15 de mar. de 2008

A guerra de deportaciones



Na semana passada, houveram deportações de brasileiros que tentavam entrar na Espanha.

O fato ganhou muita projeção por se tratar de uma viagem de mestrandos brasileiros indo fazer um "intercâmbio" na Espanha. Tal deportação de pessoas consideradas com boa situação financeira, cultural e intelectual, gerou um desagrado formal das autoridades brasileiras.

O desagrado foi tanto, que um "nobre" deputado estampou uma faixa em Brasília, entre os dizeres: "Deportem o Robinho". Outros deputados sugeriram à população brasileira que não utilizassem o banco Santander Banespa nem a Telefônica, em uma espécie de boicote às empresas espanholas que atuam no Brasil.


O blog desta semana, como o das semanas passadas, propõe um debate entre turismólogos de forma sadia e, principalmente, com um bom nível de debate e idéias, ao contrário dos nossos "nobres" deputados e suas brilhantes e pontuais idéias, para que solucionem a crise que já deixou de ser política entre Brasil e Espanha. Sem contar no nosso presidente, que, em uma entrevista afirmou que o problema das deportações é político, alfinetando ainda mais o governo espanhol, que é adversário ao partido popular e socialista espanhol.


Para análise dos fatos, vamos elucidar os acontecidos: FATO 1: É verdade incontestável que os brasileiros deportados no começo da crise, estavam totalmente de acordo com as leis de imigração. FATO 2: Mesmo após o aperto de mãos entre os presidentes dos dois países, o governo espanhol deportou uma brasileira que namora um espanhol e, mesmo comprovando renda (cerca de U$800,00 em espécie), reservas de hotéis e passagens de volta, além de visto de turista e seguro saúde, foi obrigada a ficar no aeroporto em Madrid cerca de uma semana aguardando o vôo de volta ao Brasil. O motivo da deportação não foi esclarecido pelas autoridades espanhoas. FATO 3: Todos os espanhois deportados pelo Brasil durante a crise, tinham pelo menos uma infração à lei de imigração. FATO 4: os brasileiros estão entre os povos que mais entram na europa de forma ilegal. FATO 5: Portugal e Espanha, eram considerados os dois países mais fáceis de entrar, pelo fato de sua imigração não ser muito rígida. Consequência: Agentes de viagem de todo Brasil mandavam seu clientes para Espanha ou Portugal para passarem na imigração, após isso, migravam para Inglaterra, França e Alemanha. Tudo isso, de forma "ilegal" segundo as leis de imigração.



O filme O Terminal, brilhantemente estrelado por Tom Hanks, retrada a dura vida de um deportado enquanto aguarda a volta pra casa. Os deportados têm que tomar banho em banheiros públicos, dormir em dormitórios ou até mesmo nas cadeiras de espera e em hipótese alguma podem sair do aeroporto.

Situação que, para pessoas que querem realmente entrar em um país de forma ilegal, é discutível, em termos dos direitos humanos. Contudo, vivido por uma pessoa inocente, que está de acordo com todos os tratados internacionais, leis e imigrações locais e com a situação legal em seu país de origem, é sem dúvida um desrespeito sem tamanho.

O governo espanhol deporta brasileiros, o governo brasileiro deporta espanhóis, todos os países comentam, governos se atacam...

Com tudo isso acontecendo, como ficaria o turismo emissivo e receptivo de cada um dos países em relação ao outro? Como os acontecidos irão refletir na atividade turística dos dois países com os turistas do resto do mundo?

Fique atento, a discusão não é de quem está certo ou errado, e sim de como os fatos irão influenciar na atividade turística como proposto acima.

Que se arme o buteco!

Abraços e até quarta.

11 comentários:

Anônimo disse...

