28 de out. de 2009

Vale Cultura e seus impactos no Turismo


Trabalhadores receberão R$ 50 para gastar em shows, teatros, cinemas e livrarias. Empresários poderão deduzir 1% do imposto devido.

O projeto do Governo Federal que institui o Programa de Cultura do Trabalhador e cria o vale-cultura foi aprovado na Câmara dos Deputados. Com a medida, os trabalhadores brasileiros receberão mensalmente R$ 50 para adquirir produtos ou serviços culturais.

Para os empregados que ganham até cinco salários mínimos, a empresa poderá descontar dos salários até 10% do valor do vale, e o trabalhador terá o direito de optar pelo não recebimento do benefício. Os trabalhadores com remuneração superior a cinco mínimos também podem receber o vale, mas apenas quando todos aqueles com a faixa salarial mais baixa já tiverem sido contemplados. Nesse caso, o desconto no salário varia de 20% a 90% do valor do vale. A estimativa do governo é injetar até 600 milhões por mês no mercado cultural e 7,2 bilhões por ano.

O projeto considera áreas culturais as artes visuais, artes cênicas, audiovisual, literatura e humanidades, música e patrimônio cultural. O vale-cultura terá caráter pessoal e intransferível e será válido em todo o território nacional e poderá ser reajustado todos os anos.

Outro medida assegurada pelos deputados, determina que os aposentados que recebam até cinco salários mínimos receberão um vale-cultura no valor de R$ 30, pagos pelos recursos do Tesouro Nacional.



Os estados, Distrito Federal e municípios poderão conceder o vale-cultura nos termos das leis específicas de cada um deles.

Os integrantes do Ministério da Cultura (MinC) fazem as contas para aumentar o acesso à produção artística e cultura pelas camadas mais pobres da população. Para isso, baseiam-se nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrando que apenas 14% dos brasileiros vão ao cinema regularmente e que 96% da população não freqüentam museus. Mais ainda, 93% nunca foram a uma exposição de arte, e 78% jamais assistiram a um espetáculo de dança. O IBGE constatou também que 90% dos municípios do País não contam com cinemas, teatros, museus ou centros culturais.

Longe de ser um projeto que resolve todos os problema do meio cutlural, a proposta tem como mérito a preocupação de colocar no centro do debate o direito à cultura das camadas com menor poder aquisitivo. Entretanto, é fundamental que esta medida seja acompanhada da efetivação de muitas outras, incluindo algumas que já tramitam no Congresso Nacional, para ampliar e consolidar as políticas públicas que viabilizem a produção e a circulação dos bens simbólicos, em todos os momentos do fazer artístico.

Para isso, é imprescindível a ampliação do orçamento destinado à cultura, a ampliação significativa de recursos para o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e a definição de leis de incentivo que beneficiem a todos os produtores e artistas, não apenas os consagrados.

O repasse dos R$ 50 não poderá ser feito em dinheiro e sim, preferencialmente, em cartão magnético. O vale em papel somente será permitido quando for inviável o uso do cartão. Para ter acesso ao benefício, as empresas poderão descontar do trabalhador até 10% do vale-Cultura, mas ele terá a opção de não aceitar o benefício.

As empresas participantes do Programa Cultura do Trabalhador poderão descontar 1% do Imposto de Renda a título de despesas com o vale. Também será permitido que empresas fora do programa adquiram o vale-cultura para distribuir aos seus trabalhadores, com base em negociação coletiva realizada por sindicatos e patrões.

O valor repassado para ser utilizado em cultura não será considerado como salário e nem servirá de base de cálculo para a incidência da contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

As empresas que quiserem distribuir o cartão-benefício da cultura terão de se cadastrar no sistema do MinC. Essas empresas de cartão farão o cadastro de livrarias, teatros, cinemas, etc.



