18 de ago. de 2010

Dubai e a nova reflexão mundial


Em 1971, seis Emirados se unificaram para formar os Emirados Árabes Unidos, independentes, porém autônomos, entre si inclusive. Um ano depois chegou o sétimo Emirado e uma política de cooperação mútua, que perdura até os dias atuais, fazendo com que a região fosse então considerada um único país, apesar das distinções de cada Emirado.

Emirado, quer dizer uma região de administração de um Emir, que é um título de nobreza, semelhante ao Sultão, Califa e Vizir. São pessoas muito ricas e com poderes religiosos, considerados descendentes de Maomé. Desta forma, entendemos o significado do nome deste país: união dos territórios de Emires.

Localizados ao sul do Oriente Médio, no Golfo Pérsico, às margens do Oceano Índico, esse bucólico lugar, se transformou em uma velocidade assustadora.


Em julho de 2008, sua população era de um pouco mais de 4,5 milhões de habitantes, com alta taxa de natalidade (16,06 por mil, enquanto o Brasil tem 1,8) e baixa de mortalidade (2,13 por mil, o Brasil tem 6,22).

O país, ao contrário do que se pensa, não está ainda um país cosmopolita. Apesar de sua população ser composta de apenas 19% de emiratenses. Contudo, cerca de 50% da população são indianos, 23% de outros árabes (principalmente iranianos) e somente 8% de outras etnias. Isso explica os 96% de adeptos da religião muçulmana e a língua mais falada ser o hindu, árabe e persa.

A economia base do país é o petróleo e o gás natural, matérias primas de grande valor no mundo todo, sobretudo político.

Apesar de apenas 2,4% de índice de desemprego (Europa 7,2%, Brasil 14,5% e Estados Unidos 6%) o país conta com quase 20% de sua população abaixo da linha da pobreza.

Contudo, os Emires iniciaram uma revolução da engenharia no país, principalmente no emirado de Dubai, onde as construções estão em um ritmo tão acelerado, que em 2008 cerca de 25% dos guindastes de todo o mundo estavam nesta cidade.


Através de um moderno sistema de drenagem holandesa, que draga milhares de toneladas de areia para o oceano, formando as maiores ilhas artificiais do mundo.



As maravilhas da engenharia estão sendo construídas neste local, como Burj al-Arab, o único hotel 7 estrelas do mundo, um hotel sobre as águas, o edifício mais alto do mundo,



a maior contrução da engenharia do mundo, o maior conjunto de parques de diversões e resorts do mundo, o maior complexo de esportes do mundo,




a maior marina do mundo, o primeiro porto espacial do mundo, o maior sistema ferroviário do mundo, o maior aeroporto do mundo,








o maior centro comercial do mundo, a maior estação de esqui fechado do mundo (no deserto), e outros tantos projetos que certamente, têm a ambição de serem os maiores do mundo.




Um não lugar contruído para receber as pessoas em turismo,a negócios, em busca de glamour.



A quantidade de contruções em um espaço consideravelmente pequeno, coberto por florestas em apenas 3,7% (2005), emitem dióxido de carbono como um país de 100 milhões de habitantes.

A nova ordem mundial, o tema mais discutido no mundo e o que atualmente (pelo menos antes da Influenza A) mais preocupa o futuro de todos os habitantes do globo (ou pelo menos deveria preocupar), são os assuntos referentes ao nosso ecossistema.

O aquecimento global é discutido e redescutido a alguns anos, principalmente depois da divulgação dos dados da ONU que mostram que 80% dos recursos do mundo são utilizados por apenas 20% dos habitantes. Na proporção, caso os demais 80% de habitantes passaem a ter o mesmo padrão de consumo dos outros 20%, precisaríamos de mais 2 planetas Terra para suportar.




A discussão mundial então é pautada em repensar o consumo supérfulo, recusar produtos que agridem o meio ambiente, reduzir o desperdício, reutilizar e reclicar tudo que é possível.

Os dois temas, então, não vão de encontro. O que acontece em Dubai e em Abu Dabi (outro Emirado com transformação semelhante a Dubai) não condiz com que é discutido no mundo atualmente.

O paraíso? O glamour? O destino turístico mais visitado? A maravilha da engenharia?

Por outro lado, o emprego, a geração de renda, as oportunidades, a paisagem e a sensação de que o homem pode mudar cenários impróprios como o deserto para um lugar formidável.

O que pensar sobre Dubai?

15 comentários:

ANGELA disse...

