23 de set. de 2010

27 De Setembro Dia do Turismólogo: Festejar ou Organizar?

Este é o título de um dos artigos mais famosos sobre a profissão Turismólgo. De autoria do professor João dos Santos Filho, turismólogo, sociólogo, educador e filósofo. O artigo foi escrito em 2003, publicado pela Revista Turismo, com osegue na íntegra:

O termo turismólogo surge em meados da década de 1970, com o objetivo de categorizar uma formação acadêmica especifica que começava a ser gestada cientificamente no interior das faculdades de turismo existentes em São Paulo.

O primeiro curso, foi decorrente do pioneirismo da Faculdade Morumbi, atual Universidade Anhembi-Morumbi no ano de 1971. E em 1972, surge também, o segundo curso de turismo no Brasil na Faculdade Ibero-Americana de Letras e Ciências Humanas, atual Centro Universitário Ibero-Americano/UNICENTRO. Essas duas entidades educacionais situam - se na vanguarda do ensino, pesquisa e extensão do turismo, apesar de terem começado tímidas, em virtude dos recursos humanos, metodologia e conteúdos pedagógicos pouco claros e em sua maioria importados da Espanha, desenvolveram dentro do possível um trabalho extremamente pioneiro no campo do estudo do fenômeno turístico.

Cabe ressaltar que o fenômeno do turismo só vai ser visto epistemologicamente como mais próximo de nossa realidade e cercado como objeto de estudo acadêmico e científico com a criação em 1973 do curso de turismo na Universidade de São Paulo - Escola de Comunicações e Artes-ECA/USP.

Nesse caso, não poderíamos deixar de citar alguns professores e funcionários que foram visionários, pois estavam preocupados em estudar a atividade turística nacional como uma atividade que fosse além do tecnicismo instrumental no campo educacional. Aos funcionários que comandaram e ainda comandam o indispensável apoio administrativo sem o qual não poderíamos avançar no estudo do fenômeno estão: Izete Aparecida Martins, Célia Portugal Matta, ambas fundamentais nesse processo histórico.

Dos professores podemos pontuar com muito orgulho: Mário Carlos Beni, o pioneiro de todos e que se aventurou a aprofundar o estudo do turismo nacional e a questionar a inexistência de uma "política nacional de turismo" . A Sarah S. Bacal; Walter Rodrigues da Silva; Waldir Ferreira; Maria Fernanda F. Luis; Victor Ruiti Kiyohara; Olga Tulik; Sarah C. Da Viá. Todos com contribuições em seus campos e preocupados com o ensino e o estudo científico do turismo.

Destacamos aqueles que são resultados do esforço dos primeiros mestres: Mirian Rejowski que desenvolveu um trabalho impar e extremamente importante para o avanço da ciência do turismo caracterizando a produção científica no Brasil nesse campo. A Paulo Salles de Oliveira, brilhante interprete das obras de Joffre Dumazedier e o melhor estudioso do lazer no Brasil.

Entretanto, a década de 1970 ficou marcada como um dos momentos mais sangrentos da política brasileira, período extremamente conturbado no jogo das liberdades democráticas e da expressão. A imposição de uma universalidade plasmada pela ideologia da Escola Superior de Guerra - ESQ, possibilitou à ditadura militar desmontar e massacrar parte do movimento estudantil e sindical. Mascarando uma realidade cruel em que o seqüestro, prisão, tortura e a eliminação física eram práticas de uma política de apoio aos "democráticos" norte-americanos e uma repulsa aos comunistas chamados de inimigos da democracia.

Banalizou-se o congresso nacional instrumentalizando-o para atender aos interesses de políticos ligados aos coronéis da terra e testas de ferro a serviço das multinacionais. Segundo o antropólogo e escritor Darcy Ribeiro sobre esse período, afirma:

"Com a industrialização substitutiva, através da implantação de grandes fábricas das multinacionais, muda de imagem. Começa a ser vista pelo país como a grande bomba de sucção que nos sangra, Para carrear lucros para o estrangeiro."

Nesse meio surge o turismo como um curso novo para os empresários da educação que o enxergaram como exótico e bom de mercado, capaz de arrebanhar um contingente constituído de profissionais de várias áreas que atuavam no amplo campo do turismo; jovens ligados a aventuras induzidos e dispostos depois de formados a viver em outro país em virtude das condições de vida e da repressão dos militares; pessoas com idade acima de 30 anos que pretendiam atuar em outro campo e senhoras que desejavam por um fim em sua ociosidade de damas do lar e que já eram objeto dos movimentos feministas que começavam a se manifestar. Esses fatores vieram a contribuir que o curso de turismo uma das graduações mais procuradas e disputadas até hoje.