Veja como a lei qualifica a seguintes categorias:
- Empresa operadora: pessoa jurídica cadastrada junto ao Ministério da Cultura, possuidora do Certificado de Inscrição no Programa de Cultura do Trabalhador, autorizada a produzir e comercializar o Vale-Cultura;

- Empresa beneficiária: pessoa jurídica optante pelo Programa de Cultura do Trabalhador e autorizada a distribuir o Vale-Cultura a seus trabalhadores com vínculo empregatício, fazendo jus aos incentivos previstos no art. 10;

- Usuário: trabalhador com vínculo empregatício com a empresa beneficiária; e

- Empresa recebedora: pessoa jurídica habilitada pela empresa operadora para receber o Vale-Cultura como forma de pagamento de serviço ou produto cultural.

Fonte: http://www.guata.com.br/uns_toques/C091016UT_vale_cultura_aprovado_na_camara_deputados_POL.html


Após tomar conhecimento do Vale Cultura, analise qual seria o impacto deste Vale Cultura no Turismo receptivo e emissivo a curto e longo prazos?

23 comentários:

Li Martins disse...

Adorei a idéia! Com certeza, os impactos serão positivos a curto e a longo prazo.
As atividades turísticas são tidas como um gasto extra na vida de um ser humano, já que os gastos básicos são com alimentação, saúde e educação, por exemplo. Por isso a dificuldade de encontrar pessoas de baixa renda que disfrutam de manifestações culturais e de lazer em geral.
ATé mesmo as pessoas com renda mais elevada não dão muito valor às manifestações culturais. Mas se houver uma melhora na oferta, este setor do turismo passará a ser olhado com outros olhos.

Resumindo:

CURTO PRAZO: haverá um aumento da demanda de produtos turísticos, consequentemente um aumento na oferta também, o que gera empregos e desenvolvimento.

LONGO PRAZO: este vale, vai 'ensinar' o brasileiro a trocar a televisão e o computador em casa pelas manifestações culturais (trocas diretas entre pessoas). É claro que a tecnologia hoje é uma grande aliada ao nosso dia-a-dia, mas as pessoas esquecem de que também é vital o contato presencial com outras pessoas, a convivência, a troca de experiências. E quando esta troca é feita através da arte, melhor ainda!


Aline Martins (Uberlândia)

Sheron disse...

Achei a idéia interessante e com certeza terá impactos positivos. Não só as pessoas de alta renda mas também as de baixa renda poderão usufruir da cultura e do lazer. Muitas pessoas às vezes deixam de ir ao cinema, a uma peça teatral, a um museu por não ter o dinheiro em mãos naquele momento e com esse vale-cultura poderão usufruir desse benefício. Isso fará com que exista um aumento da demanda por atrações turísticas, aumentando a oferta e gerando mais empregos e renda. Quem sabe assim as pessoas passarão a ter mais conhecimento da arte, da cultura, do lazer de sua cidade. Fazendo com que exista um contato maior entre elas também.

Unknown disse...

Não, achei uma grande idéia, e no primeiro momento tem diferentes classes do trabalhador de alta renda o trabalhador de classe baixa, é claro que terá entusiasmo no primeiro momento depois vai passar, para uma família pobre, vai pensar que é bobagem, sinceramente o governo anda investindo e coisas um pouco fora da realidade dos menos favorecidos a tanto ainda para ser feito eu sei que isso irá incentivar essas pessoas que irão receber o beneficio, mais como investir em livros se muitos não sabem ler, a realidade dessas pessoas pode ser diferente da realidade das pessoas de alta renda de quem fez esse projeto, ainda mais diferente da vida desses deputados. Não foi feito nada para melhorar a educação que em muitas cidades nem escola se tem, estuda sentados no chão, o lápis é o dedo e o caderno a terra do chão, as condições de vida ainda são muito precárias, fala serio e o governo acha que os cidadãos trabalhadores Brasileiros agora precisam só de Cultura. Eu acredito que será muito valioso, desde que seja feita de forma correta e há muito ainda para se fazer para chegar nesse ponto.
Para as pessoas que tem o habito de viajar não faz muita diferença, não vai ser um vale cultural que mudara essa realidade no turismo, por que não fazer um vale de viagem onde essas pessoas possam viajar duas vezes ao ano. Assim, o turismo vivencial vai abrir as portas para a cultura e a troca de experiências. Esses “Trabalhadores” Vão poder proporcionar uma viagem para sua família e sair dessa mesmice que se encontra e realizar o sonho que é conhecer um lugar novo.
Penso que vai ser visto no primeiro momento como obrigação, pois querendo ou não a pessoa que receber terá que gastar sei também que quem vai lucrar vai ser esses lugares que estão cadastrados, mais ainda assim não acho que seja o melhor.