Primeiramente eu acho que Dubai será um destino de "momento", eu acredito que não dure para sempre...tudo que é superficial demais enjoa, cansa...anão ser para os arquitetos que se deslumbram com tanta novidade
Infelizmente os "Emirs" que são trilionários não se preocupam se o mundo está a beira da destruição, se a natureza gripa por socorro, se eles poderiam ajudar pessoas mais pobres... eles querem investir em algo que de mais dinheiro, "foda-se" o resto...

"Enquanto o mundo todo (até a China já começou a tomar atitudes neste sentido), está preocupado
com temas como sustentabilidade, meio ambiente, aquecimento global, economia de recursos e de energia, em Dubai, nada disto parece importar. Apenas importa construir, construir.A questão é: Mas qual a conta disto tudo? Até onde vai este ritmo de construção descomunal? Vai ter gente e empresas para ocupar todos estes prédios? Evidente que a base de tudo é tão sólida quanto areia. Falta sustentabilidade.
Alguns fatos como referência: A energia elétrica consumida nos Emirados Árabes é quase totalmente produzida em usinas a gás, portanto, não renovável. 60% de toda energia elétrica é consumida com os sistemas de ar condicionado, presentes em todo lugar, até mesmo em pontos de ônibus (não é luxo, dizem, é uma necessidade).
A água potável servida na cidade é produzida em estações de dessalinização, processo custoso que implica em aquecimento, evaporação e condensação da água marinha.
Não existe nada como um Ministério do Meio Ambiente (embora exista o do Petróleo) ou estudos de impacto ambiental. Não há tão pouco liberdade de imprensa, nada nem ninguém que seja capaz de contra argumentar em relação ao óbvio impacto ambiental causado pela construção de gigantescos aterros e arquipélagos artificiais em meio ao golfo pérsico..."

Meu Mexido de Hoje disse...

Se a América ou a Europa fossem tão poderosas financeiramente não seria feito a mesma coisa? Dubai nada mais é do que uma resposta ao mundo que tentou mostrar sua força através de guerras e imposições. Os Emirados mostram neste momento o que realmente abala e que realmente importa para as pessoas, "status". Esta transformação de um deserto em "não lugares" interfere drasticamente no ecossistema afetando o meio ambiente não apenas nos Emirados, mas provoca disturbios de âmbito global. A tentativa de conciêntização para o turismo sustentável e outros programas que gerem a conservação do meio ambiente é válida e não pode parar, mas, como mudar a forma de pensar daqueles que estão provando ser os donos do mundo? É plenamente possível minimizar o pensamento consumista, se já vencemos o racismo (não totalmente mas em sua grande maioria) através de informação e argumentos esclarecedores, podemos mudar essa realidade . As mudanças de lugares inabitáveis em lugares habitáveis e até mesmo incríveis não precisam parar, apenas precisam de um planejamento sustentável.

Cristiana disse...

A cidade dos sonhos, como pode ser chamada Dubai, para mim é um mundo dentro do nosso mundo.
É realmente maravilhoso todo o espaço oferecido pela cidade. Os pontos turísticos são atrativos deslumbrantes e fantasiosos,afinal cada dia que passa maior cresce o turismo na cidade.
Foi tudo muito bem planejado para que a fonte de renda da cidade no futuro seje apenas o Turismo, afinal uma hora o petroleo irá acabar, porém o investimento que estão fazendo demonstra claramente que a atividade turística será o provedor do setor financeiro da localidade.
O pais nada tem de pobre e é uma das maiores rendas per capita do mundo! Podemos avaliar que o sultao proprietario de Dubai é um dos mais ricos do mundo e por ter uma grande visão, investe avaliando que seu lucro será o triplo. Tudo muito bem planejado, e ca entre nós que foi um dos melhores planejamentos mundial já vistos, só não foi o melhor porque está causando muitos impactos ambientais.
Eles extrairam enormes quantidades de petróleo, e investiram os lucros na indústria do turismo. Estima-se que em 2020 o petróleo lá deixe de ser economicamente viável, mas a receita do turismo compensará o esgotamento dos poços. Isto é planejamento. Planejar e não improvisar. Este é o segredo.
Por outro lado, em momento algum eles pensaram sobre os impactos que causariam essas gisgantescas construções.
Para a tristeza dos ecologistas, que afirmam que os 80 milhões de metros cúbicos de areia do deserto e pedras para aterrar as faixas do mar utilizadas nas obras já estariam prejudicando a vida marinha. E o consumo de enerfia de um só predio?