Porém outros motivos que nunca foram verdadeiramente explicitados nos escritos da época, mas sentidos por um grupo de professores e alunos mais críticos, necessitam ser avaliados. Quais as verdadeiras razões políticas e ideológicas que levaram o governo Federal a criar a Empresa brasileira de turismo - EMBRATUR, por meio do decreto - lei n.55 de 18 de novembro de 1966 ainda não foram totalmente estudados e documentos oficiais não foram liberados.

Quando fazemos a afirmação, que há outros motivos que levaram a criação da Embratur, podemos estender essa indagação aos cursos de turismo no Brasil, por uma questão de honestidade científica e acadêmica, vamos arrolar e refletir primeiramente os motivos já conhecidos:

● A existência do antigo e arcaico Conselho Federal de Educação que em "... resolução s/n de 28/01/71 ... fixou o conteúdo mínimo e a duração do curso superior de turismo."( Matias, 2002, p.4).Tornou o curso objeto de disputa de representantes de dois campos do saber, pois conselheiros e políticos usaram de varias artimanhas para inserir o curso de turismo junto às faculdades de Administração de Empresas e de Educação Física. Segundo a turismóloga, professora e escritora Marlene Matias essa idéia foi abandonada, mas sou obrigado a discordar pois essas intenções ainda aparecem com modulações variadas dentro e fora da categoria.
Os professores de Educação Física derivam para si com todo direito as atividades de ensino do lazer tanto no campo da teoria como na prática, porém muitos advogam a propriedade exclusiva dos conteúdos do lazer principalmente no que se refere ao estudo ontológico e histórico. O que me parece extremamente questionável pois para estudarmos o tempo livre, ócio, lazer e turismo, começamos como Karl Marx que por meio de duas de suas obras "Dos Grundrisse e do O Capital" discutem o tempo de trabalho. Paul Lafargue em seu livro de 1880 "O direito à preguiça" que traça um panorama universal da exploração do sistema capitalista sobre a humanidade, destacando o direito ao ócio dessas classes. Joffre Dumazedier com seus estudos pioneiros de tonalidade marxista, discutindo o fenômeno do Lazer como atividade extremamente educacional junto à população trabalhadora. Domenico Demasi sociólogo de formação weberiana, consegue mostrar a necessidade do governo em financiar a empresa privada para que o trabalhador usufrua do lazer. O Estado como mediador e agente financeiro para que o trabalhador usufrua o lazer e turismo. Todos foram ou filósofos, médicos, sociólogos que sinalizaram as raízes históricas do turismo e seus componentes, portanto a contribuição que está dada aparece no campo da epistemologia da ciência e não no campo exclusivo das ciências da Educação Física ou da ciência da Administração.

● O país estava vivendo o chamado por alguns de milagre brasileiro em que os índices de crescimento da economia batiam recordes mundiais. Porém, o aumento da miséria social e o abandono das riquezas da nação permitiram a rápida desnacionalização da economia e a internacionalização territorial e ideológica da vida Brasilis. A quantidade de miseráveis e o rebaixamento do padrão de vida do povo, levaram o Brasil a ser campeão no ranquim mundial como uns dos países com piores qualidade de vida.

Esse fato, afeta de forma direta os cursos e as faculdades particulares que viram seus investimentos serem corroídos pela situação de inadimplência dos estudantes e a econômica ser corroída pela inflação. Segundo Marlene Matias: "Nos primeiros anos de funcionamento do curso superior de turismo, houve uma demanda muito grande pelo mesmo, especialmente em São Paulo, o que desapertou o interesse de empresários da educação a investirem na abertura de outros cursos (...). Mas, a partir de 1976, ocorre uma queda sensível no número de ingressantes devido a uma série de fatores socioeconomicos".

Entretanto, não podemos esquecer que foi nesse período que ressurgiu com maior intenção a idéia de passar as vagas dos cursos de turismo para os cursos de administração. Essa lógica permaneceu ameaçadora até 1984, quando os turismólogos conseguiram de fato afastar os interesses escusos de donos de faculdades e do próprio Conselho Federal de Administração, pois essa atendia a dois fatores:

1. Tentativa desesperada para reerguer mercadologicamente os cursos de administração que começavam a apresentar um declínio na demanda, necessitando ampliar o leque das ênfases oferecidos pelo mesmo;
2. Incorporar o curso de turismo ao curso de administração, descaraterizando por completo a futura ciência do turismo e capitalizando o fenômeno para dentro do vasto campo da administração.

● Com relação ao corpo docente necessário para manter os primeiros cursos de turismo, houve pela UNIBERO a importação de alguns professores da Espanha que junto com professores da USP, conseguiram conviver e criar uma tipologia própria de conteúdo pedagógico, mesclando o fenômeno do turismo com a realidade brasileira.

Professores estrangeiros foram orientados sobre a realidade brasileira, professores brasileiros da USP com algumas exceções foram extremamente progressistas e mais que possa parecer paradoxal eram de esquerda, trazendo ao curso ares mais abertos e críticos com uma competência que hoje nos cursos aparece cada vez mais escassa.