Karen M. Abatti disse...

A intenção da idéia é muito boa mas,acredito que antes de investir em cultura o governo deveria cuidar da educação e da saude da população.
Apesar disso, se esse benefício for usado corretamente terá um impacto positivo no turismo brasileiro, tanto a curto quanto a longo prazo. Atualmente, quem viaja no Brasil é só quem tem um certo poder aquisitivo, com esse projeto as pessoas de baixa renda poderão tem acesso ao turismo, já que ele não deixa de ser uma atividade cultural.
O aumento no turismo emissivo consequentemente aumentará o receptivo, e assim pode ser que esse seja o início de uma nova fase para o turismo nacional.

Linna disse...

Acho a idéia ótimo! Com certeza os impactos serão positivos a curto e longo prazo.
Com esse cartão vale-cultura, proporcionará a chance de pessoas de classe mais baixa a ter acesso a meios culturais, inclusive beneficiando também a classe média, incentivando-a a buscar mais conhecimento e cultura, pois ,sendo que a maioria de pssoas aposentadas e mais idosas não se importam tanto em buscar "mais" cultura.

Anônimo disse...

Os possíveis impactos do Vale-Cultura no Turismo seriam: num primeiro momento positivo, pois aumentaria o fluxo de turista em museus, shows, teatros, cinemas, entre outros, e após utilizarem o beneficio poderiam gastar mais do que o beneficio permitiria, devido a já estarem no local. Ou também empresas turísticas poderiam se associar ao programa e se beneficiarem do direito diretamente.
O ponto negativo ao meu ver, é que as empresas no começo da implantação do programa, terão uma certa resistência, mas isso é normal porque no inicio haverá falhas no contato e interligação de empresas filiadas e do repasse do beneficio para ela. E também se for um cartão magnético específico, surge uma duvida: “qual o custo dele e da maquina para a empresa?” visto que, por exemplo, visa e máster-card, geram um custo razoável a empresa.
Tais fatores num primeiro momento assustariam as empresas a se associarem ao programa.
Fora isso o programa só trará benefícios ao incentivo a cultura que nosso país tanto carece. Na maioria das vezes o trabalhador não utiliza de movimentos culturais por falta de dinheiro e de alguma facilidade, e isso sem falar que o brasileiro não tem em sua cultura o habito de valorizar as manifestações culturais ao seu entorno. Isso geraria um beneficio a longo-prazo.

Lucas Neves
6°Período

Unknown disse...

Pelo que eu saiba, não foi feito uma pesquisa para saber se os trabalhadores queriam este beneficio, muitas das vezes as coisas são impostas, e cultura não deve ser algo imposto. Na verdade, cultura vem de base, não é só num cinema, teatro ou show que se adquire. Porém, acredito que seja uma política interessante se acompanhada a um projeto que os mostrem o caminho a ser seguido, pois o problema está em saber se essas pessoas vão mesmo utilizar esse vale para aquisição de produtos e eventos educativos uma vez que, existem inúmeros eventos culturais gratuitos, e nem assim, atinge o publico máximo esperado.

Terezinha de Melo Batista disse...

Acho a idéia boa, não excelente porque o governo está em débito com o cidadão,pela falta de investimentos em educação e saúde, tão propagado em véspera das eleições, concordo plenamente com a Karem e a Tereza ao mostrar as flagilidades das pessoas que não sabem ler e morrem nos pronto-socorros.
O impacto deste vale cultura no turismo será bom, porque o acesso a cultura no Brasil é de uma certa forma privilégio das camadas mais abastadas, com isto o cidadão comum terá oportunidade de conhecer e valorizar a arte como um todo.
Será também importante a conscientização deste empresário que irá oferecer o vale cultura, para o incentivo do uso correto do mesmo, motivando seus colaboradores ao acesso à cultura fazendo deste lazer uma fonte de conhecimento e de crescimento profissional.