Bom, no meu pensar apenas posso dizer que para mim nada vale a beleza, sabendo que estão usufluindo de coisas que estão degradando cada vez mais o nosso mundo e ainda estão deixando cada vez mais ricos os seus sheikes... Vale a pena tudo isso?

Nos como futuros turismologos temos que avaliar muito essa questão até porque a nossa profissão depende de toda essa maravilha que é a natureza.

Cristiana Cunha

Teo Miranda disse...

Não é recente o anseio o humano pela ostentação, a necessidade de provar para o mundo que se é forte, capaz e detentor de recursos incontáveis. Coincidentemente, ou não, essa necessidade de realizar feitos inimagináveis sempre teve uma relação com ambientes inóspitos. Na idade antiga, as pirâmides, a Babilônia, os templos de Bagdah, todos erguidos em meio à areia. Na idade contemporânea, a ascensão de Las Vegas, como um oásis em meio ao deserto rochoso dos Estados Unidos, a criação do Walt Disney World em meio aos pântanos inóspitos da Flórida e recentemente Dubai e Abu Dabi.

Tão antigo quanto esse anseio é o paradoxo entre a realidade e o mundo imaginado pelos idealizadores dessas maravilhas construídas. De um lado uma mão-de-obra local, ou com uma relação com o local que os impede de deixá-lo, oprimida por investidores de outras terras, afortunados e idealizadores de um mundo fantástico, desligado por completo da realidade.
Esse paradoxo se estende ao turismo como um todo, por um lado um fenômeno preocupado e dependente da sustentabilidade do planeta, de outro, uma atividade econômica que necessita de superestrutura como fator atrativo quando o meio ambiente por si só não é capaz de formar um produto.

Dubai desenha-se como um destino efêmero, de início uma sensação devido à sua inovação e justamente essa inovação poderá ser sua ruína, uma vez que isso gera depedência. Será preciso sempre inovar mais para manter Dubai como um destino de destaque, fato que trás consequências em desacordo com a "tendência verde” que o mundo vive.

Gerando assim, um grande problema para o destino Dubai e tudo que se vende agregado a ele.

Tamara disse...

Dubai, é sinônimo de inovação, arte, riqueza, conforto, modernidade, oportunidade. É o maior exemplo de transformação feito pelo homem e suas técnicas da engenharia, maior exemplo de força de vontade, estabelecimentos de metas(que ainda estão sendo planejadas). Mas, Dubai se depara com outro aspecto, a relação com o meio ambiente, consciência ambiental. Não precisa estar lá, para perceber que não há muito verde, na qual, onde era deserto, se transformou em prédios, hóteis. Se por um lado, é ótimo para nós turismólogos, devido á grandes oportunidades, por outro, é necessário rever nossos conceitos e aplicá-los para um turismo sustentável, que fica complicado refletir pois a tendência é construir mais, divulgar mais, atrair mais, sendo assim, tornará em um destino visto como turismo de massa, e onde há muitas pessoas, há grandes problemas. Mas não é impossível, receber grande demanda, criar novos suportes de lazer, e reverter a situação. (Aliás, o impossível passa longe de Dubai). É indispensável capacitar profissionais e terem esses que saibam planejar, organizar e terem atitudes afim de melhorarem esse local que passa por rápida transformação. O ideal é terem pessoas(todas que estejam envolvidas com a atividade turítica- "fornecedores e consumidores") que estejam motivadas a trabalhar, ensinando algo, até mesmo sobre os costumes, hábitos culturais da população arabe, que são extremamente rígidas. Acredito que Dubai será o novo "Paris", no sentido de ser um destino que todos gostariam de ter visitado um dia antes de morrer.

Darclíoce Nara disse...

Apesar da Economia de Dubai estar fortemente ligada as grandes reservas de Pretóleo da região, Dubai está crescendo e se fortificando mundialmente através do turismo. Grandes construções e investimentos fazem com que Dubai se destaque entre destinos para viagem a procura do luxo. Mas com todo desenvolvimento e principalmente desenfreado da forma que vem ocorrendo, haverá fortes impactos ao ecossistema. Mudanças bruscas como a formação de ilhas artificias e megaconstruções causará mudanças irreversíveis ao solo. Que Dubai é fantástica quanto a inoção e ousadia dos projetos não há o que contestar, porém todo excesso de consumo, agressão ao meio ambiente acaba ficando ofuscado. Dubai cresce com a perpectiva de ser a cidade do futuro mas não se preoculpa com o impacto que será causado ao planeta, crescer, construir, inovar, gerar renda e criar novos empregos fortifica a imagem transplantada por Dubai, mas no futuro irá aparecer dúvidas, preoculpações e riscos causados por algo que poderia ter sido preparado desde o ínicio.

