13 de abr. de 2009

Nova Lei Americana e seus reflexos no Turismo


Em tempos modernos, se faz necessário, naturalmente, leis modernas.

Com a popularização mundial dos computadores portáteis, onde já podemos ver em vários aeroportos brasileiros, dezenas de pessoas nos saguões dos aeroportos conectados na internet sem fio, trabalhando, se distraindo, se informando, etc.

Além dos notebooks, os aparelhos celulares, Iphpods e Blackberries, são usados a todo momento no novo estilo de vida da nova geração.

Outro dia, ao ajudar minha mãe Sônia com simples tabelas no Word, me surpreendi com sua pergunta: “Nossa, você ‘mexe’ bem no Word. Como você aprendeu tudo isso? Não me lembro de você fazer curso?!”

Minha surpresa não foi pelo elogio, pois, qualquer um com vinte e poucos anos sabe tudo sobre a difícil arte de fazer tabelas no Word. Me assustei mesmo foi de tentar lembrar como aprendi a ‘mexer’ nas outras funções mais complicadas como formulários e macro. Resultado: não me lembrei como aprendi. Acho que a pergunta soaria tão difícil para qualquer um, quando perguntado como sabemos ‘mexer’ nesses celulares tão modernos, referindo-se a um TDMA da Nokia fabricado em 2003 ... nossa! Quase um dinossauro!

O fato é que com o novo estilo de vida, vêm também os novos golpes, crimes e coisas do gênero. Logo, a legislação também necessita de um “upgrade”.

Mas tanto já conversamos sobre Globalização e Turismo que já está ficando chato!

Porém, no fim do mês de março, foi noticiada pela Corte Federal dos Estados Unidos da América, que uma lei federal dará plenos poderes aos agentes alfandegários dos portos e aeroportos internacionais do “Tio Sam”, de analisar, vistoriar, vislumbrar ou conferir informações em aparelhos celulares, Ipods, Pen Drives, Notebooks, Blackberries e todo aparato eletrônico que puder armazenar informações. Futricar, bisbilhotar, xeretar e até escarafunchar são alguns termos que as pessoas estão utilizando para nomear a nova ação dos ianques.

Os dados suspeitos são praticamente todos: fotos, e-mails, planilhas e textos. Tomara que não me proíbam de entrar lá caso escutem minhas faixas do Latino, baixadas da Internet, em meu Ipod com fones de ouvido da TAM. Seria constrangedor.

A nova lei reza que todos os tipos de hard-drives serão tratados agora como bagagem. Espero que não pague excesso, pois, acabo de comprar um Pen Drive de 16GB.

Mesmo sem prova alguma que o visitante tenha cometido qualquer delito, a lei ampara os agentes alfandegários a confiscarem esses HD’s e nunca mais devolverem. Céus, acabou a “Festa no AP”!

Associações de Executivos de Viagens Corporativas de todo o globo, notadamente os mais afetados, tentam sem sucesso anular ou atenuar a lei. Foram até ao Senado Federal, mas ouviram um sonoro no.

Operadores de Turismo internacionais já começam então, a informar seus clientes a fazer back up de seus dados, apagar dados sigilosos ou pessoais e, pasmem, “estar preparado para, até mesmo, ter sua propriedade confiscada, sem muitas explicações”. A tocante frase veio em um e-mail da Schultz Vistos, empresa de consultoria em vistos e assistência de viagens para todo o mundo.

Neste momento, gostaria de subscrever então nosso belo juramento de Bacharel em Turismo: “Prometo, como bacharel em turismo, dedicar-me à pesquisa e ao desenvolvimento sustentável do turismo; empenhar-me pelo engrandecimento do fenômeno turístico, no Brasil e no mundo; preservar o turismo como instrumento de paz, bem estar e entendimento entre povos e zelar pelos valores éticos da profissão."

Diante de nosso juramento, como avaliar essa nova lei? Será que a mesma estará punindo todos, pela ação de poucos? Qual seria a solução menos agressiva ao turismo e sua ideologia de integração?

See you!

7 comentários:

Leo Melo disse...

Os americanos sempre se vangloriaram de comandar o mundo da moda, do cinema, da tecnologia, entre outros, e também se vanglorisam de lançarem sempre leis de proteção a seu país. Essa apesar de intimidar e dar a impressão de estarem adentrando nossa vida intima acredito que seja sim por segurança própria de seu pais e também dos turistas que os visitam. Se pensarmos um pouco melhor essa fiscalização ja é feita por muitas empresas que trabalhamos hoje que sabem em quais sites visitamos, quantas vezes, quais arquivos estamos trabalhando, quanto tempo ficamos no telefone, MSN e por ai vai. Portanto essa lei vai sim proteger melhor os Estados Unidos e acredito que deveria sim após uma minuciosa análise de sua eficiência ser implantada em outros países, principalmente aqueles com forte incidência ao terrorismo, tráfico de drogas, armas e exploração sexual.

Angélica Rodrigues disse...