Prezados Colegas
Penso que esta instabilidade gerada pelas deportações e "troca de gentilezas" pode vir a acarretar em um sem número de indisposições, não apenas entre Espanha e Brasil, mas entre nossso país e outros destinos, como os EUA. Vejamos,não me recordo de nenhum caso assim, em que o Brasil tenha dado o troco quando os "brazucas" são deportados de solo americano, da mesma forma, de solo inglês ou francês. Creio que, além das animosidades todas, há uma banalização da escolha por viajar, visto que milhares de imigrantes ilegais se constituem a partir da própria experiência de intercâmbio, tema anterior deste espaço de discussão e aprofundamento. Ainda que, estejamos oferecendo o mesmo tratamento dispensado a nossos compatriotas em solo estranho, penso que esta seria a hora para que o país pudesse dar um outro sentido ao "troco",por exemplo,aumentando o turismo endógeno e atraindo o "perfil"de turista que nos convém com grandes eventos, com a oferta qualificada de bens e serviços ligados ao Turismo. Já sabemos que não é barrando o turista que não tem reserva e nem mesmo dinheiro em espécie que iremos erradicar o turismo sexual dos litorais (e grandes centros urbanos) brasileiros, até mesmo porque o viajante que vem em busca deste tipo de "serviço" é quase um profissional, porque conhece os principais points mundiais desse gênero de exploração e, sobremaneira, tem disponibilidade de dólares, euros e yens, além, é claro dos reais vindos do sul e do sudeste para o nordeste brasileiro, e mais ultimamente, para o litoral do Pará e do Maranhão.
Buenas, que sean "bienvenidos" todos los turistas, aunque no sepamos que hacer con ellos!
Um abraço cordial a todos
Prof. Therbio Felipe

Unknown disse...

Primeiramente, não seria correto e nem é este o tema central dessa discussão apontar qual país tem a razão nesse problema das deportações, pois acredito que o nacionalismo pudesse fazer a “balança” pesar para o lado brasileiro. Estive olhando e analisando algumas postagens de comentários sobre matérias jornalísticas na internet com relação a este assunto e percebi muitas exaltações patrióticas extremistas. Na coluna Cotidiano da Folha online no dia 12/03/08, por exemplo, havia uma enquête com a seguinte pergunta: “O governo brasileiro deve adotar a reciprocidade diplomática e mandar de volta espanhóis que tentam entrar no Brasil?”. O resultado foi de 84% SIM e 16% Não. Foram quase 17.000 votos e destes mais de 14.000 votaram pelo sim. Essas exaltações não podem acontecer e nem ser levadas a sério principalmente na nossa área onde as “idas e vindas” pelo mundo são tão necessárias.
Eu gostei muito de uma matéria do jornalista José Roberto Guzzo na revista VEJA desta semana (19/03/08) e quero aqui destacar uma frase em que ele diz que “o Brasil não tem que fazer o que a Espanha faz; tem que fazer o que a lei brasileira estabelece”. É bem verdade que muitos brasileiros vão para a Espanha e para tantos outros países de forma ilegal o que acaba causando certo sentimento xenofóbico em relação aos nossos compatriotas, e por isso cometem injustiças e tratamentos hostis para com aqueles que estão dentro da Lei. O caso dos estudantes legais barrados e maltratados e que nem tinha o país como destino ilustra bem este fato. Se o governo espanhol age de forma incoerente, é um problema maior deles do que nosso. Logicamente não podemos abaixar a cabeça, temos que reclamar tratamentos justos, mas nunca revidar. Quando alguém revida acaba perdendo a razão. Esse tão comentado princípio da reciprocidade defendida até por alguns dos nossos “corretíssimos” políticos não é a melhor saída neste caso. Um problema que acontece a meu ver é que o Brasil, visando receber mais turistas acaba fazendo “vista grossa” com relação a entradas de estrangeiros (uma boa parcela dos que entram de forma irregular aqui são justamente os que aliciam nossas mulheres e aumentam a prostituição na Espanha gerando mais preconceitos em relação ao Brasil) e agora devido às deportações de nossos concidadãos, começa-se a querer aplicar a Lei, ficando assim caracterizado como ato de retaliação ou reciprocidade. Se os inspetores da PF agissem sempre dentro da Lei, talvez estes últimos episódios não ganhassem tamanha notoriedade. Acredito que possa haver questões políticas por traz desse acontecimento (talvez devido ao período eleitoral espanhol) e por isso o governo brasileiro precisa conseguir uma articulação mais sensata com o primeiro-ministro reeleito Jose Luiz Zapatero para não causar seqüelas na relação com a Espanha.