Unknown disse...

Não há como negar que destinos como Dubai sejam altamente atraentes para diferentes pessoas.
A sensação de poder modificar e/ou construir um local para visitação de milhares de indivíduos, sem dúvida, mexe com o imaginário de qualquer um.
Além, das várias oportunidades econômicas que locais como esse proporcionam.

Porém, quando se parte para a parte lógica, é importante pensar o que essas mudanças trarão como consequências.

Destinos como esse não possuem garantias de manter a mesma demanda de visitações por muito tempo. Aí, a necessidade de se fazer estruturas, cenários, lugares criativos.
Por outro lado, forçar a alteração de um espaço é arriscado, já que o mesmo precisa de tempo para se adaptar as condições do ambiente.

Sem dúvida, Dubai é um excelente destino baseado em cenários criativos, movido pelo visual, pela atração, pelo "chamativo". Mas não é um destino fundamentado nas questões ambientais.
Não apresenta recursos que demonstrem preocupação com isso. Pelo contrário, a modificação do destino só prova o ‘abalo’ que poderá provocar na parte ambiental da localidade.

Flávia Vargas disse...

Dubai, hoje pode se considerar uma cidade mais evoluida da mundo, motivo este que lhe deu o direito de hostentar um título de nobreza.

Cidade esta de pessoas muito ricas e com poderes religiosos. Ela está localizada ao sul do Oriente Médio, se transformando em uma cidade de crescimento assutador.

Sua economia é a base de petróleo e o gás natural, de grande valor para todo o mundo.

Dubai, com seu moderno sistema de drenagem holandesa tem a capacidade de hostentar as maiores ilhas de areia para o oceano, e também tem a ccapacidade de ter as maiores engenharia do mundo.

Dubai não tem nenhum rio ou oásis natural, no entanto possui um estuário natural.

Seu transporte é controlado pelas autoridades de estradas e transporte, onde o transporte público enfrenta enorme congestionamento e problemas de confiabilidade que um grande programa de investimento está tentando resolver.

Contudo lido e pesquisado sobre Dubai podemos dizer que ela é famosa por suas obras grandiosas e de forte apelo turístico.

Andreza Montes Sousa disse...

Dubai diante do turismo é uma vertente muito dualista: ao mesmo tempo que possui a maior e melhor infra-estrutura para exercer a atividade turística é uma das cidades que mais causam impactos negativos de ordem social e ambiental no mundo. Eu vejo Dubai como um todo, uma busca insaciável de demonstração de luxuria e poder, que não se preocupou hora nenhuma com os problemas que o nosso planeta está passando no que diz respeito à grande desigualdade social, aos grades impactos ambientais que muitas vezes são irreversíveis ao planeta Terra aumentando cada vez mais o enorme abismo que existe entre os opressores e os oprimidos. Com tudo que vem acontecendo, a humanidade corre um sério risco de padecer na escuridão, de se perder em meio à vontade insaciável de consumir e retirar recursos naturais sem a mínima preocupação de repô-los. Eu vejo como papel de um turismólogo diante de tudo isso, é cuidar para que os abismos se desfaçam, criar mais pontes que muros, tentar transfigurar a realidade conscientizando as pessoas da importância que a sustentabilidade têm em nossas vidas e como o turismo pode agir de forma positiva para que o tão sonhado equilíbrio seja alcançado, que muito além do luxo e da ostentação são vidas que estão se perdendo pelo simples fato de aceitarmos o mundo e a sociedade como “o lugar que sempre existirá opressores e oprimidos” e ver que as futuras gerações pagaram um preço muito alto por tudo aquilo que estamos causando à humanidade e ao nosso planeta.

wilson filho disse...

