27 de mai. de 2009

Turismo e Paz: Que Paz e que Turismo???


Muito tem-se ouvido comentar sobre a Paz no mundo, na mídia, em casa, no trabalho. Em todas as partes a Paz é conclamada, citada, lembrada, sugerida, reclamada, sonhada, esperada...tudo isso como se ela fosse sinônimo de felicidade, de outra ordem e outra realidade.

Mais além, numa sociedade dita ‘sustentável’, vê-se, a cada dia, mais insustentável a ausência de paz e por conseguinte, tudo que dela advém.

As nações, os Estados e Governos, as cidades, as escolas, as ruas, as empresas, as famílias...todas elas, instituições sociais e culturais que tentam perpetuar nossa idéia de mundo sobre a Terra. Onde há paz??

De que paz estamos a falar??



O Turismo já foi declarado como o “maior promotor de paz entre os povos”, pelo BIT – Bureau Internacional de Turismo, com sede em Bruxelas, anos antes do Fórum Social Mundial clamar por um “outro mundo possível”. Do que estamos falando??

Nossa estimada e valiosa Marustchka Moesch, em toda sua importante obra no Turismo, sempre deixou claro, e mostrou caminhos para que um “Outro Turismo seja Possível”.

Como ter paz onde há fome? Como ver a paz por traz de muros de resorts e condo-hotéis exclusivíssimos, situados em antigos arraiais às margens daquelas que poderiam se chamar de praias e, hoje, são réplicas urbanas das cidades das quais fugimos?



Promovemos a viagem ao contexto do outro, realizamos mega eventos que arrolam centenas de milhares de reais em investimentos, enchemos a boca ao falar que sabemos das paisagens e dos destinos mais fantásticos do planeta, porém, em que escala o que fazemos e o que acreditamos pode, em essência, contribuir para a paz no mundo. E quando falo de ‘mundo’, falo daquele que criamos com o outro, não de um mundo que imaginamos existir, mas que porém, está além de nossa vã compreensão.

Como podemos falar de paz se mal sabemos quem é o outro com quem quero promovê-la? Será a paz um estado de espírito ou uma necessidade social??



Será a paz uma utopia ou uma realidade que estamos postulando por não assumirmos sua autoria??

Será a paz um futuro comum ou algo que desejávamos apenas individualmente??
Será que a paz é consorte (companheira) do Turismo e através dele pode manifestar-se ou ela não passa de um estado de sociedade onde há ausência de guerras??

O que o Turismo que queremos pode contribuir para Paz?

Ao invés de postar sua contribuição, você deverá escrevê-la e levá-la ao debate que ocorrerá no Anfiteatro do Campus R, no dia 28 de maio, no horário das 20h15 às 21h15, conduzido pelo prof. Therbio e contando com a participação dos alunos da disciplina de Filosofia e Ética, do 3º período.







Um comentário:

Anônimo disse...

Turismo e paz:

A fome é um problema que dificulta o alcance da paz, não é? Vamos analisar o seguinte fato, não se sabe como mas uma conta foi feita para chegar a um valor que erradicaria a fome no mundo, refere-se a 40 bilhões de dólares. Se as maiores potências mundiais se unissem esse valor seria alcançado com êxito. Até com sobras. Mas ninguém injeta seu capital para resolver esse tipo de coisa, contrariando no que se refere a crise financeira, pois para esse problema foram tirados da “cartola” 2,2 trilhões (EUA e Europa), que foram inseridos em bancos e grandes empresas. Refletindo sobre esse fato, será mesmo possível alcançar a paz em um sistema imposto antes por um país e agora por um mundo globalizado? Esse é um assunto pouco discutido, mencionado raramente em diálogos informais. Eu gosto de falar de futebol, assim como outros preferem falar de novelas ou da vida alheia, não sou contra, mas ficar só nisso é que faz com que poucos controlem um mundo que é de todos. Temos que levar isso pra rua, pra casa, por a boca no trombone, e torcer para que seja possível abrir os olhos daqueles que se submetem a um mundo do tamanho de sua casa, mesmo que sejamos chamados de caretas, e sobre críticas, achar incentivo para erguer a cabeça e continuar, defendendo uma idéia plausível e encontrar uma solução para o caos vivido pela atual sociedade formada por uma fome de consumo exagerado, aquela visão criada em cima do “quanto mais eu tenho, mais eu quero” e o resto que se dane. Vou dar um conselho pra quem acha que esse tipo de discussão deve ficar apenas dentro de uma sala de aula quando se é exigido por um professor (não colocando em dúvida a eficiência de um debate como esse de forma alguma), aprendam o mais rápido possível a dizer “Pelo amor de Deus, não me machuquem” em Coreano.

Ueliton José Vargas, 3º período de turismo na Uniube.