RODRIGO CAMPOS DE CARVALHO ® disse...

Após tomar conhecimento do Vale Cultura, analise qual seria o impacto deste Vale Cultura no Turismo receptivo e emissivo a curto e longo prazo?
Eu sou totalmente contra o vale família, vale gás, vale material escolar, vale, vale, vale.....
Acho que nosso governo deveria ter uma política de desenvolvimento para o crescimento do país reduzindo os impostos e gerando mais empregos. Com esse tanto de vale em muitos casos é melhor a pessoa ficar em casa mamando nas tetas do governo do que ganhar um salário mínimo e trabalhar oito horas por dia. Sem contar o tanto de maracutaia que cerca esses vales, são pessoas ganhando sem precisar, são pessoas ganhando por baixo dos panos.
No caso do vale cultura pode até ser um incentivo para nosso povo ter acesso há um pouco de cultura. É uma boa iniciativa, mas acho que é uma questão cultural, de gosto, porque pela pesquisa citada a grande maioria não vai a procura de entretenimentos culturais não porque não tem poder aquisitivo para isso, e sim porque não tem interesse.
Quanto ao impacto no turismo receptivo e emissivo acho que não terá nenhum impacto. A pessoa não vai viajar por causa do vale cultura. E se o turista gosta de eventos culturais ele vai pagar por eles. Não vejo relação de um aumento no turismo por causa do vale cultura.
RODRIGO CAMPOS DE CARVALHO ®

Unknown disse...

Para que os brasieliros pudessem ser mais culturais, era preciso prepará-los desde sua educação de base. Mas como isso não aconteceu e não tem mais volta, o vale-cultura é uma boa tentativa de enriquecer o brasileiro culturalmente. É muito difícil a maioria dos brasileiros utilizarem alguma parcela do seu salário com cultura, sendo que consideram outras coisas mais importantes. Tendo um cartão específico para isso, é uma forma de incentivá-los a conhecer e até gostar de programas culturais. Apesar de ser de maneira imposta, não deixa de ser uma boa alternativa.
Como dito pela Fernanda, há vários eventos culturais gratuitos e mesmo assim as pessoas não frequentam, porém isso acontece pela falta de cultura, e pode ser que após a aplicação desse vale essa realidade mude e as pessoas se sitam mais incentvadas a frequentar esses eventos.
Com isso também, as pessoas iriam adquirir mais cultura tendo um conhecimento maior, fazendo com que se interessem mais em conhecer outras culturar e outros lugares.
Esse fato traz a possibilidade de aumentar a demanda tanto do turismo receptivo como emissivo.

Como pude perceber, há vários comentários com visão negativa desse vale-cultura. Acredito que a atual situação em que vivemos no Brasil não é de se orgulhar, e isso é realidade resultante de má gestão que vem se acumulando. E essa realidade está longe de mudar, então não adianta continuar reclamando de tudo que é feito para amenizar as situações. Se chegou onde está, a culpa também é nossa, dos brasileiros, que não lutamos por nada há muito tempo. Vamos pelo menos ser otimistas com essas pequenas tentativas, mesmo que pareçam estratégias de governo, pois não deixa de ser uma alternativa de melhora.

Unknown disse...

