com uma população gigantesca e comunista, que produzia milhões de cópias frajutas de tudo que se podia imaginar: desde CD's a eletroeletrônicos.
Porém, ultimamente, têm-se ouvido muito sobre esse país, principalmente do fato de ser considerada a nova potência mundial. Hoje a China é considerada a quarta economia do mundo, segundo maior país em exportações, tem crescimento econômico elevado, investimentos em pesquisa, poderio militar muito forte e, apesar do "passado" comunista e declarado "aparato" de guerra nuclear, ocupa uma cadeira no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Há algum tempo conseguiu tirar 400 milhões de pessoas da pobreza. Esse número é astronômico em qualquer lugar do mundo. Para nós brasileiros, representa mais do dobro de nosso país. Para eles também não é u número pequeno, afinal, em um universo de 1,3 bilhões de habitantes, 400 milhões é quase um terço da população.
O fato é que a China tem a mão de obra entre as mais baratas do mundo, o que faz com que sua produção seja barata e sua competitividade no mercado seja otimizada. A essa abertura comercial atual dos chineses que se dá a idéia de que será a megapotência do futuro.
Porém, há controvérsias.
A OMT e OMC divulgam projeções comerciais e de movimentação de turistas baseados nos dados atuais e relevando a taxa de crescimento anual do país. Porém, os dados da OMT, por exemplo, revelam que a China, que recebeu em 2001, 25 milhões de turistas internacionais, será destino de nada mais do que 140 milhões de estrangeiros em 2020.
Brincando com os números, sem contar crescimento populacional, a China com seus 1,3 bilhões de moradores, receberá mais 140 milhões de visitantes em apenas 12 meses.
Serão 140 milhões de pessoas a mais em um território, comendo, indo ao banheiro, consumindo, se locomovendo e, principalmente, visitando os atrativos milenares e, é claro, andando pelos mesmos locais que a já espremida população local.
Em tempos de consciência ambiental, realimentação e readequação do consumo, é de se assustar com os absurdos de consumismo chinês, fato semelhante ao que acontece nos Emirados Árabes com a construção da cidade de Dubai, que detêm um terço de todos os andaimes do mundo. Um paraíso do consumo e exagero.
A população chinesa está envelhecendo e penso ser difícil que seja desenvolvida a atividade turística neste país com números desta escala. Uma população idosa produz menos, diminui o consumo e principalmente, não é muito hospitaleira a grandes movimentações de pessoas, ruídos e festas.
Sabemos que a atividade turística só existe em uma localidade se a população local se interessar, fato este que, declaradamente não acontece na China, haja vista aos “probleminhas” acontecidos durante as Olimpíadas no ano passado (ver postagem 09/08/08).
Portanto, pessoalmente, não acredito nesta festa toda que fazem ao país chinês. Basicamente por problemas sociais e ambientais nos quais já são realidade em 2009, quem dirá em 2020.
E você turismólogo? O que pensa sobre o Império Chinês? O fluxo turístico nesse país acontecerá nestas proporções? Maior ou menor? Da forma com que andam as ações ambientais na cidade mais poluída do mundo (Pequim), como será em 2020?
Lembre-se, sua opinião não está sob avaliação e sim seus argumentos.
Abraços e até março.
Blog de discussões e contribuições entre turismólogos no qual ainda que criado como ferramenta da disciplina de Turismo Contemporâneo do Curso de Turismo da Universidade de Uberaba, dialoga com todos que se interessem pelas discussões acerca de temas contemporâneos que influenciam ou são influenciados pela atividade turística. Sejam bem vindos !
17 de fev. de 2009
13 de fev. de 2009
Sejam Bem Vindos!!
Boa noite!
Sejam bem vindos a sua nova ferramenta de aprendizagem da disciplina de Turismo Contemporâneo.
Após as explicações na aula de hoje, comentem essa postagem, com suas expectativas sobre o blog como ferramenta de aprendizage no semestre.
Abraços e mãos a obra.
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