28 de out. de 2009

Vale Cultura e seus impactos no Turismo


Trabalhadores receberão R$ 50 para gastar em shows, teatros, cinemas e livrarias. Empresários poderão deduzir 1% do imposto devido.

O projeto do Governo Federal que institui o Programa de Cultura do Trabalhador e cria o vale-cultura foi aprovado na Câmara dos Deputados. Com a medida, os trabalhadores brasileiros receberão mensalmente R$ 50 para adquirir produtos ou serviços culturais.

Para os empregados que ganham até cinco salários mínimos, a empresa poderá descontar dos salários até 10% do valor do vale, e o trabalhador terá o direito de optar pelo não recebimento do benefício. Os trabalhadores com remuneração superior a cinco mínimos também podem receber o vale, mas apenas quando todos aqueles com a faixa salarial mais baixa já tiverem sido contemplados. Nesse caso, o desconto no salário varia de 20% a 90% do valor do vale. A estimativa do governo é injetar até 600 milhões por mês no mercado cultural e 7,2 bilhões por ano.

O projeto considera áreas culturais as artes visuais, artes cênicas, audiovisual, literatura e humanidades, música e patrimônio cultural. O vale-cultura terá caráter pessoal e intransferível e será válido em todo o território nacional e poderá ser reajustado todos os anos.

Outro medida assegurada pelos deputados, determina que os aposentados que recebam até cinco salários mínimos receberão um vale-cultura no valor de R$ 30, pagos pelos recursos do Tesouro Nacional.



Os estados, Distrito Federal e municípios poderão conceder o vale-cultura nos termos das leis específicas de cada um deles.

Os integrantes do Ministério da Cultura (MinC) fazem as contas para aumentar o acesso à produção artística e cultura pelas camadas mais pobres da população. Para isso, baseiam-se nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrando que apenas 14% dos brasileiros vão ao cinema regularmente e que 96% da população não freqüentam museus. Mais ainda, 93% nunca foram a uma exposição de arte, e 78% jamais assistiram a um espetáculo de dança. O IBGE constatou também que 90% dos municípios do País não contam com cinemas, teatros, museus ou centros culturais.

Longe de ser um projeto que resolve todos os problema do meio cutlural, a proposta tem como mérito a preocupação de colocar no centro do debate o direito à cultura das camadas com menor poder aquisitivo. Entretanto, é fundamental que esta medida seja acompanhada da efetivação de muitas outras, incluindo algumas que já tramitam no Congresso Nacional, para ampliar e consolidar as políticas públicas que viabilizem a produção e a circulação dos bens simbólicos, em todos os momentos do fazer artístico.

Para isso, é imprescindível a ampliação do orçamento destinado à cultura, a ampliação significativa de recursos para o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e a definição de leis de incentivo que beneficiem a todos os produtores e artistas, não apenas os consagrados.

O repasse dos R$ 50 não poderá ser feito em dinheiro e sim, preferencialmente, em cartão magnético. O vale em papel somente será permitido quando for inviável o uso do cartão. Para ter acesso ao benefício, as empresas poderão descontar do trabalhador até 10% do vale-Cultura, mas ele terá a opção de não aceitar o benefício.

As empresas participantes do Programa Cultura do Trabalhador poderão descontar 1% do Imposto de Renda a título de despesas com o vale. Também será permitido que empresas fora do programa adquiram o vale-cultura para distribuir aos seus trabalhadores, com base em negociação coletiva realizada por sindicatos e patrões.

O valor repassado para ser utilizado em cultura não será considerado como salário e nem servirá de base de cálculo para a incidência da contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

As empresas que quiserem distribuir o cartão-benefício da cultura terão de se cadastrar no sistema do MinC. Essas empresas de cartão farão o cadastro de livrarias, teatros, cinemas, etc.



Veja como a lei qualifica a seguintes categorias:
- Empresa operadora: pessoa jurídica cadastrada junto ao Ministério da Cultura, possuidora do Certificado de Inscrição no Programa de Cultura do Trabalhador, autorizada a produzir e comercializar o Vale-Cultura;

- Empresa beneficiária: pessoa jurídica optante pelo Programa de Cultura do Trabalhador e autorizada a distribuir o Vale-Cultura a seus trabalhadores com vínculo empregatício, fazendo jus aos incentivos previstos no art. 10;

- Usuário: trabalhador com vínculo empregatício com a empresa beneficiária; e

- Empresa recebedora: pessoa jurídica habilitada pela empresa operadora para receber o Vale-Cultura como forma de pagamento de serviço ou produto cultural.