O turismo logicamente perde com este acontecimento, não sei qual dos lados será mais prejudicado, talvez o emissivo visto que os brasileiros estão mais sentidos com este fato do que os espanhóis, nós demos mais importância a esse caso e, portanto poderá haver a principio certo boicote ao “produto Espanha”. Existem brasileiros espalhados por todo o globo, tanto de forma legal, quanto ilegal e em muitos paises estes tem um papel de relativa importância para a economia. Nosso povo tem uma capacidade de adaptação incomparável talvez devido à própria concepção de nossa cultura, influenciada por inúmeras etnias. No passado o Brasil foi o grande “acolhedor”, imigrantes de vários lugares foram tão bem recebidos aqui e agora querem barrar nos emigrantes e turistas? Tenho receio que outros países, principalmente europeus possam seguir esse mesmo exemplo espanhol e dificultar a entrada de turistas brasileiros por receio de que a intenção da viagem seja de permanência e não de turismo.

Nós enquanto membros da atividade turística devemos nos preocupar em agir sempre de forma legal, dando informações corretas sobre documentações e procedimentos aos turistas que viajam para o exterior e para aqueles que desejam adentrar terras tupiniquins. Seria bom se pudesse haver uma padronização nas exigências a nível mundial, mas acho complicado, mesmo com a existência de tratados internacionais, cada país possui sua própria legislação. O problema aqui ainda é a falta de profissionalismo e organização do setor. Não temos dados concretos, pessoas capacitadas e bem remuneradas, mentes “turistificadas” e apesar da imensidão dos nossos atrativos, ainda não temos condições de ocupar um lugar de destaque no turismo mundial, o que acontece com a Espanha, segundo maior receptivo do mundo. Acho que seria o momento de melhorar nossa infra-estrutura para fomentar ainda mais nosso turismo doméstico e receptivo internacional. Volto a afirmar que uma replicação só irá gerar uma imagem negativa e espero que este mal-estar entre os paises se resolva o mais breve possível possibilitando que ocorram ainda muitas trocas (intercâmbios) de cultura, o que na minha percepção são as mais importantes dentro da atividade turística.

Unknown disse...

Com essa crise no Brasil e na Espanha, onde se parece que existe uma disputa de quem deporta mais turistas. O Brasil um país onde o turismo é novo, pode sair perdendo sim com essa situação.
Nossos governantes têm de exigir mais rigor, não só para espanhóis, mas sim para todos os outros países. Não temos que provar que também sabemos barrar pessoas em nosso país e sim mostrar que somos um país com rigor e não aceitamos qualquer turista com situação irregular, independente de que país for.
Acredito que tomando essa decisão de ser mais rigoroso, nosso país será visto com outros olhos, um país que trabalha com leis, isso trará uma propaganda positiva para nosso país. Porque países que são rigorosos não têm seu turismo prejudicado, acredito que são visto como um país que da segurança para seus moradores e seus visitantes.
Mas com essa decisão que o país esta tomando, um tipo de “vingança”, se vocês podem-nos também podemos isso trás uma negatividade para nosso país. E tido como se só trabalhasse por troca do que esta recebendo. Que país é esse onde um aumento de deportados só acontece em uma crise de brasileiros deportados de outro país. País esse que não tem tanta importância economicamente para o Brasil, porque se não quantos outros turistas foram deportados injustamente de vários outros.
Lembro que o turismo é muito novo em nosso país, estamos aprendendo com nossos erros, temos que mostrar que sabemos receber pessoas e temos leis seguidas não só por nos, mas sim por todos.

Érika de Sousa Ferreira disse...

“A guerra de deportaciones”.


Segundo o pesquisador DURVAL FERNANDES da PUC - MG que é especialista em Brasileiros na Espanha, em uma reportagem com a (FolhaOnline de SP) disse que “os brasileiros costumam ser mais "visados" que outras nacionalidades no país europeu”. Ainda segundo Fernandes na mesma reportagem ele diz que “a maioria dos imigrantes brasileiros que vão para a Espanha tem bom nível de escolaridade, boa parte com 2º grau completo, menos de 40 anos e ganha cerca de 1.000 euros por mês”.

Uma dúvida surgiu lendo esta reportagem na FOLHA, como os brasileiros que têm este perfil de bom nível superior e pessoas mais jovens, podem ser mais visados.

No meu ponto de vista que vou citar agora não é defendendo os brasileiros e nem quem está certo e errado, mas para mim, pessoas com esse perfil no qual apresentou os brasileiros na Europa, deveriam ser vistos com “bons olhos”, (tanto no Brasil quanto no exterior) sendo que estas pessoas comprovando ter esse perfil que apresenta realmente vão para o exterior a procura de conhecer e aprender mais ampliando o conhecimento cultural de outros países.

