24 de fev. de 2008

Fidel Castro renuncia, e agora?


Estimados Alunos,


Fidel Castro, depois de 49 anos no poder, renunciou à presidência da República Socialista de Cuba, que é presidida agora por Raul Castro, seu irmão mais novo.


Os dircursos de Fidel chegavam a durar 7 horas

Desde que Fidel se afastou da presidância há 19 meses, Raul tem criticado o excesso de proibições existentes na Ilha, mas mantém o socialismo e a "linha governamental" do irmão mais velho.

Fidel, quem liga pra ele?

Antes de analisarmos a contemporaneidade do turismo em Cuba face esse acontecimento histórico, façamos uma reflexão sobre aquele país.


Com 11 milhões de habitantes, Cuba tem na educação, esporte, saúde e saneamento básico referências mundiais. Não existe analfabetismo tampouco dívida externa e 70% da população possui nível Universitário


Fidel vinha fazendo aliados em todo continente


Passa por um momento econômico considerado um dos melhores de sua história, com crescimento de 4% ao ano, exportando tecnologia e capital intelectual.


Para comunidade internacional, um ditador, para cubanos um mito

O principal problema cubano desde 1959 é o bloqueio comercial feito pelos Estados Unidos que, lutaram ao lado dos cubanos contra a colonização espanhola e apartir da vitória assumiu um governo militar. Fidel Castro entra na história justamente em 1959 quando ao lado de Ernesto Che Guevara (curiosidade: quem os apresentou foi seu irmão e atual presidente de Cuba, Raul Castro) tomou o poder do país através de uma revolução; fato este que gerou o bloqueio comercial imposto pelos norte americanos.


O país, subvencionado pela parceira ideológica União Soviética, no entanto, diminuiu os malefícios do bloqueio. Porém, desde a extinção e consequentemente fim da ajuda soviética, a ilha passou a ter dificuldades. Apesar do direito à alimentação (cota mensal) e estruturas educacionais e de saúde muito eficazes, faltam vários produtos, entre eles os de higiene.


O turismo vem a dar uma boa saída aos problemas financeiros de Cuba, que recebeu 2,2 milhões de turistas internacionais em 2006, tem uma espectativa esperançosa de que o turismo os ajude. Como existem 3 moedas na ilha (Peso Cubano, Dólar Ameriano e o Peso Convertido - equivalente ao Dólar), os empregados do hotéis cubanos, que recebem gorjetas em Dólar, costumam ter os rendimentos superiores aos dos médicos.

Turismo profissional e de qualidade

Em pleno Caribe, Cuba estava em um processo de crescimento do turismo muito prodigioso, principalmente, pela abertura do mercado às nações amigas, como a Espanha, que conta com várias redes hoteleiras no país. Junto com as redes hoteleiras vieram vôos de companhias européias como a Air France e agências de toda a Europa, que passaram a vender pacotes de um turismo muito organizado e profissional.

Planos de ser o principal destino caribenho

A economia, que está intimamente ligada às grandes deslocações do turismo de massas, é muito milindrosa e o fato da troca do poder, mesmo que por um familiar, pode cambiar muito turistas e investidores no que tange o destino Cuba.


À luz da biliografia da disciplina, bem como do curso, como você analisa a mudança do poder como fator de influência na atividade turística cubana? O turismo será afetado diretamente? Beneficiado ou prejudicado? Como reagirão os investidores internacionais que têm ou planejavam ter investimentos na Ilha? Toda a exposição à mídia internacional irá motivar turistas à visitarem a "Terra de Fidel"?


Divirtam-se!

13 comentários:

Unknown disse...

