18 de mai. de 2009

Turismo para prostituição, fumo e jogo: o que fazer?

Dia 18 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Nesta data, em São Paulo, foi realizada a Marcha Contra a Pedofilia ao mesmo tempo em que a Polícia Federal finalizava a Turko, operação que teve o nome inspirado no “Orkut”, de onde foram investigados os 10 acusados de 5 estados do país.

A matéria do Portal UOL chamou a atenção, pois, ocorreu após 1 semana do término da nossa Expozebu em Uberaba, onde é sabido que muitos de nossos visitantes freqüentam as casas de show onde se encontram garotas de programa.

Em contato com os turistas, soubemos que a mais famosa casa de shows, estava com mais de cem garotas de programa por conta da feira “gerar grande movimento”. O fato choca apenas pelo número, já que a notícia não é nova para os moradores da cidade.

Engana-se que isto se limita ao Brasil. Países europeus e até o Japão está com problemas. As maikos, aprendizes de gueixa, estão sofrendo com os turistas que as abordam nas ruas de Kyoto com a intenção de tirar fotos, tocar e até entrevistam as maikos com a intenção dos seus serviços. O Diário de Turismo publicou esta semana a entrevista com turistas nas ruas de Kyoto que se dizem fascinados com as maikos e gueixas.

Porém, a reflexão a se fazer é: até que ponto as restrições afetarão o fluxo turístico?

Caso façamos algo para dificultar o aumento da prostituição em Uberaba na época de Expozebu, manter as gueixas e maikos escondidas e intactas, fechar as centenas de casas noturnas em Copacabana (100% são prostíbulos), fechar os Cassinos e “casas de azar”, ou então, como os deputados paulistas fizeram esta semana: proibir o fumo em quase todos os ambientes fechados. Até que ponto o moralismo melhora/piora o turismo?

Uma lei anti fumo na Europa não chega a ser inimaginável como anos atrás, porém, ainda está longe de acontecer. Os brasileiros que visitam a Europa, inclusive a restaurantes muito caros, reclamam por não haver sequer ala de não fumantes em vários restaurantes da França e Espanha, onde estão os melhores restaurantes do mundo e 2 dos 3 países que mais recebem turistas estrangeiros.

Como os turismólogos devem agir perante esse problema? Fica claro que caso prostíbulos, cassinos, casa de jogos, etc. sejam fechados, haverá uma significante queda de turistas nas localidades onde estão.


Imagine-se como um(a) planejador do turismo em cada um dos destinos onde estes problemas acontecem e de fato, existem os que querem o fim destes comércios imorais e, os que os defendem como fonte de renda de muitas famílias, como de fato são. Baseado em nosso código de ética, o que faria? Afinal, lutar pela sustentabilidade preservando a moral e os bons costumes está em nosso juramento e código. E agora?

5 comentários:

Angélica Rodrigues disse...

Visto que Moralidade é uma aquisição do modo de ser e Moralismo está relacionado aos costumes, esse fator de discussão não é tão fácil assim de encontrar uma solução. Se é que há uma solução ou se tem de ser uma solução? Minha proposta nesse comentário não é levantar uma bandeira de moralidade e questionar o que fazer com os "prostítulos" que aproveitam do Turismo para obter mais lucro. Não,não. Até porque se formos culpar o Turismo como fator influenciador de todos os "segmentos de mercado", haja carapuça.
Na minha opinião, a palavra-chave se chama: Marketing. Como a imagem do turismo de determinada região é vista por outros? Como a sua imagem é exposta aos olhos de quem vê? A partir disso, podemos determinar o tipo de turista e os seus intuitos. Visto que nós turismólogos, devemos defender os bons costumes e a moralidade, creio que um dos nossos papéis é atrair diferentes tipos de turistas a determinadas atividades turísticas e talvez enfraquecer um tipo de "atividade" que consta no local.

Thiara Sinicatto disse...

As motivações e as expectativas dos turistas são sempre embutidas nos produtos turísticos, em algumas vezes nascem das próprias campanhas promocionais, utilizando de garotas bem pagas e que geralmente são entendidas através de imagens estereotipadas. Concordo com a Angélica quando cita a parte de marketing, pois nas estratégias de Marketing, tendo sido detectada essa motivação do mercado consumidor, bastava organizar pacotes recheados de lindas paisagens e de belas mulheres. Se chegamos ao cúmulo de não enxergar e de às vezes até de incentivar campanhas oficiais, sem nem mesmo darmos conta disso, acredito que estamos contribuindo para um “turismo desqualificado” que trará somente benefícios financeiros, porém com um preço social muito alto. É preciso que se coloquem na balança e que se observem outros exemplos no mundo como o do próprio Rio de Janeiro, e principalmente o que anda acontecendo “em baixo do nosso nariz”. Acredito que é preciso que se repense o Turismo tecnicamente, mais sem exagerar, pois nem tudo deve ser incentivado.

Thiara Sinicatto!!!

Polyanna disse...

Na minha opinião, fumo e jogo ainda são questões pequenas qdo comparadas ao turismo sexual, principalmente quando são crianças que fazem parte deste contexto.Nós, como turismólogos devemos pensar em alternativas para coibir esta ação não só pelo juramento que fazemos mas também como cidadãos. Temos tantas atrações em nosso país, que sinceramente, deveria ser dispensado os turistas europeus que vêm pra cá em busca de aventuras sexuais. Quem ganha com esta pratica são pouquissimas pessoas e o dano para a criança e adolescente é irreversível.
Além de uma ação mais determinante da mídia, outras alternativas poderiam também ser criadas para a minimização dos males desta prática, por exemplo, o setor privado na área de turismo,
poderia criar um código de ética para todos os profissionais do ramo, onde exerceriam um controle
sobre as práticas comercias comuns de caráter obrigatório; setores do poder público, devem garantir
os direitos e a legalidade de atividades turísticas, buscando formas de reprimir o abuso e a exploração sexual principalmente de adolescentes e crianças,
possibilitando o fortalecimento das conquistas de cidadania no País.

enio disse...

Penssando commo um profissional, tentaria busca uma alternativas para diminuir a exploração sexual de crinças e adolecentes, e os impactos do fumo principalmente em locais fechado onde profissionais como garçons sao obrigados a fumar sem querer.,com relação a jogos proibir nao deveria ser liberado desde que fossem construidos cassinos la no nordeste onde a seca atrapalha a sobrevivencia de todos, assim posso dizer que falando de turismo a moralidade e as restriçoes sao necessarias para qualquer destino turistico saber qual publico turistico eles querem receber e de como o desenvolvimento turistico trara beneficios com minimo de impactos para a comunidade.


enio....

Anônimo disse...

Turismo sexual e crime e deve ser combatido, acredito que esse tipo de turismo nao e uma cosia válida e nada etico. O fumo deve haver suas restricoes sim,pq mesmo sendo fumante concordo que nao e mto agradavel estar ao lado de fumantes, ainda mais em lugares fechados.Os jogos em determinadas regioes, e sim um turismo a ser explorado, é possivel imaginar Las Vegas sem os grandes cassinos? Avho q nao..é uma questao a ser mto bem analisadas. A prostituicao deve ser combatida com acoes sociais e inclusao em programas de acoes para ajudar mulheres para que nao precisem apelar para esse ramo*. Como turismologos, devemos prezar pela moral e bons costumes, e o bem estar de todos, porem nao devemos incentivar essas atividades.


Leo Cruzz