Interessante e complexo. Obviamente que todos que viajam se sentiram incomodados com essa nova forma de abordagem e fiscalização. E estas são necessárias? Infelismente sim. A medida que são consittuídas normas para a segurança, os ameaçadores correm atrás da mais eficácia infiltração. Acredito que quanto mais dificuldades, mais dificultoso será para os "estraga prazeres". É lamentável que o previsto na lei da democracia , cujo é o Direito de ir e vir, seja tão afetado e interpretado de outra forma. Perai, direito de ir e vir eu tenho, só não posso deixar de dar satisfação. Tá bom, tá bom, aceito. Mas essa regra será aplicada para todos né. Porque não quero correr o risco de embarcar num vôo que o terrorista seja o piloto ou as comissárias de bordo. Preciso ver para crer. Só espero que essa lei não se aplica somente àqueles que possui " cara de suspeito". Aceito que mexam no meu laptop e que até ouçam uma musiquinha no meu Ipod... - ei, ei, cuidado aí, esse arquivo é confidencial. E lá vai eles conferirem né, rs. Ok ok pessoal, ironias à parte, sempre ouvimos que precaver é melhor que remediar. E essa forma de expressão é bem conhecida entre os turismólogos. Como toda aplicação de lei, existe a adaptação... então daremos esse tempo e veremos os pontos positivos dessa implementação.

Polyanna disse...

É por isso que eu não vou nem amarrada pra terra do Tio Sam. Como podemos prometer, como bacharéis em turismo, agir com ética sendo que esta nova lei vai totalmente contra a liberdade das pessoas, contra o respeito entre os povos? Fui pesquisar sobre o assunto e achei o relato de um passageiro que teve seu notebook confiscado por causa da foto de 2 mulheres nuas.. Agora eu pergunto: como é que o país que é dono da maior industria de pornografia do mundo confisca um laptop por causa de uma foto assim? É uma pouca vergonha..
Isso parece mais uma medida só pra acalmar a população e dar a eles a sensação de que o seu (des)governo está fazendo algo pela segurança.

E “bora” viajar pela América do sul e Europa.
"O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente”
Lord Acton

Thiara Sinicatto disse...

Não sou a favor dessa implementação, pois acredito que a interferência na privacidade dos passageiros causará mal-estar, e o prazer de viajar se tornará prejudicado. Portanto, com esse método interferirá no turismo como um todo, e muitos turistas poderão substituir o aéreo pelo terrestre caso essa lei atinja outros destinos. Entretanto, devo ressaltar que o terrorismo existe e pode ser realizado outros métodos para esse combate. Por isso acredito que possa ser adotados novas formas de precauções.

Anônimo disse...

Acredito, assim como o comentário da Thiara, que isso causará um certo desconforto entre os passageiros e uma certa desconfiança também. Os EUA já tem um certo “paradigma” de querer controlar o mundo, de voltar a ser a super potência que fora em outrora e isso pode causar uma certa desconfiança entre determinadas classes de usuários do transporte aéreo levando uma segurança de segundo plano e abusiva para a população. Abusiva no sentido de invadir a privacidade de um notebook ou um drive qualquer de armazenamento. Salvo em situações de risco ou suspeitas.
Esse sistema, deveria ser implantado junto com um processo de esclarecimento ou de informações que deixassem claro os processos de averiguações, poderia ser acompanhada do proprietário para que pudesse ter noção de como é esse processo e ocasionalmente prevenir certos abusos e causas que causem infrações a ponto de sofrer punições mais rigorosas. E apesar da frase no e-mail Schultz Vistos “ estar preparado para, até mesmo ter sua propriedade confiscada, sem muitas explicações” ser direta, creio que é o maximo a a agência pode fazer de antemão.
Aos usuários, cabe lutar pelos seus direitos e correr atrás do prejuízo, e ser mais cauteloso com o conteúdo de seus laptops e afins, como a Pollyana citou em sua reportagem, sobre o relato de um notebook confiscado por causa de 2 fotos de mulheres nuas, cuidado com o que andam fazendo na rede mundial de computadores, o Tio Sam pode pegar vocês...

Leo Cruz

Unknown disse...

Acho que os EUA exagerou na parte de confiscar os HD's portáteis, por conterem informações que as vezes podem ser ofensivas apenas para eles e aos olhos dos outros nao.
Eles devem, ao menos, colocarem pessoas capacitadas e entendidas do assunto INFORMÁTICA antes de recriminarem assuntos tão delicados...
Em relação ao juramento se eles continuarem com "essas frescuras" até mesmo as suas músicas do latino professor lélio será considerado como ofensivas e um risco para a continuidade do turismo sustentável perante todas as nações ... blzzzaaaa

enio disse...

sou afavor da segurança, agora essa lei,nao seria um pretexo para invadir a privacidade de todos, cade o país da liberdade onde se pode falar ter acesso sobre tudo? ou so existe em filmes, aqueles que fazem o maior sucesso aqui no terceiro mundo, sera que e em nome do terrorismo, do trafico entre outros, todos vamos pagar a conta, e o turismo que nada tem a ver com isso sera prejudicado., ou mesmo assim muitos turistas penssando em segurança no coletivo aceitaram pagar esse preço, so o futuro nos dira com certeza os impactos causados por essa lei.......





enio