● A falta de informação do curso para o aluno e a expectativa difusa sobre o que ele iria encontrar e qual a dimensão do mercado de trabalho. Tudo era um novidade, o mercado turístico seguia as regras dos interesses do Capital, nada se planejava, nada se organizava, pois para tudo e para todos estava o interesse e necessidades do turista e a da acumulação rápida da mais- valia. Turismo era sinônimo de viagem e entendido como uma atividade eminentemente técnica, o interessante é que assim enxergava e enxerga a Embratur quando propõe 1981 um currículo mínimo exclusivamente técnico:

A) Matérias Básicas
● Matemática;
● Estatística;
● Contabilidade;
● Teoria Econômica;
● Metodologia Científica;
● Planejamento e Organização do turismo;
● Legislação Aplicada;
● Mercadologia;
● Psicologia.

b) Habilitações Alternativas
1ª Opção - Hotelaria
● Organização Hoteleira e Técnicas Operacionais;
● Administração Financeira e Orçamento;
● Mercadologia Aplicada;
● Prática - Estágio.

2ª Opção - Agenciamento e transporte
● Produção e Organização de Serviços Turísticos;
● Administração Aplicada;
● Administração Financeira e Orçamento;
● Mercadologia;
● Prática - Estágio.

3ª Opção - Planejamento
● Sociologia;
● Organização de turismo Interno e Externo;
● Infra-estrutura Turística;
● Equipamento Turístico;
● Elaboração e Análise de projetos;
● Prática - Estágio.

Se compararmos esse currículo com com a proposta da ABBTUR, percebemos o tecnicismo que dominava e continua presente na Embratur, preocupada em atender o mercado, para que as universidades e faculdades formem "a mão de obra" (montem) um aluno dentro dos padrões de qualidade total, no qual o importante é sua funcionalidade, esmero e atendimento segundo os interesses do turista. Esse adestramento dentro dos padrões do tecnólogo, secundariza, oculta, inibe, dessistimula a consciência crítica e empobrece a visão de cidadania permitindo a formação de um turismólogo despolitizado.

● No início do curso com uma bibliografia nacional inexistente, os livros traduzidos configuravam realidades diferentes e muitos de duvidosa qualidade acadêmica. Hoje com uma publicação editorial nacional significativa que em qualidade ultrapassa a visão tecnicista, mas que insiste em apresentar uma leitura da realidade despolitizante, em que as funções do profissional são de sua inteira responsabilidade. Ocultando-se a situação do mercado de trabalho, colocando-a como se a mesma fosse culpa do profissional.

Diante desses fatos, podemos afirmar que os cursos de turismo implantados desde de 1971 até o presente, mostraram avanços significativos, graças as lutas dos estudantes, turismólogos e profissionais de outras áreas que dedicaram suas vidas a pensar e entender o fenômeno turístico. Mesmo sendo objeto de comentários e piadas por parte de alguns de nossos pares, as pessoas que agiram como pioneiros no estudo do turismo foram exemplares, pois enfrentaram preconceitos, ganharam respeitabilidade e ajudaram a criar um arcabouço teórico - metodológico próprio e nacional, comparado aos dos intelectuais do México e da França.

Com um realidade histórica, exclusiva e impar na América Latina, em que raças se mesclaram e se modificaram, nossa realidade exige o resgate do censo-crítico e de um estudo voltado à América Latina, pois hoje descobrimos mais do que nunca que somos latino americanos e não americanos ou europeus.

Os Discursos Alheios aos Interesses da Categoria - As falas do neoliberalismo diante do turismólogo

O processo no qual o sistema capitalista vêem navegando na atualidade configura - se em um movimento antí-dialético, portanto à histórico, cuja a tentativa é minimizar a leitura das contradições existentes na sociedade. Essa intenção só pode ser percebida e pensada quando desvendamos os mecanismos que buscam retardar a organização política sindical da sociedade civil, pois o desprezo pelo político não se limita ao processo partidário, mas sim, a tudo que se refere a atos e intenções relacionadas às formas de como se traduz a organização da categoria trabalho como fato que permite aos homens sinalizar, codificar e regularizar juridicamente seu espaço profissional.

Entendendo a sociedade como palco da luta de classes, nada pode ser mais nefasto do que os discursos e falas despolitizantes:

""emburguesamento", trabalha pela despolitização, provocando um descrédito na vida política e nos políticos em geral.
Os sindicatos e as associações perdem sua força de barganha, são hostilizados e ridicularizados pela sociedade e por seus próprios filiados, que acreditam que houve um esgotamento da luta de classes ...
A lógica é a negação da política e a adoração dos pensamentos livres, abertos, naturais e descomprometidos de qualquer objetivação teórico-filosófica, portanto, de tonalidade irracionalista. Este é o jogo da despolitização."