Fonte: http://www.guata.com.br/uns_toques/C091016UT_vale_cultura_aprovado_na_camara_deputados_POL.html


Após tomar conhecimento do Vale Cultura, analise qual seria o impacto deste Vale Cultura no Turismo receptivo e emissivo a curto e longo prazos?

20 de out. de 2009

Perfil do Turista GLBT


Futuros Turismólogos.

A discussão para esta semana será baseada numa postagem realizada em 02/11/2008 com o assunto “Turismo GLBT”.

Trata-se de um assunto extremamente importante para o Turismo, pois trata-se de um público com um perfil excelente para a atividade turísticas. Os motivos são inúmeros que tornam o perfil destes turistas ao alto, dentre eles destacam-se:

- Não possuem “gastos domésticos”, ou seja, a maioria mora com os pais, não possuindo filhos e trabalham. Ou seja, não possuem gastos com moradia (aluguel, energia, alimentação em casa, água, roupa lavada e passada etc.); com educação, roupa, lazer e alimentação com filhos etc. O que justifica mais disponibilidade financeira para praticarem Lazer (Turismo, esportes etc.);
- Gostam de se divertir. Sempre saem em turmas de amigos, tanto na cidade quanto viagens.
- Por serem ainda “marginalizados” pela sociedade devido o preconceito, possuem uma perseverança em “vencerem na vida”. Motivo este que os levam a estudarem a mais (VEJA, 2007);
- Estão sempre atualizados no mundo da moda. Ou seja, se vestem bem.
- O nível de informação é grande. Pois, além dos estudos, utilizam os meios de comunicação (Internet, celular etc.) para se programarem a manter-se atualizados...

Tudo isto, nos remete a pensar:
Qual nosso papel de turismólogo para com este público?
Uberlândia e Uberaba possuem infra-estrutura para esse público?
Nos últimos 02 anos o quê houve de novidade nas cidades?
Você acha que o Turismo GLBT cresceu no Brasil? Ou ainda engatinha?
No dia 08/10/09 houve a 9 Parada do Orgulho GLBT em Uberlândia. De acordo com as notícias, qual o feed-back que você dá para este evento?
Para responder estas questões, vocês têm que fazer a leitura da postagem do dia 02/11/08.

15 de out. de 2009

A Gestão dos Destinos Turísticos

Os Sistemas Turísticos, enquanto conceito, é o conjunto de atores, seja diretos ou indiretos, atuantes em um destino turístico. Fazem parte de um Sistema Turístico o hotel, a agência de turismo, o restaurante, o artesão, o posto de combustível, a agência bancária, o policial e mais uma bela lista de envolvidos na atividade turística.

Contudo, certa vez, Bruno Bittencourt, turismólogo e leitor de inúmeras obras técnicas de Turismo, parafraseando uma gama de autores, inclusive internacionais, nos relatou a justa diferença entre envolvimento e comprometimento, através de uma metáfora quase bíblica: “O fazendeiro queria matar a sua fome com um sanduíche de presunto. Ao escutar, a galinha se disse aliviada, pois, dela, somente os ovos seriam arrancados. Já o porco, desesperado, disse a galinha que seus ovos apenas a envolviam, enquanto o presunto o comprometia.”

A reflexão foi trazida para pensarmos no problema de gestão do Turismo, afinal, que é o gestor do Sistema Turístico? O problema foi trazido pelo professor Mário Petrocchi, em curso oferecido no dia 14/10.



O professor Petrocchi instiga quem deveria ser o gestor da qualidade do turismo nos destinos. Como exemplo, perguntou a um empresário do setor de turismo: “Se os seus funcionários trabalharem o dia que quiserem, da forma que quiserem e pelo preço que quiserem, como estaria seu negócio?” Da mesma forma, completa o professor Petrocchi, é a atividade turística em si. Caso os hotéis trabalhem da forma que bem entenderem, os restaurantes praticarem o preço que lhes forem conveniente e os taxistas no dia que quiserem, a qualidade da atividade turística neste destino será muito ruim.