Para que os brasieliros pudessem ser mais culturais, era preciso prepará-los desde sua educação de base. Mas como isso não aconteceu e não tem mais volta, o vale-cultura é uma boa tentativa de enriquecer o brasileiro culturalmente. É muito difícil a maioria dos brasileiros utilizarem alguma parcela do seu salário com cultura, sendo que consideram outras coisas mais importantes. Tendo um cartão específico para isso, é uma forma de incentivá-los a conhecer e até gostar de programas culturais. Apesar de ser de maneira imposta, não deixa de ser uma boa alternativa.
Como dito pela Fernanda, há vários eventos culturais gratuitos e mesmo assim as pessoas não frequentam, porém isso acontece pela falta de cultura, e pode ser que após a aplicação desse vale essa realidade mude e as pessoas se sitam mais incentvadas a frequentar esses eventos.
Com isso também, as pessoas iriam adquirir mais cultura tendo um conhecimento maior, fazendo com que se interessem mais em conhecer outras culturar e outros lugares.
Esse fato traz a possibilidade de aumentar a demanda tanto do turismo receptivo como emissivo.

Como pude perceber, há vários comentários com visão negativa desse vale-cultura. Acredito que a atual situação em que vivemos no Brasil não é de se orgulhar, e isso é realidade resultante de má gestão que vem se acumulando. E essa realidade está longe de mudar, então não adianta continuar reclamando de tudo que é feito para amenizar as situações. Se chegou onde está, a culpa também é nossa, dos brasileiros, que não lutamos por nada há muito tempo. Vamos pelo menos ser otimistas com essas pequenas tentativas, mesmo que pareçam estratégias de governo, pois não deixa de ser uma alternativa de melhora.

Diênifer disse...

Eu enxergo o vale cultura como uma grande iniciativa, já que muitas vezes o salário do trabalhador, só cobre os gastos principais, assim ninguém poderá falar que é por falta de dinheiro que não tem acesso a cultura.
Mas é claro, que junto com o vale, serão necessários projetos que mostrem como e onde o dinheiro deverá ser usado e qual a importância da cultura na vida de cada um.
Concluindo, parece pouco, mas já é alguma coisa.

Jenifer disse...

Não acredito que o vale cultura trará grandes incentivos ou influenciara na demanda turística, afinal serão R$ 50,00 e não da pra fazer muita coisa com isso. A idéia é interessante, mas como disse minha amigaa Karen primeiro é necessário investir em educação, saúde, moradia, e tantos outros problemas sociais.

Anônimo disse...

Essa tendência para o superficialismo é uma questão interessante e o vale cultura é mais uma iniciativa dessas que coloca a cultura como uma simples atividade de lazer onde o cidadão adquire mensalmente um passaporte para adquirir cultura. Será que a educação vai continuar em um patamar inferior,sendo que ela é a base para a formação crítica do individuo perante o mercado cultural? Pão e circo, bolsa família, vale cultura... tudo isso me amedronta perante questões muitas mais sérias para resolver. Andrea Souto

Unknown disse...

O Poder Executivo se divide em todos aqueles Ministérios para que cada um cuide de uma área considerada como base da Nação; dessa forma, o Ministério da Cultura tem sua parcela de responsabilidade, e seu poder é tão grande quanto o da Saúde, Educação, Fazenda, Cidades, e todos os outros.
Se o Ministério da Saúde não sabe (ou não quer, ou não conseguiu) aplicar seus recursos de forma satisfatória, ou o Ministério da Educação não sabe (ou não quer, ou não conseguiu) desenvolver uma estrutura que dê sustentação à Nação, com certeza não é culpa da verba que foi destinada ao Ministério da Cultura, que, diga-se de passagem, faz tempo que não “aparece” com uma “boa idéia”.
Na verdade, é difícil criticar e também é difícil dar parabéns, pois estruturar “o melhor” para a Nação, não é tarefa fácil, ainda mais quando mal se saiu do berço colonial (se é que saiu de fato...).
O Vale Cultura, o Vale Transporte, o Vale Alimentação, o “Vale SUS”, ou qualquer outro que se crie, logicamente facilita muito aquele segmento quando se fala da vida cotidiana dos cidadãos, e dizer que não pode ter vale cultura porque tem gente com fome, ou tem gente doente, é tão insipiente, que seria o mesmo de dizer: fechem todos os segmentos do poder executivo e deixe só educação e saúde, por exemplo, o resto que se dane.
Enfim, minha gente, uma iniciativa de trazer à luz do brasileiro o valor da cultura (que leva ao valor da produção artesanal, das produções artísticas, dos valores regionais, etc, etc, etc) é uma tentativa de mostrar que há algo mais na vida do que Faustão ou Silvio Santos no domingo, ou a novela das 8, ou o “repórter” sangue do canal x ou y, e “maravilhosos” filmes de “ação” dublados na TV.
Ocorre que “culturar” um povo não é tarefa isolada, o cartão em si não resolve a questão da inserção; é necessário ação conjunta.
No final das contas, voltamos à estaca zero, se a educação não se fortalecer por meio da cultura, ou se a saúde não se fortalecer por meio do planejamento, ou as comunicações não se unir ao isso ou assado; e as empresas não tiverem suporte para levar seus colaboradores a se estimular por conhecer um “algo novo”, o “pessoal” não vai sair do pão e do circo, nem do lugar comum, e mais uma máfia, a dos “vale cultura” vai surgir, e eu vou ser uma das que vai comprar o cartão mais barato na mão do “carinha” que grita “olha o vale cultura”...
E no mais, arte está caro. R$50 para a minha “sede” cultural não dá nem para o começo...
Enfim, não é tarefa fácil criticar, e muito menos fácil dar solução...
Cultura, turismo, educação... tudo junto e misturado... não há o que falar; estamos todos no mesmo barco, e sem remar em harmonia, somos nada mais que cachorro correndo atrás do rabo.