Contudo o turismo é quem sai perdendo neste jogo de retaliações entre Brasil e Espanha. Olhando pelo lado econômicos todos perdem, pois os turistas não chegam a lugar nenhum a não ser o aeroporto e a volta para casa. Perdem juntos também em relação aos outros países quando os turistas não têm uma boa visão destas deportações que não se sabe quem está certo ou errado em deportar estrangeiros.

Lendo a revista VEJA desta semana 19-03, do jornalista Guzzo também a mesma entrevista citada pelo Cristiano em seu comentário “A saída da reciprocidade que o governo brasileiro tenta adotar na falta de outras idéias, pode fazer bem ao ego nacional, mas não leva a grande coisa. ... o Brasil não tem que fazer o que a Espanha faz; tem que fazer o que a lei brasileira estabelece...”

Concordo com Guzzo, e acredito que o Brasil deve agir de acordo com a lei, pois antes agir de acordo com a lei do que “brincar” com turistas de ida e volta para casa e causar-lhes um transtorno ainda maior. É certo de que nem todos os turistas estão 100% corretos em seus modos de agir e nem sempre dizem 100% de verdade, mas também não podemos generalizar.

Para finalizar, cabe a cada país e turista principalmente se informar melhor sobre possíveis aborrecimentos que poderão acontecer em uma viagem ao exterior e claro sempre estar atento a qualquer informação precisa quando viajar.

Unknown disse...

Bom primeiramente não sei bem o certo dessa “troca” entre o Brasil e a Espanha o porque destas deportação se seria por lei, drogas ou por não ter um meio de hospedagem coisa parecida, como diz a folha online que a deportação de espanhóis foi por lei e não por retaliação "Não é represália. É um trabalho de rotina que visa prevenir a imigração ilegal e o tráfico de drogas sintéticas e que foi intensificado na semana passada, por ordem do superintendente da Bahia, César Nunes. Deportação de estrangeiros é uma coisa que acontece sempre aqui, mas em menor escala --um ou dois passageiros por vez."
Seria isso mesmo, ou seria uma forma na qual o Brasil encontrou para se defender. Sinceramente não sei o certo.
Mas em uma reportagem na qual encontrei e achei interessante e dia assim: Na última quarta-feira, 30 estudantes brasileiros que desembarcaram no aeroporto de Madri acabaram detidos. Eles ficaram sem água e sem comida por pelo menos dez horas em uma sala, diz o site opinião e noticias.
E ai estaria certo o Brasil agindo da mesma forma que a Espanha não sei acho que não seria um preconceito ou talvez não mostraria a eles que não saberíamos receber bem alguém de “fora”, ou seja, de outro país. Mas também não poderíamos ficar de braços cruzados e ver brasileiros lá fora serem humilhados passando por diversas situações, mas também não sei se estariam de acordo com a lei se seriam turista, estudante quem sabe a verdade.

Unknown disse...

Após dois dias detidos no aeroporto de Madri, dez brasileiros chegaram ontem à noite a São Paulo deportados, por volta das 21h30, no vôo 8065 da TAM. Segundo versão de quatro jovens impedidos de entrar na Espanha, há ainda pelo menos 90 brasileiros que aguardam a volta ao Brasil em Madri, em uma sala de 30 metros quadrados onde há cerca de 300 estrangeiros barrados no serviço de imigração do país desde o dia 4 - além de brasileiros, há chilenos, paraguaios e mexicanos. (www.estadao.com.br/estadaodehoje - 07 de Março de 2008)

Como podemos ver a reportagem acima fala que não foram somente brasileiros que aguardavam a volta a seu país de origem, mas também chilenos, paraguaios e mexicanos. Eles aguardavam retorno para seus países em condições precárias no aeroporto de Madri.
Certas atitudes as vezes nos assusta, mas acontece que alguns de nossos conterrâneos vão pra lá em busca de emprego com visto só para visita por exemplo e acabam sujando a nossa imagem no exterior, isso geralmente não é bem aceito por outras culturas, o que acaba gerando situações constrangedoras como esta.
Acredito que o turismo emissivo vai continuar aumentando, até pela queda do dólar, já o receptivo, bom acredito que o Brasil vai continuar recebendo os estrangeiros da mesma maneira que sempre recebeu. Na atividade turística quer queira, quer não, infelizmente acaba gerando uma relação abalada por essas deportações, cada um irá reagir de uma forma, tanto brasileiros como espanhóis.