É impressionante notar a repercussão mundial da noticia da renuncia do comandante-chefe cubano Fidel Castro a uma nova candidatura a “presidência” do país. Mesmo sem conseguir governar o país por sua saúde debilitada, a figura dele permaneceu no poder nesses últimos 19 meses e ainda permanecerá, visto que seu irmão Raúl Castro eleito novo presidente talvez continue tentando seguir a mesma linha de governo do ditador comunista. Mesmo não havendo perspectivas de mudanças significativas em pouco tempo, acredito que o simples fato de Fidel anunciar sua “saída” do poder já gerou nos cubanos uma esperança em melhorar de vida. É bem verdade que muitos o idolatram, talvez por medo ou por não conhecer outras formas de governo, mas tem uma grande parcela da população que almeja conhecer uma vida além das quotas do racionamento (que atendem as necessidades nutricionais de uma pessoa por apenas uma semana), dos míseros salários e da impossibilidade de conhecer outros paises. O turismo se apresenta com um fator muito importante para que o país cresça ainda mais, visto que mesmo com uma economia crescente de 4% ao ano como foi citado na postagem, o país vem perdendo muito espaço na economia mundial e sem ajudas externas, como por exemplo, da venezuela e China, não conseguiriam garantir nem o básico para sua população. Cuba tem recursos naturais privilegiados, com 300 praias de areia branca e mar transparente (VEJA, Fev. 2008), possui um sistema educacional e de saúde excelentes, pessoas receptivas, ótima localização e outros aspectos que contribuiriam para que o turismo pudesse se desenvolver. É preciso, no entanto, que o novo presidente possa recomeçar o processo de abertura aos investimentos externos em turismo que ele mesmo iniciou na década de 90 e que Fidel interrompeu por achar que iria contra os princípios do comunismo cubano, fazendo com que os investidores perdessem tudo e deixassem o mercado temeroso para novas investidas na ilha caribenha. Esses investidores deverão esperar algum tempo até que o novo governo apresente propostas de mudança, para ter certeza da viabilidade em injetar novos capitais em Cuba e enquanto esse processo estiver desenrolando, ocorrerão muitas especulações por todo o mundo, já que o país está em foco nos principais meios de comunicação e nas discussões políticas em vários paises. Essa exposição pode gerar nas pessoas um desejo maior de conhecer o país, mas até os turistas precisarão ter paciência, pois não está descartada a possibilidade de uma guerra civil, através de manifestações que poderão surgir por parte dos contrários ao sistema almejando mudanças mais significativas e em menor tempo. Para que o turismo funcione ainda melhor seria necessário criar condições para desenvolver o turismo interno. Não adianta o país receber 2 milhões de turistas por ano se a população não pode ter acesso e não participa diretamente dos ganhos do setor. Sempre gosto de citar aquela máxima que diz que o turismo só é bom se for bom para a comunidade, sem comunidade, sem interação maior entre todos os envolvidos no sistema não será tão vantajoso. É difícil pensar em turismo interno quando a população mal consegue sobreviver com a miséria oferecida pelo governo e ainda vivem “enjaulados” dentro do próprio país. Talvez o capitalismo ainda seja impensável para Cuba nesse instante, mas uma forma de comunismo mais brando, já desenvolvido em outras nações com ótimos resultados, possa ser uma saída para o país sair do ostracismo e imergir na sociedade globalizada mundial.

Anônimo disse...

Cuba terá uma nova vida, mesmo Raul Castro sendo irmão de Fidel, ele vai fazer uma revolução na Ilha, com certeza vai aumentar o turismo e fazer a economia do local aumentar.
Raul já começou a reagir colocando internet nos hotéis e centros de acesso público em Havana e Varadero, a praia preferida dos turistas, isso já mostra que está disposto a um aumento turístico no local.

Érika de Sousa Ferreira disse...

"O ditador entrega o comando direto do país ao irmão, abre caminho para mudanças, mas fica ainda como um fantasma assombrando o povo e preservando sua tenebrosa herança". Assim está o título da notícia da revista Veja dessa semana que leva na capa o rosto de Fidel.
...
Primeiramente antes de pensarmos no Turismo em Cuba devemos ver o cenário real do país, que agora está sendo presidido por Raúl Castro, irmão do ex - presidente e comunista Fidel Castro, este que teve o poder de Cuba por 49 anos e no dia 25 de fevereiro de 2008 entregou o poder de Cuba para seu irmão Raúl Castro.

Raúl Castro é menos apegado ao poder e segundo algumas leituras que fiz em revistas como Época e a Veja dessa semana, "qualquer um é melhor neste momento". Raúl Castro, parece já ter algumas mudanças a fazer, começando pela renda da população que hoje equivale a US$ 10, que possivelmente passará a ser entre US$ 17 à US$ 30 dólares, outra mudança que ele pretende é o aumento de produção agrícola e pecuária, porém tem como prioridade, atender as necessidades básicas da população. Mas como ele mesmo disse “qualquer mudança só irá ocorrer quando vários outros fatores econômicos forem levados em conta”.

É certo que Cuba conquistou os setores de saúde e educação, porém deixa a desejar na escassez dos alimentos e Raúl critica o sistema das cadernetas de racionamento chamando-o de "irracional e insustentável".