Anônimo disse...

É uma ótima a idéia do governo possibilitar esse tipo de acesso aos bens culturais para as massas, já que todos os dias percebemos que a cultura vem sendo mais um instrumento de desigualdade em um pais castigado pela ignorância social. Nossos museus, teatros, cinemas e palcos em muitos casos servem para mostrar ao pobre onde é o seu lugar no país: do lado de fora ou na faxina! E em pouquíssimos casos vemos alguns bravos heróis lutando para com que a cultura seja uma ferramenta de inclusão social, fazendo um verdadeiro trabalho de formiginha que aos poucos vem mostrando resultado, porém ainda está longe do aceitável.

Porém, o problema é bem mais complicado de ser resolvido e algo que eu não acredito que um simples “vale cultura” vai solucionar, pode até ajudar, vindo na direção contraria de uma junção de fatores históricos que insistem em segar nosso povo para as maravilhas do “cultuar a arte”. Como mais um programa do nosso tão aclamado governo federal que tenta limpar a poeira da ponta o Iceberg sem se preocupar que a parte maior e mais solida está em baixo da água.

A cultura é algo a ser estimulado, indiferente de ser erudita ou popular, é algo que precisa “aprender a valorizar”, sem estigmas, mascaras ou idéia preconcebidas, e somente o esclarecimento poderá possibilitar isso. A educação, o turismo e a consciência social são ferramentas importantíssimas para que isso ocorra principalmente em um país onde a educação primaria está dando passos largos indo de encontro à ignorância dos mais velhos.

Se o “vale cultura” vai ser bom ou ruim, a longo ou a curto prazo... não sei! Sinceramente espero que sim, e espero que sejam criados programas para que essa iniciativa não se perca, ou se marginalize. Não quero ver teatros comprando “vales cultura” do povo como acontece com o vale alimentação, ou então as pessoas trocando-o ilegalmente nas esquinas, já que não têm interesse em ir ao cinema, pois este fica muito longe de suas residências. Fica a esperança.

Bruno Araújo

Ana Laura disse...

A idéia é otima, é muito importante o incentivo a Cultura num país, tão rico em cultura porém com cidadãos tão desinformados em relação as apresentações culturais que acontece no Brasil.
Concerteza com esse cartão irá aumentar não só irá aumentar o telespctadores como também as atividades culturais.

Poliane Kelly disse...

O vale cultura será de grande importância, pois muitas pessoas não tem dinheiro para comprar um livro, ir ao teatro ou cinema, museus, shows, e com essa iniciativa aumentara o numero de consumidores e o interrese pela cultura,pois atualmente no Brasil so desfruta da cultura e lazer quem tem um poder aquisitivo.Essa iniciativa sera importante para conscientizar as o valor a cultura.