Unknown disse...

Caríssimo Professor e colégas, é mais do que certo que politicamente os dois paises deixarão de ganhar em todos os sentidos com esta palhaçada insólida do governo ou sei lá de quém lá da Espanha, pois as fronteiras se estendem além dos dois países envolvidos e o reflexo, aí sim se globaliza e muito, negativamente e não só o turismo como as relações comerciais e financeiras sofrem impactos negativos; visto que já correm tentativas de levantes políticos e embargos por parte de alguns parlamentares mais inflamados e patriotas. O que se deve tomar cuidados é não deixar que a coisa tome proporções incotroláveis ao ponto de uma celeuma virar guerra, isto sem nenhum exagero, haja visto a situação da Colombia, Venezuela e Equador. Lógico que são situações bem diferentes porém vale lembrar que para os mais estudiosos o estupim da terceira guerra mundial só basta ser acionado e tem muitos paises por ai que estão a beira de crises economicas e a guerra é um dos maiores meios para recuperação interna. Isto desde a éra romana, Hitler e outros ao longo da humanidade é aplicado pelos mais fanáticos da vida.... Sem dúvida o Turismo sempre perde e muito.

Unknown disse...

Na maior parte, os brasileiros rejeitados são jovens em busca de
oportunidade de trabalho nesses países e mulheres atraídas por redes internacionais de prostituição, mas as barreiras nacionalistas montadas nesses países receptores produziu preconceitos e generalizações. O tráfico de seres humanos movimenta cerca de U$ 9 bilhões por ano no mundo, segundo levantamento do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), com o qual o governo brasileiro mantém parceria desde 2004 para combater esse tipo de crime. O Brasil, ao lado de Rússia, Malásia e países do leste europeu,está entre os maiores fornecedores de matéria prima desse mercado.
São milhares de pessoas recrutadas para trabalho degradante, principalmente mulheres exploradas por máfias de prostituição. Mais de
60% das brasileiras exploradas por redes internacionais são recrutadas
em Goiás e Mato Grosso, atraídas por promessas de casamento ou de
emprego. Na Europa, os principais destinos delas são Espanha,Portugal
e Itália.
O cerco à imigração ilegal,todavia, tem atingido indistintamente os viajantes brasileiros, causando mal-estar diplomático e um clima negativo nas relações do Brasil com países do continente europeu.
As pessoas(turistas) quando for viajar para fora de seu país;tem que se informar sobre as leis regidas por esse país,as normas que são aplicadas e a cultura.

Unknown disse...

A chamada guerra de deportações exprime claramente como o mundo hoje em dia necessita de ordens claras e políticas que sejam aplicadas a níveis internacionais de forma justa e ética , não ferindo os princípios e a historia de cada país.
Pois bem é de praxe de todo brasileiro, por lógica defender todos os brasileiros envolvidos nos acontecimentos entre Espanha e Brasil. Mas devemos considerar a simples questão de tantos brasileiros quererem imigrarem para Espanha e muitos outros países, se expondo a condição de ilegal, deixando a Espanha culpada pela falta de rigidez e controle perante aos países Europeus. Em minha concepção o governo espanhol tenta agora tornar seu sistema de controle de imigração nos padrões dos mais rígidos da Europa,porém está 'pegando', até mesmo os brasileiros legalizados de surpresa.Isto não complicará a situação do Turismo entre os dois países, mas sim, para isso haverá mais burocracia na hora de se desembarcar na Espanha.

Anônimo disse...

Vários estados americanos estão fechando o cerco contra os imigrantes ilegais brasileiros. Segundo o Consulado-Geral do Brasil em Boston, em Massachusetts, por exemplo, o número de brasileiros que foram presos e aguardam deportação subiu 25% do ano passado para o começo de 2008. O movimento faz parte de um endurecimento na política de imigração nos Estados Unidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
De acordo com o cônsul-geral Mário Saad, no começo de 2007 a média era de 150 brasileiros presos esperando para retornar ao Brasil, mas o número subiu para 200 do início de 2008 para cá. Do segundo semestre até agora, o número médio de brasileiros deportados por mês subiu de 37 para 45, apenas no estado.