Com o novo governo de Cuba, acredito sim que poderá haver alguma influência na atividade turística, porém Raúl agirá com cautela e cuidadosamente em suas decisões, pois não abrirá completamente o mercado para investimentos estrangeiros. O turismo será afetado sim de forma direta já que Cuba segundo a revista Época dessa semana, “na Ilha, a pressão por abertura aumenta à medida que a população convive com o sistema de “dupla economia” socialismo estatal e setores e capitalismo como turismo e petróleo”, e se o turismo acontecer como da última vez (no comando de Fidel) a atividade será totalmente prejudicada, uma vez que dificultará que empresários invistam na ilha. E para finalizar acredito que com a troca de governo vários turistas queiram conhecer a “Terra de Fidel” e provavelmente a mídia não medirá esforços para que isso venha a acontecer.

Paula disse...

O momento à principio parece de mudanças gerais, as esperanças que hajam melhorira vem de todos que moram, participam da economia ou que indiretamente possa ser afetado.
Apesar do parente bem próximo, pensamentos e novas atitudes são esperadas para o crescimento local e beneficiamento de seus habitantes.
Não será diferente para o setor turístico onde ja havia uma boa linha de pensamento, pois sempre ouve o crescimento econômico associado ao turismo.
Toda mudanças gera polêmica e desgaste até que se conheça os novos planos e estratégias do novo governo.
Espera-se então a atuação da nova adminsitração com boas esperanças.

Anônimo disse...

Quando falamos de política que influencia impactos em partes interessadas, como USA principalmente, a análise deve ser um pouco mais cuidadosa devido ao sistema político que exerce este país; o interesse dos USA nada mais é de querer dominar sempre e mostrar ao resto do mundo o tamanho do seu poder.
Eu particularmente não vejo muitas mudanças, pois o atual, Raul Castro por um bom tempo será apenas um codijulvante na presidencia e que obedecerá ordens do irmão... Se não, só o tempo poderá nos dar a respostas. Então é melhor que esperemos um pouco mais. Acredito que por enquanto as coisas contnuarão do mesmo jeito e o resto do mundo, tanto investidores quanto praticantes do turismo não esperarão tantas mudanças... Pelo menos é o que eu acredito que seja.
O país continua com seus atrativos altamente em moda e o mundo sempre querendo ir a cuba. Até porque dentro da contemporaneidade o turista continua sendo um aventureiro e onde tem algo que estigue sua curiosidade ai é que ele quer conhecer, mesmo porque lá não sofreu ecatobens, guerras ou qualquer outro tipo de danos as suas belezas naturais, o povo contnua o mesmo com seus costumes e alegria que seu próprio país os fornece as calamidades que às vezes fazemos questão de ver e envatisar não afetarão áqueles queiram ir em nem um canto deste nosso planeta.

Unknown disse...

Acredito que o turismo não irá ser afetado, se o atual presidente Raul Castro,seguir os passos de seu irmão(no setor turistico), se o turismo salvou o pais na década de 90, Raul Castro tem que preservar o turismo para que continue economicamente estabilizado. Talvez com a exposição da ilha pode se aproveitar o momento e fazer um markentig favoravel.

Unknown disse...

Fidel será um mito pelas tantas lutas duras,Fidel fez sua parte teve seu momento!
Raul já deu sinais de que quer um regime misto de reforma econômica e controle político.Cuba não tem dívida externa, é um pais que esta investindo muito em tecnologia.
Raul vai modernizar,globalizando todos os setores, principalmente a área do turismo,turismo é uma grande fonte econõmica de Cuba.
Haverá um futuro melhor e grande com mais liberdade.

Unknown disse...

Além de ser uma das grandes ilhas no Caribe e estar concorrendo com muitos outros destinos Turísticos de lá, como: Curaçao, St. Marteen, Bahamas, Aruba, Cozumel, República Dominicana e tantas outras, Cuba apesar de todos os problemas diplomáticos e todas as recessões vem tendo como forte fator de influência econômica o Turismo, uma alternativa para converter e dinamizar as soluções de tantos outros empecilhos de ordem nacional.Acredito que agora com a renúncia de Fidel Castro as portas de Cuba possam "se abrir" para os investidores que apostam suas vontades e economias no futuro promissor do país.Tornando cada vez mais possível a realidade de uma Cuba livre de desavenças históricas e de uma Economia limitada e frustrada.
Rui de Oliveira

Aline disse...