Assim sendo, a pergunta que fica seria: quem administra do sistema turístico?

Uma das respostas é o poder público, através da Secretaria Municipal de Turismo. Contudo, voltamos a discussão anterior onde refletimos sobre o papel do poder público municipal: será que é papel da prefeitura?



Outra possível resposta seria a própria iniciativa privada, organizada e formalizada. Porém, na prática, empresário cobrando outro empresário uma qualidade, que tanto é subjetiva, seria saudável?

Como resolver então, o problema da qualidade no sistema turístico, para solucionar o problema muito bem ilustrado pelo professor Petrocchi:

5 de out. de 2009

RIO 2016




RIO TRANSFORMA O SONHO OLÍMPICO EM REALIDADE E CONQUISTA OS JOGOS DE 2016




A comitiva brasileira vibra na hora do anúncio: festa verde-amarela no auditório em Copenhague
Em uma sexta-feira histórica para o esporte brasileiro, candidatura carioca supera as rivais Madri, Tóquio e Chicago na disputa em Copenhague.

É impossível prever quais serão os maiores atletas do planeta daqui a sete anos. Possível, sim, é saber em que palco eles vão brilhar: o Rio de Janeiro. Em uma sexta-feira histórica para o esporte brasileiro, os cariocas conquistaram em Copenhague o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Até a cerimônia de abertura no Maracanã, serão mais de 2.400 dias. Tempo de sobra para viver intensamente cada modalidade, moldar novos ídolos e, acima de tudo, deixar a cidade ainda mais maravilhosa. Superadas as rivais Madri, Tóquio e Chicago, finalmente dá para dizer com todas as letras: a bola está com o Rio.

Quando o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, abriu o envelope com os cinco anéis olímpicos e anunciou a vitória do Rio, foram duas explosões simultâneas de alegria. Na Praia de Copacabana, a multidão que aguardava o resultado soltou o grito e começou a comemorar sob uma chuva de papel picado.

Dentro do Bella Center, os integrantes da delegação brasileira repetiram a festa de forma efusiva. Sem conter as lágrimas, Pelé comandava a celebração, abraçando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e os esportistas. Entre gritos e abraços, difícil era encontrar um brasileiro que não estivesse chorando.

Enquanto isso, no Air Force One, Barack Obama já voltava para casa, com as mãos vazias e uma decepcionante eliminação na primeira rodada. A população japonesa, em sua maioria contra a candidatura, pôde festejar a saída na segunda fase. Madri avançou à final, mas não conseguiu emplacar duas Olimpíadas seguidas na Europa. E a vitória brasileira sobre os espanhóis na última rodada veio com sobras: 66 votos contra 32.

Na primeira fase, Chicago foi eliminada com apenas 18 votos. Madri liderou a primeira parcial, com 28, seguida por Rio (26) e Tóquio (22). A segunda etapa já teve o Rio bem na frente, com 46, contra 29 dos espanhóis e 20 dos japoneses, que saíram da briga.

O Brasil, que lutava há mais de uma década pelo direito de sediar os Jogos, ganhou a disputa na lágrima, da mesma forma como costuma festejar suas conquistas em cima do pódio em competições mundo afora. Com uma apresentação marcada pelo tom emotivo nesta sexta-feira, o Rio deu a cartada final para convencer os integrantes do Comitê Olímpico Internacional a plantar o movimento olímpico na América do Sul pela primeira vez. A estratégia funcionou bem.


O RIO PODE CONTAR COM SÃO PAULO


Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab deixou qualquer rivalidade de lado e manifestou grande satisfação com a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com ele, os paulistanos se colocarão à disposição para auxiliar os cariocas a realizarem um evento inesquecível.

"Como todos os brasileiros e também como paulistano, estou muito entusiasmado com esta escolha. Como prefeito, posso afirmar que a cidade de São Paulo vai se irmanar ao Rio de Janeiro para que possamos ajudá-los de todas as maneiras possíveis no sentido de termos no Brasil a melhor Olimpíada da história. Vamos nos esforçar bastante e o Rio de Janeiro sabe que pode contar com São Paulo", afirmou Kassab.