Esse movimento de negação da história aparece em virtude de nossa formação Cartesiana muito presente no pensamento da humanidade que se traduz dentro do seio de setores da academia que trabalham no sentido da volta de um purismo escolástico que acredita na neutralidade, pois parte do pressuposto que o sistema capitalista caminha para um redirecionamento inevitável de rumo no qual nossa atitude seria aderir ao seu modelo sem buscar as determinações, pois não devemos e não podemos pensar em modificá-las.

Esse entendimento, muito próprio dos neoliberais que pensam o fenômeno turístico de forma idealista buscando acreditar no equilíbrio e harmonia que deve ancorar o turismo sustentável, professam que:

1. A globalização para o turismo se constitui em uma solução para seu crescimento. Esse pensamento de base economicista esta preocupado com a entrada de recursos econômico, entendendo a transformação dos homens em simples mercadoria. Esse processo limita e embota a processualidade histórica, como brilhantemente comenta a professora Marutschka, quando diz:

"...o tratamento reducionista dado ao objeto turístico. Boa parte destas análises ora o enfoca sob a égide economicista como uma atividade apenas econômica, ora sob a ótica sistêmica, tratando-o como um sub-sistema."

Os fatos errôneos dessa visão, leva-nos a termos de lutar dentro e fora da academia contra aqueles que acreditam nas "boas" intenções do capitalismo para com o turismo. Bondosos idealistas se instalaram nas galerias do saber e desenharam um fenômeno turístico acritico, sustentável e desenvolveram programas modelares para o país, como forma de conscientizar a diversidade cultural por meio de um modelo estrangeiro que não atende as nossas peculiariedades de país continental.

Para nos que importamos dos Estados Unidos as bases do ensino superior no período do golpe militar por meio dos acordos "Mec-Usaid" e que fomos obrigados a suportar o fascismo desse governo, com seus aconselhamentos de civismo, moral e patriotismo imposto pelo ensino da escola militar dos americanos. Nada mais temeroso do que ter que ouvir a volta desses por meio da comédia que certamente virará tragédia, como bem alerta Karl Marx em seu livro Ideologia Alemã.

Tragédia é omitir os erros, limites e simplificações desses programas oficiais que apelam para o voluntariado e acabam excluindo o turismólogo e criando uma casta de treineiros pagos pela Embratur ou prefeituras que se vêem obrigadas a obedecer esses pedidos na esperança de serem certificadas como pólos turísticos.

2. Acreditar em programas com base no voluntariado, usando da "boa fé" de aposentados, alunos das faculdades de turismo e população nativa que acabam alimentando uma crença fanática aos programas estrangeiros e de gabinete, em que políticos faturam popularidade por meio de estatísticas super inflacionadas segundo interesses do governo.

3. Usar dos estudantes de turismo e dos turismólogos como massa de manobra, quando editam normativas como a 390/98 em que a Embratur delimitava e descreve nossas ações profissionais, porém para priorizar o PNMT, comprado da OMT ( quanto será que o Brasil pagou ou paga para usar uma metodologia ultrapassada? ). A Embratur em 2001 lança uma nova normativa a 421 que passa nossas funções para o Conselho Municipal de turismo.

A existência por parte da Embratur de uma história de normas desastrosas que obrigavam nossos hotéis para aumentarem as estrelas em sua classificação o uso de carpetes nos quartos, bem como, um café da manhã fora dos padrões da cultura e culinária brasileira. Esse estrangeirismo copiado dos padrões do estilo de vida americano, trouxeram vários desastres na de implantação de uma "política de turismo" direcionada exclusivamente para a recepção ao turista estrangeiro. Esse descompromiso com a população no que se refere ao turista nacional pode ser uma pista sinalizadora que a Embratur foi criada principalmente para moldar uma imagem de:

1. Brasil gigante, em que a ditadura prendia, torturava, matava e empastelava os meios de comunicação;
2. Um nacionalismo ufanista e extremamente patrulhador, em que a vida só tinha sentido quando compartilhada das disciplinas de "Educação moral e Cívica" e "Estudos de problemas Brasileiros";
3. Um processo de casernização da vida civil e da educação principalmente nos seus conteúdos obrigatórios e delimitado dentro de padrões rígidos de censura;
4. Um processo de cultura seletiva em que os princípios do amor e liberdade dos enlatados americanos sacudiam as cabeças de nossa juventude;
5. A instalação da ideologia pró-americana e anticomunista, por meio de um processo de desmonte de qualquer instituição que representa-se perigo ao governo.
6. Exílio compulsório ou militar-judicial de cientistas, intelectuais brasileiros e militantes que poderiam ser mortos pelo governo militar. Que organizaram verdadeiras redes para divulgar o para o mundo o que estava acontecendo no Brasil.

Esse fatores vão exigir do governo a criação de uma estrutura que cuide da imagem do Brasil no exterior, que junto com os corpos consulares e embaixadas divulguem a idéia de um Brasil ordeiro, pacifico, exótico, anticomunista e pró-americano. Nesse sentido, aparece a Embratur para a função que foi criada estimular e dar as condições da implementação de uma "Política Nacional para o Turismo" e divulgar o Brasil no exterior.