Com a unificação dos sete emirados Árabes independentes. Dubai é um dos sete emirados dos Emirados Árabes Unidos, um Estado de 30 anos de idade. Sua localização entre a Ásia e o Ocidente e perspicazes homens de negócio transformaram o que era um posto no deserto em um centro de negócios regional. Assim tornado Dubai um paraíso no deserto. Dinheiro para projetos arrojados não falta. A cidade é quase todo um imenso canteiro de obras. Por ter uma riqueza de petróleo, que esta preste de acabar nos próximos anos.
“A Dubailândia, destinada para lazer e entretenimento, com uma área que é o dobro da Disney World, em Orlando (EUA), estará completada dentro de dez anos. Em julho, o jornal "El País" registrou nova moda entre os multimilionários de Dubai, para quem iates e Bugattis são coisas do passado”.
Dubai por um lado é um paraíso, grandiosos imensas construções, hotéis, ilhas, parques, etc. Assim tornando um estado luxuoso onde se tem tudo em grandes arquiteturas, para o turista que procura luxo Dubai é um estado para pessoas de um poder aquisito alto.Por outro lado á não preocupação com o meio ambiente,querendo ser um paraíso pra se viver e se estar em sempre ser o mais e mais .Mas Dubai esta em alta mas tudo é temporário agora pode esta e amanhã não se sabe?

Muriel Cipriano disse...

Dubai, sem duvida, nos faz pensar em glamour e luxo oferecido nos magníficos hotéis. São verdadeiras superestruturas que vão além de um lugar para se descansar, é um local onde não existe limite para o turista.
Este “não lugar” atrai olhares de todos os cantos do mundo através da ótima infra-estrutura, equipe especializada e arquitetura deslumbrante. Em pleno deserto nos deparamos com grandes jardins, estações de esqui e um belo arquipélago artificial em formato de palmeiras. São projetos que vão alem da imaginação e apresentam forte apelo turístico.
O paraíso no meio do deserto apresenta como riqueza o petróleo e é um imenso canteiro de obras que pretende atingir os mais altos patamares de luxo, apresentado em Burj Al Arab, o maravilhoso sete-estrelas conhecido pelo luxo que ostenta, com projetos como “Dubailândia” com objetivo de ultrapassar a Disney World.
Para ostentar o luxo arquitetônico construído em Dubai, milhares de trabalhadores vivem em sob grande pressão, moram em alojamentos lotados durante anos, têm o passaporte e a permissão de residência retidos pelos empregadores para que não troquem de emprego e são impedidos de se organizar em sindicatos. A maioria dos trabalhadores são imigrantes vindos da Índia e Paquistão sem qualificação profissional, eles trabalhadores não são totalmente livres, só podem sair do país com aprovação do empregador.
Realmente, pensar sobre Dubai não é apenas falar sobre luxo, Dubai é um ícone mundial sendo o atual centro de comercio e de turista do Oriente, que não tem petróleo, e se constroe sobre a exploração do trabalho dos imigrantes na construção civil.

DANIELA LARISSA disse...

Como se podia imaginar que uma cidade no meio do deserto poderia virar um paraíso, com tudo o que há de mais belo e grande entre seus monumentos. Dinheiro para seus projetos arrojados não falta, por onde se olha encontra um imenso canteiro de obras, essa economia vem com a ajuda do turismo e principalmente com o petróleo.
Mais qual seria realmente o objetivo de Dubai? Ser à cidade mais glamorosa do mundo? O sonho de todos os engenheiros do planeta? Um refúgio para os turistas, por encontrarem um pedaçinho do mundo ali?
Por um outro lado, Dubai imaginou ou está preocupada com o resto do mundo? Porque sua grande obra prima esta prejudicando o ecossistema. Se a nova ordem mundial é diminuir a poluição e se tornar mais sustentável, esse teria que ser o seu grande projeto, não adianta construir um paraíso e ajudar a acabar com o resto do planeta ou será que eles estão pensando em construir um novo planeta terra?
Como turismóloga tenho dois pontos de vista, um que não podemos desmentir que Dubai é a nossa Coca –Cola do turismo. Totalmente destinada para lazer e entretenimento os turistas vão à procura de novas emoções, oferecem esquiar na neve ou passear nas dunas do deserto e usufruir da hospitalidade desse emirados. E por outro lado é muito importante pensar como essa industria prejudica e vai prejudicar muito planeta, seria uma forma de analisar se vale apena mesmo construir esse paraíso todo.

Nayara Camila de Souza disse...