Unknown disse...

Vamos falar um pouco do vale cultura;a idéia poderá até ser uma boa mas será que vai pegar para nosso povo brasileiro?

Temos uma cultura diferente onde todo final de semana o trabalhador pega o seu mísero dinheiro e vai para um boteco beber, será que ele trocaria todo esse aparato pelo o cinema, teatro visitas a museus?

O nosso pais ainda está em débito com a saúde e a educação, ele precisaria primeiro educar os cidadãos de uma maneira que eles pudessem enxergar qual seria as vantagens da cultura para o desenvolvimento pessoal de cada indivíduo. Acho que será um pouco difício para isto acontecer, mediante uma visão antropológica.

partindo deste princípio acredito que se o turismo fosse depender de tal situação seria uma falência total.Pessoas com o poder aquisitivo bem maior não tem desses costumes.

Precisamos saber também como agira as empresas mediante este "Vale Cultura". As ofertas para os empresários em termos de vantagem não é lá essas coisas.

Hoje a cultura das pessoas está relacionadas com a tecnologia no caso o computador, a televisão e com isto fez com que as pessoas não saíssem mais de casa, ficando acomodadas em seu lar esquecendo de que o mundo lá fora existe.Vamos vêr de perto essa evolução. Estou pagando para ver.
Maria Bernadete Azevedo Andrade.

Anônimo disse...

Gostei muito da idéia do vale, acho que vai contribuir muito para que pessoas de classes menos favorecidas tenham acesso a cultura.
Com esse vale as pessoas poderão aproveitar de outros gastos, que fogem ao que seriam itens de necessidade básica, potento assim comprar livros, ir ao cinema, shows,teatros e outros, contribuindo para o crescimento do seu intelecto.
Concerteza contribuirá para um aumento da demanda e da oferta turísticas de serviços e pordutos ligados a cultura, gerando um aumento de empregos e renda.

Evelyn Neri Silva - Uberlândia

Anônimo disse...

Em minha opinião é um bom investimento, pois esse dinheiro poderia seria gasto com inutilidades, e com esse vale cultura é um incentivo para os brasileiros que terá impactos positivos principalmente para as pessoas de baixa renda que terão oportunidades de conhecerem sua própria cultura que infelizmente é o que acontece e consequentemente passar para sua família e amigos.
Mas existem formas melhores de investir esse dinheiro como principalmente mais saúde ou ser feita uma pesquisa para saber as reais necessidade e motivações do funcionario.


Viviane

Aguinaldo disse...

vale cultura .... 50,00....
é ate interessante este valor ne sendo que um teatro no Brasil pelo menos em Uberaba sai a uns 40,00 e o cara vai e deixa a mulher em casa ( que n trabalhe) ou ao contrario. O cara n vai deixar de vender este vale no supermecado por 40,00 e comprar mais 1 kg de carne pro churrasco no final de semana. tem que ser bem pensado como implantar este vale sem que o brasileiro nem saiba pra que pode ser utilizado.
Quem vai ganhar mais com este vale são os cinemas que tem os preços mas acessiveis.
Intaum naum acho que um vale muda, e sim uma educação diferencia e um salario pro povo digno que o trabalhador possa pegar seus filhos e leva-lo para um passeio.
Ai entra a questão a cultura para os nativos esta muito cara ou estão ganhando pouco?.
aguinaldo

Luiz Terra ou Rique Terra disse...

A idéia do vale cultura é a chance de inserir valores que o brasileiro ainda não tem hábito ou então perdeu com o tempo. O cultura do brasileiro nos horários de lazer é ainda sentar no buteco e tomar uma cerveja.
O vale cultura vem para trazer interatividade para o povo, como teatros, exposições, shows, cinema e derivados.
O valor de R$ 50 ainda não é o suficiente, mas de início dá pra se contentar.
Creio que o resultado do Vale Cultura será a longo prazo, até porque os estabelecimentos que vão aceitar o cartão, terão que se adaptar para essa nova forma.

Luiz H. C. Terra