Os escritórios da Embratur no exterior vão servir de base para ressignificar o processo econômico, político e cultural, segundo interesses do governo militar em um país que no período da ditadura proibia a apresentação do bale Bolchoy, as peças de Plínio Marcos, a indicação de Dom Hélder Câmara para o Prêmio Nobel da Paz, das musicas de Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Caetano Veloso e outros. Mas no exterior divulga, o carnaval, a mulata, o Rio de Janeiro e acaba sinalizando uma apologia a beleza da mulher brasileira nas praias ensolaradas, um passo para tipificar a idéia do turismo sexual que hoje faz do Brasil conhecido como a rota dos turistas que buscam meninas menores para a pratica do turismo sexual. Rufiões que se colocam como agentes de turismo negociam nos aeroportos, falando alemão, inglês, francês e italiano as crianças por dia, semanas e por hora.

Por quê a Embratur não divulga as propagandas que são feitas do Brasil no exterior no campo do turismo? e os fatos que ocorrem e ocorreram quando da representação do país nas feiras internacionais de turismo internacional, mostre-nos a reação da imprensa internacional para aquilo que o Brasil leva para mostrar no exterior. Será que existe censura?

Nada pode ser tão curioso do que compreender que o Brasil sempre procedeu e apostou no exotismo, como fator de mostrar a cara do Brasil no exterior, durante a primeira República o Brasil participa de uma feira internacional na França e o estande brasileiro expõe frutas nacionais e os índios botocudos que acabaram sendo fatores de extrema curiosidade durante toda a exposição.

O Brasil sempre apostou em suas belezas anatômicas, seja pelas referências contidas nas cartas de Pêro Vaz de Caminha, porém essa cultura ao corpo que só brasileiro sabe dar pela cor, ritmo, sensualidade, plástica e uma enorme pitada de erotismo. De uma geração que cultuou Marta Rocha que perdeu por duas polegadas, mas acabou sendo imortalizada como o símbolo de mulher brasileira.

Com isso, queremos dizer que trabalhar com a ocultação total da imagem da mulher brasileira, me parece uma estupidez e uma falta total de tato pois a mulher brasileira é considerada a mais cobiçada e bela do mundo. A nos e ao poder público cabe fazer a distinção da mídia que acaba criando a noção de mulher liberada e independente.

Conclusão

Pouco temos a festejar, pois somos uma categoria ainda muito despolitizada e com um inexpressivo censo crítico. A nós cabe entender essas limitações e buscar combater os inimigos dos turismólogos, que se caracterizam por aqueles discursos que:

1. Encaram a regulamentação da profissão como coisa desnecessária por meio do discurso despolitizante, infantil, reargumentando sua fala com base na "qualidade total" que como resposta imediata costura a ideologia do pragmatismo;

2. Combatem a regulamentação usando da lógica discursiva simplista que a mesma não criará empregos e portanto não é necessário lutar por essa causa;

3. Existem outras profissões não são regulamentadas e o mercado está à disposição dos mais competentes, não há necessidade de nenhuma formatação jurídica. Mas de pessoal qualificado capaz de garantir seu mercado de trabalho;

4. Se regulamentarmos a profissão, limitaremos o nosso campo de trabalho, deixando de lado atividades que poderão surgir e que necessariamente fugiria de nossa amplitude regulamentada;

5. Em nenhum pais do mundo a profissão de bacharel em turismo foi regulamentada, essa argumentação aparece como o ultimo recurso dos neoliberais para justificar suas posturas de fundamentação direitista. Na verdade a leitura que essas pessoas fazem da realidade não leva em conta a luta de classes como motor da história, mas sim, deslocam sua leitura para as técnicas de motivação, ou seja, de auto ajuda.

Enquanto essas questões vão ocorrendo, as lutas sindicais vão sendo retardadas, os alunos fortalecem a visão equivocada de que conteúdo pedagógico e política são questões que devem ser tratadas separadamente e fora do âmbito das salas de aula. Essa cultura de separação entre o acadêmico e o político, foi sendo colocada durante os vinte e cinco anos de ditadura militar. Amigos morreram por pensarem diferente, professores foram caçados, exilados, torturados e mortos, pois sempre lutaram pela liberdade de poder estender o censo crítico dos alunos, contra a ditadura, opressão e pela eterna liberdade de pensamento.

Por isso discente não se deixe levar pelas falas sedutoras daqueles que se dizem nossos amigos, mas na verdade lutam para que o turismólogo não amplie seu mercado de trabalho e não se reconheça como elemento transformador da realidade turística. Esses "amigos da onça" lutam para que nossa categoria não cresça e sim desapareça, pois em sua lógica todos podem vir a contribuir não necessitando de nenhum estatuto corporativo.

