Blog de discussões e contribuições entre turismólogos no qual ainda que criado como ferramenta da disciplina de Turismo Contemporâneo do Curso de Turismo da Universidade de Uberaba, dialoga com todos que se interessem pelas discussões acerca de temas contemporâneos que influenciam ou são influenciados pela atividade turística. Sejam bem vindos !
2 de jun. de 2009
Escolha das sedes para Copa 2014
Os assuntos mundialmente discutidos na atualidade são: A escolha das cidades sede da Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014 e o desaparecimento do avião da Air France.
Os dois temas podem ser discutidos juntos se formos analisar o efeito do suposto acidente aéreo e a imagem do país no exterior com a escolha das cidades sede da copa.
O fato é que, ainda não se sabe se é apenas um “esperneio” ou realmente o caso das escolhas das cidades foi duvidoso.
As cidades escolhidas foram:
No sul: Porto Alegre e Curitiba (a grande surpresa foi a não escolha de Florianópolis)
No sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte
No centro oeste: Brasília e Cuiabá (ficaram de fora Campo Grande e Goiânia)
No nordeste: Salvador, Recife, Natal e Fortaleza (Maceió havia desistido da candidatura.)
No norte: Manaus (Belém e Rio Branco de fora)
As grandes barbadas São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Fortaleza, praticamente estiveram sempre selecionadas.
As dúvidas eram as cidades que preencheriam as 5 últimas vagas. Na maioria das análises, a região norte ficaria mesmo apenas com 1 representante, que seria escolhido apenas por atributos políticos: Manaus, pois, em equipamentos turísticos, acessos, atratividade turística, IDH e tradição no futebol, perde em quase tudo para Belém.
As grandes dúvidas, porém, seriam mesmo quantos representantes o nordeste teria, pois, esse dado resolveria quase todo o resto, inclusive o mais polêmico de todos: quantas cidades sede teriam a região sul? Todos?
Com a escolha de todas as candidatas no nordeste, sobrou para a região centro oeste, que teve apenas mais 1 cidade a ser escolhida: ficou Cuiabá. Grande surpresa para tirar Goiânia, que compreende bons índices em todos os quesitos, mas dependia da decisão política do número de cidades do nordeste. O mesmo aconteceu com o sul, que deixou uma das melhores cidades para viver no Brasil e sede do último encontro do Conselho Mundial do Turismo, de fora da copa.
Em pesquisa realizada no Portal Terra, Florianópolis foi a grande decepção da escolha, como segue:
O fato é que devemos analisar a escolha de forma estratégica para o país. Os quesitos que seriam analisados foram divulgados como sendo equipamentos turísticos, acessos, atratividade turística, IDH e tradição no futebol, porém, todos sabiam que o fator política iria interferir quase por completo.
Alguns fatos ainda se fazem interessantes: os estádios de Manaus e Cuiabá, terão investimentos de mais de 300 milhões de reais, sendo que não têm times de futebol para utilizá-los. Com os times na terceira e quarta divisão do futebol, os estádios ficariam subutilizados e já são considerados Elefantes Brancos. A escolha de Cuiabá se fez na necessidade vislumbrada pelos políticos de escolher um destino do Pantanal; e o mais curioso: a Copa será itinerante, ou seja, cada seleção jogará um jogo em uma cidade diferente.
Em suma: Campo Grande quer explicações da FIFA, os goianos não aceitam perder para Cuiabá e Natal, Floripa se diz “marginalizada”, e o estudo técnico que levou a escolha é mantido em segredo pela FIFA e Confederação Brasileira de Futebol.
Qual a sua avaliação enquanto turismólogo da escolha das sedes? E a corrupção? É correto o investimento público em estádios, hotéis e equipamentos turísticos? Como será absorvida a notícia do acidente da Air France e qual seu impacto na copa?
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Um comentário:
Se fosse para definir a copa de 2014 em uma palavra, eu diria: ZIG-ZAG. Porque haja disposição para "saltear" de uma cidade para outra para assistir os jogos. Eu não classificaria essa questão como falta de planejamento e sim péssimo planejamento. E ainda estamos há 5 anos do evento, hein?!
Brasil, país de desafiadores de si mesmos. Quando aprenderemos que 2 e 2 são quatro? Mas as nossas queridas autoridades fazem questão de fazer contas erradas. A impressão que se tem é de que as escolhas das sedes foram precipitadas, ou melhor, lembra do jogo do "mamãe mandou"? Pois então, escolha aleatória. Não há interligação das sedes, e haja mudança na malha aérea brasileira, para conseguir realizar as rotas de maneira satisfatória. Escala dali, conexão de lá, atraso acolá, e... o mais temido... cancelamento de vôos. Já superamos a crise aérea? Bem, na dúvida, utilize o trem bala.
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