O político diz já ter conversado com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, sobre o assunto. Segundo o projeto divulgado pelo Comitê Organizador Rio-2016, algumas partidas de futebol podem ser disputadas na maior cidade do país - o São Paulo, inclusive, garante ter assinado um contrato para cessão do Morumbi, ao passo que o Palmeiras deixou claro que o estádio Palestra Itália, que será reformado a partir do ano que vem, também pode ser cedido.

"No momento em que o Brasil se fortalece trazendo a Olimpíada para uma cidade maravilhosa como é o Rio de Janeiro, todo o Brasil ganha, incluindo São Paulo", comemorou Kassab, que, por enquanto, trabalha para fazer da cidade palco da abertura da Copa de 2014. "São Paulo está se esforçando bastante para isso", lembrou o prefeito.


JOGOS CUSTARÃO R$ 25.9 BI




Para resolver os problemas, o Rio de Janeiro apostou no maior orçamento entre as cidades finalistas. A Olimpíada de 2016 vai custar cerca de R$ 25,9 bilhões, com os gastos divididos entre os governos federal, estadual e municipal e a iniciativa privada.O orçamento dos Jogos no Rio prevê gastos de US$ 2,82 bilhões na construção das instalações esportivas e na organização do evento. Desse valor, 31% virão de aporte do COI; 45%, de capital privado, gerados por licenciamento, marketing e venda de ingressos, e 24%, dos três níveis governamentais. Mas o projeto ainda aponta investimentos de US$ 11,1 bilhões em obras de infraestrutura na cidade, como transportes, segurança e comunicações — valor que sairá principalmente dos cofres públicos.

A eleição, transmitida para mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, foi o final de três anos de uma disputa na qual a cidade brasileira partiu do descrédito quase total até o discreto favoritismo que envergou na última semana. A evolução pode ser explicada por um projeto técnico de excelência, uma apresentação impecável e um comprometimento político comparável apenas à candidatura de Madri. Mas, para os membros do COI, o que mais contou foi o chamado que o Brasil fez à entidade: votar pelo Rio para 2016 seria optar por dar um novo caminho ao movimento olímpico, universalizando a Olimpíada e desfazendo as injustiças das últimas décadas.

RIO QUER TÍTULO DE CIDADE ULTRACONECTADA NAS OLIMPÍADAS DE 2016

Projeto diz que será possível usar web a qualquer hora, de qualquer lugar. Iniciativa propõe ainda parceria com organização voltada à inclusão digital.

O Rio de Janeiro quer ser uma cidade completamente conectada, que ofereça internet sem fio gratuita e de alta velocidade, durante as Olimpíadas de 2016. De acordo com o projeto de canddatra, o objetivo é garantir que os internautas consigam navegar a qualquer hora, de qualquer lugar, quando estiverem na cidade. O nome da sede dos Jogos Olímpicos será divulgado nesta sexta-feira (2).

Descrito no projeto, o conceito da cidade conectada é “proporcionar uma ótima experiência para os espectadores através de uma série de equipamentos de comunicação, além de fornecer conexão de alta velocidade para atletas e agências fotográficas”. Por se tratar de uma iniciativa que ainda precisa ser aprovada, não foram definidos os tipos de equipamentos oferecidos durante o evento ou a velocidade do acesso.



1-Diante o exposto, vocês acham que o investimento proposto tanto para a Copa do Mundo em 2014 quanto para as Olimpíadas de 2016 terá retorno para o Brasil?
2- A proposta do “Rio – Cidade Ultraconectada” dará certo? O que acharam disto?
3- Além de São Paulo, outras cidades poderão ganhar com a promoção destes mega-eventos?
4- Para o Turismo, quais impactos positivos e negativos que estes eventos pode trazer?
5- Minas Gerais poderá ser parceira do Rio? Como?
6- E a questão da violência do Rio de Janeiro? Ela criará uma imagem negativa do Brasil, ou ela será estagnada?
7- Você acha que o Brasil está socialmente preparada para lidar com essa grande miscigenação cultural?