Pense, amplie seu censo-crítico e acompanhe a discussão atual que vem lá do Rio Grande do Sul e passa pela cidade de Maringá. Reflita quais os motivos que levaram entidades, pesquisadores e professores a tentarem desmobilizar nosso trabalho, por meio da lógica separatista de que política e academia devem estar desvinculadas. Será que eles entendem a lógica da luta de classes?



Muito se passou após o artigo ser escrito, em 2003, antes mesmo da criação do MTur. Conforme descrito por João dos Santos Filho, o que mudou de lá pra cá, para melhor e para pior? Você concorda com o prof. João em quais pontos? Já podemos comemorar?

13 comentários:

Erika disse...

Por um lado festejar por outro organizar. Festejar por que nós existimos, e sabemos o valor que nós turismólogos temos. Sabemos que não somos vistos como profissonais e que não temos valor nenhum no mercado de trabalho, é por esses e varios outros motivos que deve ser revisto nossa categoria no mercado e reconhecer os turismólogos como profissionais. Até hoje o profissional não tem um mercado de trabalho e seu valor não é reconhecido, dificilmente o profissional é requisitado, geralmente se 'insere' nos cargos em que se exige nível universitário e nos cargos que deveria ocupar, estão profissionais com outro tipo de formação. Recebi um edital de um concurso no Ministerio do Turismo, no edital havia varios cursos menos o de Turismo. Isso é uma briga de muito tempo, para os turismólogos serem reconhecidos e atuar na sua área sem outros profissionais tomarem nosso lugar. Então na minha opinião sobre esse tema o ''organizar'' vem em primeiro lugar.

Meu Mexido de Hoje disse...

A situação do turismólogo desde a data do referido artigo teve uma singela evolução no que se refere a sua regulamentação como profissão. As dificuldades encontradas trata-se de uma tentativa dos profissionais de outras áreas tentarem impedir que tal regulamentação aconteça por ameaçarem a “fatia” que administradores e economistas ocupam no setor turístico por exemplo.
Como citado no texto, à questão gira em torno da capacitação e não de uma regulamentação. Existem outras profissões que não são regulamentadas, mas que conseguem mostrar sua força no mercado de trabalho, provando a suficiência de sua competência e persuasão.
O turismólogo luta não só contra os demais profissionais, eles lutam também contra si mesmos, onde sua falha maior está em um ditado que explica sua situação: “A maioria espera que as oportunidades caiam do céu” enquanto outros apenas se acomodam em uma situação que os deixam levemente “controlados financeiramente”.
Devemos comemorar nossos ganhos mesmo que ínfimos, sem nunca desistir e sempre de olho em nossos erros para que possamos encontrar possíveis soluções cabíveis.

Juliane disse...

Até podemos comemorar, porém ainda há turismólogos ou mesmo estudantes de Turismo que não conseguem perceber sua importância para a atividade turística no país; estão preocupados com ofertas de emprego e não procuram meios de se qualificar ou ‘lutar’ para serem vistos como profissionais.
Não entendem que mesmo ainda nos bancos da faculdade possuem a capacidade de planejar, organizar e desenvolver ações que contribuam na melhoria da atividade turística na localidade.
Falta o primeiro passo, uma motivação, a vontade de ‘fazer acontecer’.
Concordo com João Filho quando diz que ainda existem faculdades preocupadas em formar mão-de-obra, ou seja, um aluno dentro dos padrões de qualidade, esquecendo, por exemplo, de estimular a consciência critica e a visão de cidadania.
São poucos os exemplos onde professores incentivam os alunos a abordarem temas pertinentes e discuti-los.
Comemorar somente porque o país receberá grandes eventos em um futuro próximo e gerará emprego para alguns profissionais?
Como falado por nossos colegas, devemos primeiro organizar para depois sim comemorar.

NAYARA disse...

Acredito que a profissão do turismólogo, tenha evoluído razoavelmente desde sua criação nos anos 70. Digamos que algumas situações tenham mudado pela seqüência natural dos anos, como por exemplo, a aberturas de muitos cursos no país, uma maior procura de pessoas pelo curso, o surgimento de professores brasileiros formados nesta área e bibliografia escrita por estudiosos do Turismo, entre outros. Sendo assim, acredito que essas mudanças foram positivas, pois entendo que o mercado necessita do estudo desse fenômeno mundial, que a cada dia cresce mais, empregando muitas pessoas e oferecendo a elas a oportunidades de vivenciar outras culturas e experiências.
No entanto, compreendo que ainda há muito que fazer, pois como é citado no texto, vemos muitos turismólogos sendo formados para exercer funções técnicas como recepcionistas de hotéis, atendentes de aeroporto, agentes de viagens, entre outros. Contudo isso não é ruim, mas talvez o correto fosse existir cursos técnicos para esse tipo de serviço e já o profissional bacharel em Turismo, deveria ser um estudioso mais voltado para o planejamento e organização do Turismo nas cidades e no país, ou seja, um profissional capacitado para analisar o Turismo no seu modo mais amplo, buscando melhorar, controlar e expandir ações ligadas a essa área.
Enfim, podemos afirmar que tenham ocorrido muitas mudanças na profissão do turismólogo. Mas ainda, é muito cedo para comemorar, pois vejo que muitos fatores têm que mudar e os principais atores dessas mudanças são os próprios turismólogos, sejam aqueles que já tenham formado ou aqueles que ainda vão formar, ou seja, nós podemos tentar fazer diferente e muito melhor nosso trabalho, pois assim mostraremos para as pessoas que somos necessários e executamos um trabalho de excelente qualidade e com competência.