Acredito que Dubai seja realmente uma cidade ultramoderna, considerada praticamente um paraíso no deserto, possui construções e arquiteturas imensamente extravagantes e a palavra de ordem é o consumismo. Desse modo, todo esse glamour e riqueza, chama a atenção de várias pessoas no mundo todo, não somente pela prática do Turismo, mas também pela busca de empregos, seja na área da engenharia , restaurantes, hotéis entre outros.
No entanto, o que vem sendo falado no mundo inteiro, a respeito do exagerado consumo de produtos e matérias –primas, pelo jeito ainda não chegou em Dubai. Esta cidade não pretende ser exemplo de sustentabilidade, que envolve a saudável interação do meio ambiente, economia e sociedade. Pelo que é visto nos jornais, revistas e sites de internet essa cidade quer ser considerada simplesmente a mais luxuosa, o que na atualidade é verdade, ou seja, ser conhecida como a fascinante cidade dos megas empreendimentos e construções. Não percebemos nenhuma preocupação com economia, redução, reutilização e reciclagem de tudo que é usado em Dubai, nem das possíveis e praticamente certas consequências que o exagerado desperdício e consumo poderá causar não somente na própria cidade, mas também em outras região.
Enfim, não posso deixar te admitir que Dubai é uma cidade maravilhosamente turística, pois tudo que ela representa é fascinante. Mas com tantos problemas vistos na atualidade no mundo todo, Dubai necessita repensar a respeito de seu Turismo.

Unknown disse...

Dubai evolução e tecnologia de novo mundo, e simplesmente um conforto silencioso e político!
Países de primeiro mundo que antes era o foco das evoluções e tecnologias, hoje perdem para essa grande e acelerada montanha de concreto.
Essa desenfreada evolução esta despertando a curiosidade de milhares de pessoas de toda parte do mundo, essa ilusão que nos alimenta enriquece esse novo mundo e fortalece seu nome Árabe que há muito tempo era temida por grande parte do mundo.
Não posso negar que tanto luxo, conforto, evolução que ainda inexistente em outros países não vá nos atrair... Acredito em um futuro explorador dessa área em pro ao turismo, mas que não passe além disso, pois temo que tanta riqueza da região fortaleça uma batalha política afetando o resto do mundo.

erika disse...

Dubai um sonho real, essa é uma das frases mais ditas quando se lembrava ou ouvia se disser em Dubai. A cidade dos sonhos financeiros de muitos, a tendência da nova tecnologia e a esperança de muitos. O que mais se chama a atenção e impressiona os olhos de outros paises são os seus projetos, que é diferente do Brasil, em Dubai tudo que é projetado é construído um exemplo é o Hytrópolis o primeiro Hotel submerso do mundo. Com esses projetos Dubai chama a atenção dos olhares políticos.
O Dubai é o paraíso do arquitetos e o espelho de orgias capitalista.
Não é somente o petróleo, mas principalmente a Zona Franca, que atraiu as empresas multinacionais e capitalistas para aquela zona do mundo, ao proporcionar múltiplas e vantajosas isenções fiscais e comerciais.Só a forma injusta e desproporcionada como o Sistema Capitalista se apropria da mais valia do trabalho, tornou possível transformar aquele território na ofensa que é, aos milhões de seres humanos que morrem de fome e á imensa miséria, que progride de forma acelerada na esmagadora maioria da humanidade. A questão central, não é essa!
Independentemente de considerar um absurdo histórico, a organização da sociedade humana admitir a possibilidade de uma pessoa se assumir como dona do petróleo, ou de qualquer outro mineral que a Natureza tenha produzido, não podemos deixar de considerar que, os minerais que extraímos da terra e todos os restantes elementos que prodigamente a natureza nos fornece no seu estado natural, tal como o ar que respiramos e a água que bebemos, deveriam ser, como é óbvio, um benefício da humanidade e nunca propriedade privada pessoal.
Assistimos a maior parte das vezes, a ver o produto desses privilégios, consumidos em desperdícios, que por vezes chegam a provocar o riso, como por exemplo a do príncipe Alwaleed, um dos 6.000 príncipes sobrinhos do rei da Arábia Saudita, que para abrir o portão do seu palácio basta dizer “Abre-te Sésamo” e para divertimento do seu filho contratou 18 jogadores profissionais de futebol para jogar com ele. Alem de 3 aviões a jacto, guarda 300 carros na sua garagem, entre Rolls-Royces, Lamborghini Diablo. Ou então como aquele xeique do Qatar, que há poucos dias, enviou em um avião para Londres, o seu Lamborghini Murciélago LP640, para uma simples mudança de óleo, gastando neste luxuoso capricho 30.000 euros. Estes ridículos exemplos demonstram a que ponto é escandaloso injusto e irracional o Sistema Capitalista no que se refere às relações de produção, permitindo que por um lado se consumam um recursos consideráveis e por outro deixe um ser humano morrer à fome, a cada 3.5 segundos.
Erika Patricia