Bom diante de todo acontecimento a mudança de poder e bem provavel que o turismo possa ser afetado porem nao sabe se seria um beneficio ou a prejudicaria pois ate a gora foi o turismo quem ajudou cuba a melhorar.O turismo no pais cresceu bastante em 2006."A posição estratégica de CUBA no comando do mercado Caribenho transformou-se num Polo de Atração ao Capital Externo e como não ha o MERCADO DE BOLSA DE VALORES (Parte podre do benéfico Capitalismo), o capital externo JAMAIS entra como Especulativo e sim Capital de Produção criando novos empregos, renda e trazendo divisas no aporte e na exportação de sua produção" http://www.ecoturnews.com.br/cubatur.htm.Agora e esperar para ver o que vai acontecer durante a presidencia de Raul castro.

Unknown disse...

Depois de quarenta e nove anos no poder, Fidel Castro renuncia, porém, acredito que o peso de seu legado não permitirá mudanças profundas. Raúl Castro, irmão de Fidel, propõe melhoras na economia do país, o que seria uma boa para o turismo. Raúl tem algumas prioridades como reativar a agricultura, para aumentar as opções de alimentação dos cubanos e para economizar com exportações, sugeriu também que acabará com o excesso de proibições impostas no regime de Fidel. Ele promoveu um profundo debate sobre os problemas da economia socialista e admitiu que os salários estatais eram insuficientes. Ainda assim acredito que as mudanças serão restritas, até porque Fidel mantém a chefia do Partido Comunista.
A saída de Fidel vem despertando interesses de vários empresários e o surgimento de oportunidades de negócios em Cuba, que é carente de investimentos. Muitas empresas alemãs estão interessadas a investir em Cuba, mas existem inúmeras barreiras burocráticas, uma lei de 1995 diz que uma empresa estrangeira precisa de uma parceira cubana e de uma licença governamental para se instalar e fazer negócios em Cuba. O bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos também é um problema que está dificultando para que estas sigam em frente, quem investir em Cuba está se arriscando a ser deletado do mercado americano.
Espero estas mudanças atinjam o turismo de forma que ele cresça em Cuba. Portas se abrirão para um novo turismo e que exista melhoras. O fato de conhecer a “terra de fidel” será um motivo bastante relevante para despertar o interesse dos turistas.

Unknown disse...

Com toda a certeza o turismo vai ser afetado pela renuncia de Fidel Castro. Como o turismo é uma grande fonte de renda para o governo ele deve ser melhorado. Agora resta saber a posição do mercado em relação a isso. Quando falo sobre mercado, quero dizer, se os investidores serão atraídos a Cuba. O lugar é paradisíaco e tem uma historia que atrairia muitas pessoas, o que seria bom para os investidores. Contudo existe a possibilidade do governo continuar a "atrapalhar" o andamento natural do mercado, o que vai contra ao que os investidores se sentem atraídos. Uma mudança tão importante para o mundo requer um certo cuidado antes qualquer tomada de decisão.

Anônimo disse...

Segundo Raul Castro, o povo cubano é fiel a Fidel e seguirá sua obra adiante. Afinal foram quase meio século de governo.
É claro que durante este período criou-se uma cultura de proíbições que não deixaram de existir da noite para o dia.
Fernando Morais ("Olga" e "Corações Sujos"), escritor e jornalista, em seu livro "a ilha" cita costumes que perpetuam por anos e anos. Refere-se a duas viagens que ele próprio fez à Cuba. Uma em 1976 e outra em 2001. As notações destas viagens denotam o quam pouco a febre do consumismo americano afecta aos cubanos.
Quanto ao turismo... , segundo alguns sites, com a saída de Fidel muitos investidores cubanos e estrangeiros almejam um mercado turístico, uma vez que Cuba possui fatores favoráveis, tanto geográfico quanto mão de obra, Pois o país apresenta um índice baixíssimo de analfabetismo

Unknown disse...

Depois de 50 anos, o mundo todo viu mais uma "encenação" eleitoral ridícula em Cuba, com o povo sofrido continuando a viver de forma passiva, como "gado", que tem como donos a família Castro.
Nem à beira da morte, nestes 19 meses, Fidel demonstrou um pouco de humildade e menos "arrogância" - comum aos ditadores que se acham "deus" do povo - poderia convocar eleições diretas e democráticas para o país, mas não o fez.
Se o fizesse, pelo menos ficaria na história como um revolucionário que se tornou ditador, mas que antes de sua morte, se arrependeu daqueles anos de ausência de liberdades e de democracia, imposta por ele ao seu próprio povo trabalhador e honesto.
Controlar mercados não só é um tiro no escuro, como causa a estagnação no país, se não for sempre bem administrada. Mas uma coisa é certa: se a sociedade quer tentar regular, que a deixe regular. Se ela quiser liberar, que assim seja. O importante é o respeito ao debate democrático.