ANGELA disse...

Pouca coisa mudou de 2003 para cá.
Nós futuros turismólogos ainda temos muito o que lutar para conquistar nosso espaço. São muitas outras áreas de formações que trabalham e ganham dinheiro no nosso ramo, a maioria das vezes sem amor, sem gostar daquilo que faz, apenas por dinheiro.O Brasil melhorou um pouco a imagem lá fora, mas infelizmente ainda somos vistos como um país "erótico e exótico".

Tamara disse...

Festejar depois de organizar.
Esse é o dilema certo em que todos deveriam seguir, diante aos obstáculos que o profissional de turismo encontra no mercado de trabalho.Este não deve se acomodar com aquele emprego que ganhe bem,mas não é na área, deve conciliar o mesmo com capacitações, cursos e experiências, para ocupar o lugar que o outro está. É necessário nos organizar, estudar, experimentar atividades (mesmo que não seja remunerada) pois isso implicará conhecimento em prática, e não só em teoria, que algumas situações são diferentes do que imaginávamos.

DANIELA LARISSA disse...

Sim podemos festejar pelo nosso dia, pela profissão que escolhermos exercer, mais a luta do turismólogo começa primeiro por ainda não ser reconhecido, como o mercado não nos enxerga e como outros tipos de profissionais podem ocupar nossas áreas de trabalho. O problema se encontra que já passou da hora de mostrar nossa cara, de lutar e tentar resolver essa situação, ou vamos ficar esperando que algo caia do céu? Devemos comemorar nossa paixão pelo Turismo e fazer de cada feito ao grandioso e pensar sempre que podemos ser melhores e fazer mais, sempre mais. Vencer todos os desafios e nos organizarmos para dominarmos esse mercado e mostrar como o turismo pode ser uma grande fonte de renda e outras coisas.

wilson disse...

Necessitamos estar integrado às diferentes áreas: cultura, agricultura, meio ambiente, indústria, comércio, esporte, etc. A ação em parceria, através de um sistema interdisciplinar proporcionará a nós Turismólogos, executando as funções com maior objetividade e êxito.
Diante de tamanha responsabilidade, cabe a nós Turismólogos, avaliar as reais condições e potencialidades das localidades onde se pretende promover a atividade turística, contando sempre com o apoio dos segmentos profissionais, mas principalmente, contando com o apoio e o consentimento da comunidade local.
Turismo algo de mais propício pelo o nosso Estado e também para o Brasil, que possamos a cada dia abrir os olhos para aquilo que temos de melhor, não somente sol e praia, mas belas históricas, culturais e aquelas pouco exploradas, diria melhor, pouco reconhecidas por nós. Então turismólogos devemos mostrar que temos direito pela regulamentação como profissionais como os outros. Existem outras profissões que não são regulamentadas, mas que conseguem mostrar sua força no mercado de trabalho, provando a suficiência de sua competência.Até hoje o profissional não tem um mercado de trabalho e seu valor não é reconhecido, dificilmente o profissional é requisitado, geralmente se 'insere' nos cargos em que se exige nível universitário e nos cargos que deveria ocupar, estão profissionais com outro tipo de formação.
"... o estudo do fenômeno turístico enquanto fato social (no sentido dado a esta expressão por Durkheim no século XIX). O turismo é o fenômeno em si. São duas coisas diferentes: o fenômeno e o estudo do fenômeno".
O turismólogo luta não só contra os demais profissionais, eles lutam também contra ele mesmos.

Cajado disse...

Festeja seria meio que improvável ate porque não houve nenhum resultado que elevasse a categoria dos turismologos! Como sabemos todo esse movimento e consagração da classe só veio a tona com o decorrer desses grandes eventos que já estava preste a se candidatar o Brasil como cede. Outra porque tanto tempo pra decidir se e uma profissão ou não? Na verdade isso e mais um descaso com o cidadão brasileiro! Pessoas que pagam impostos e taxas elevadas por um governo que não contribui para a melhoria das classes têm que ser mais e mal visto mesmo! E mais uma razão bem explícita pela forma que o nosso país e visto La fora! E bem claro aqui dentro a falta de interesse por parte também da própria classe que não luta em a favor do social, mais a pro do individual! Como uma classe assim pode crescer e abranger um todo?