Segundo a reportagem, ainda não há dados sobre o andamento das deportações que abrigam muitos brasileiros, como Flórida, Nova York, New Jersey, Carolina do Sul e Geórgia. De acordo com líderes da comunidade brasileira no estado, a amostra de Massachusetts - estado que tem a maior comunidade de ilegais brasileiros nos EUA - é uma amostra confiável de que a perseguição se intensificou no país.

Tramitam no Congresso americano, segundo o jornal, vários projetos de lei que endurecem as leis de imigração dos EUA. Um deles vai exigir de 6 milhões de empregadores a verificação de documentos de 130 milhões de trabalhadores. Enquanto o projeto não é aprovado, vários estados estão criando leis próprias, punindo empresas que não demitirem ilegais e impedindo que imigrantes irregulares tirem carteira de motorista.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), também defende uma revisão no comportamento das autoridades espanholas ao efetuarem a deportação dos brasileiros.
Segundo Chinaglia, a Espanha não pode se comportar como na época da conquista, "quando destruía culturas".

"Manter pessoas presas por várias horas, que não conseguiram falar com autoridades, familiares, isso é de um abuso inaceitável", argumentou Chinaglia.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), também deve se encontrar hoje com o embaixador espanhol e espera esclarecer se há ou não algum tipo de discriminação aos brasileiros.

"É hora de cobrarmos uma posição. Segundo o relato que estão chegando a nós, a recusa tem sido de uma forma grosseira e, portanto, precisamos esclarecer isto. Agora, tudo será feito com a maior diplomacia possível", disse Fortes.


Os brasileiros não tem limites, tem que sair daqui, sabendo as regras, culturas, dos países que irão visitarem, para que não haja a deportação.
Quanto ao turismo eu acho que vai ser influenciado sim, pois o governo quer saber o porque de tantas deportações, e acho que vai causar um impacto entre os governos, fazendo com que cause desentendimentos, assim poderá afetar diretamente o turismo. Mais temos que agir de forma correta também, pois tem que haverem regras brasileiras ,para os turistas internacionais, para que eles possam respeitar mais o nosso país, e tratar os turistas brasileiros com mais humanidade.

Unknown disse...

Não tenho muito para comentar. Nos últimos dias não tive a oportunidade de me aprofundar sobre o assunto. Apenas uma reportagem que vi na Rede TV - canal 4 via satélite. É o caso da brasileira Patrícia Camargo Magalhães que ficou detida no aeroporto de Madri, o qual nem era seu destino. Na verdade ela iria participar de um congresso internacional de Física em Lisboa – Portugal. Ali permaneceu por três dias. Tempo esse o qual sofreu desrespeito por parte das autoridades com tratamentos irônicos sobre suas pretensões naquele país, por ela ser jovem e estar sozinha. Além de sofrer maus tratos como comer no chão e ficar sem banho.
Isso não deixa de caracterizar preconceito ou xenofobia contra os brasileiros.
A realidade como todos nós sabemos é que na Espanha existe um grande número de brasileiras que são atraídas para aquele destino pelos altos ganhos promovidos pela exploração sexual.
O Brasil, dentre vários países, segundo a BBC Brasil.com, é o país que mais exporta mulheres para estes fins. Isso explicaria o estereótipo que os Espanhóis têm a respeito do nosso país.
Porém outros também estão sendo deportados, independente de sexo ou status social.
Segundo relatório de ocorrências feitas pela Polícia Federal, a Espanha barrou e mandou de volta ao Brasil 187 brasileiros em 2006 e 192 no ano passado.
Por muitas vezes questões mínimas, mas que impedem a entrada destes brasileiros ou promove sua saída.
Acho que já passou da hora de o governo brasileiro exigir o mínimo de respeito com nosso povo que está sendo mal recebido naquele país.
Acredito que o que irá acontecer é que a Espanha sofrerá uma grande baixa quanto a visita de brasileiros naquele país, e isso é uma pena pois nunca tivemos nada contra espanhóis, até então (só contra argentinos). Estão se mostrando um povo pobre (em vários sentidos). Inaptos para questões diplomáticas.
Não acho que o Brasil tenha que tratar espanhóis da mesma forma. Porém é preciso exigir respeito do governo espanhol para com nosso povo.