Cristiana disse...

Creio que podemos festejar pelo o dia dos turismologos, porém pela nossa profissão ser reconhecida, ainda falta muito. Como minha colega Nayara citou já se obteve várias mudanças. Crescimento no mercado turistico, bibliografias, dentre outros fatores, mas o mais importante que é sermos reconhecidos por sermos bachareis em turismo ainda não. Isso para mim é o mais importante,a final existem milhões de pessoas com outras formações exercendo nossos cargos. Isso é um grande problema que temos que superar o mais rapido possivel. Estudamos para trabalhar em nossa area.
Existem milhares de turismologos que trabalham apenas pelo dinheiro e nao pelo o que gosta de fazer. Outros que ocupam cargos com salários tão baixos apenas para sobreviverem e para mim isso é um absurdo.
Quando escolhi o curso, foi realmente por gostar da area. E quando for procurar trabalho, vou buscar em uma area especifica que gosto e que conheço muito para que possa crescer e ser reconhecida pelo meu trabalho.
Temos que planejar, organizar, reepensar, refletir o que queremos... afinal se uma pequena parte lutar pelo reconhecimento da nossa profissão, fazendo o seu melhor, em um futuro proximo conseguiremos nosso reconhecimento como bachareis em turismo.
VAMOS LUTAR, VAMOS BUSCAR PELOS NOSSOS IDEAIS....
SE CADA UM FIZER SUA PARTE EM ALGUM MOMENTO CONSEGUIREMOS.
LEMBRAM DA HISTORIA DO PASSARINHO QUE SOZINHO FOI PEGANDO AGUA PARA APAGAR UM INCENDIO EM UMA FLORESTA?
CREIO QUE O QUE FALTA É ISSO... A VONTADE DE CADA UM E DEPOIS A UNIÃO DE TODOS PARA ALCANÇARMOS NOSSO OBEJTIVO.... SERMOS RECONHECIDOS

Unknown disse...

Eu vejo a regulamentação da profissão como um importante ponto de partida para que seja definido e reconhecido o papel social dentro do mercado de trabalho que um turismólogo terá, além de dar preferências para que as vagas sejam diretamente focadas para quem tem conhecimento e formação em uma área que possa contribuir com a atividade turística. Meu ponto de vista é: se faz sim necessário termos no setor turistico economistas, sociólogos, biólogos, geógrafos, etc, pois algumas problemáticas que a atividade abrange estão diretamente focadas para determinada área do conhecimento, vários dos estudos que precisam ser feitos no turismo um turismólogo não faria com a mesma eficácia, pois, um turismólogo a meu ver é mais voltado para a gestão e organização de recursos e pessoas. Então acho que turismólogos tem que ser mais pé no chão e ver que em primeiro lugar vem a organização, porque tudo que foi conquistado até agora é um grão de arroz perto de tudo que ainda precisa ser feito para que seja reconhecido o papel de um turismólogo dentro da sociedade como um todo.

Flavia V. disse...

devemos ver esta data, como uma ato de organização da profissao, uma vez que, a mesma nao e aceita nem bem vista com bom olhos por varios. data para se refreitri, analisar e desenvolver posibilidades, promover atitudes que venham engrandecer mais a nossa futura profissoa, não nos contentando com os paradgmas que sao impostos a nos, futuros turismologos, hoje.

Queiroz disse...

Olá moçada,

Estou em outro campo do turismo, onde sentimos as conseqüências dessa manipulação da atividade. Sou Queiroz, de Salvador, guia de turismo credenciado, agente de viagem de receptivo, estudante de Direito e estudioso da indústria turística. Acabei de publicar um blog turismoreceptivo.wordpress.com, com a intenção de questionar essa política desastrosa, pois meu foco é turismo receptivo como atividade econômica, de interesse social, e sua relação com o governo e a sociedade. Sou admirador do Prof João Filho e me custa acreditar que ainda se insista em desvincular a política de qualquer atividade, assim como qualquer atividade, do saber.Todos nós conhecemos a interdisciplinariedade do turismo, e mesmo o potencial econômico,seu poder de promoção da educação, da cultura, da integração e da paz da Humanidade, e nada mais óbvio que termos profissionais bem preparados para isto. E nesse campo que estou percebo como esta ausência é vital para o governo e a turma que ganha dinheiro com isto, manter este modelo que, além de tudo, compromete nossa imagem de brasileiro, como pessoa e como profissional. Casualmente eu terminei uma pesquisa sobre estes cursos, o conteúdo deles e o dinheiro que se movimenta com esse negócio. Não tenho nem de longe a capacidade do Prof João Filho e de outros estudiosos do assunto, mas pretendo conduzir um processo,com a ajuda de todos os estudiosos, claro, sobretudo vocês turismólogos, inclusive com enquete no meu blog, que resulte nesse reconhecimento e em outras conquistas para o turismo do Brasil. Contem comigo!