27 de out. de 2008

Cruzeiros: aumenta a oferta e o debate


No último dia 23 de outubro, na abertura da ABAV 2008, o presidente da CVC Valter Patriani deu uma polêmica entrevista ao Panrotas Jornal. Os resultados então foram grandes discussões de 3 temas inerentes ao assunto: a legislação vigente que afeta os cruzeiros internacionais, a fatia desse mercado que é a moda do turismo nacional atual e o retorno da discussão sobre a sustentabilidade dos cruzeiros.

Vamos primeiro à declaração de Valter Patriani:

A cerca de 3 meses, durante o Encontro Nacional das Agências de Viagens 2008 (AVIRRP) em Ribeirão Preto, Patriani havia afirmado para cerca de 2 mil agentes de viagens de todo Brasil que a CVC já havia comercializados 70% das cabines de seus 6 navios na temporada 2008/2009.

O mercado de cruzeiros continua em franco crescimento, na ordem de 20% anuais segundo a Costa Cruzeiros. Em Santos, haverá um crescimento na ordem de 8% em movimentação financeira (R$ 140 mi, contra R$ 130 mi) e relação a temporada passada.

Porém, segundo Patriani, as italianas Costa Cruzeiros e MSC Cruzeiros, estão com perspectivas de crescimento de oferta na ordem de 80% e 32% respectivamente, incluindo a vinda de uma nova empresa trazida pela Costa Cruzeiros, a Ibero Cruzeiros, especialista no público jovem.

Para Patriani, haverá a quebra do equilíbrio que o mercado de cruzeiros têm atualmente no país e que o excesso de oferta trará diminuição na lucratividade de todas as companhias que trabalham com esse tipo de atividade no país.

O principal questionamento de Patriani na verdade, é a liberdade que as multinacionais têm para aumentar a oferta na proporção que está sendo divulgada. Segundo ele, as conseqüências seriam a diminuição da taxa de ocupação dos hotéis no Brasil que, ao contrário dos navios dos europeus, quando termina a temporada não podem transferi seus hotéis para Europa.

Além disso, Patriani defende o aumento do número de funcionários brasileiros na tripulação e contrapartida em prol do turismo nacional, citando o exemplo da própria CVC e da Nascimento Turismo, que fretam navios e vendem no Brasil, ou seja, o dinheiro fica no país, ao contrário do capital que entra nas duas multinacionais italianas.

Patriani pede ainda que governo exija uma contrapartida das companhias marítimas internacionais, para o desenvolvimento do turismo nacional, por exemplo trazerem seus navios vinculados a alguma operadora brasileira e ter mais brasileiros trabalhando a bordo.

O presidente da CVC finaliza que não é contra os cruzeiros e não tem medo da concorrência (atualmente a oferta de cabines da CVC é semelhante a da Costa e MSC), mas sente que esse excessivo da oferta poderá causar o desajuste do mercado de cruzeiros que hoje se encontra muito equilibrado.


1º A Legislação vigente que afeta os cruzeiros internacionais

A Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas – ABREMAR aproveitou a exposição do tema para entregar um documento manifesto as autoridades que regulam o tráfego marítimo do país para reivindicar um imposto que afeta diretamente os cruzeiros internacionais que passam pelo país.

Segundo a legislação vigente, caso um navio faça escala em 2 portos nacionais, é considerado cabotagem, ou seja, navegação de trânsito doméstico, fazendo com que vários processos burocráticos e, principalmente, tributários sejam obrigatórios para os navios.

O resultado disso é a inviabilidade das empresas colocarem mais de 1 porto para fazer escala nos cruzeiros internacionais no país, fazendo com que o país deixe de ganhar milhões em renda para as localidade onde os turistas desembarcam para passeios e compras.

A carga tributária é tão alta que um navio com 500 tripulantes tem que desembolsar mais de R$ 250 mil caso queira fazer 2 escalas no país. O fato fez que houvesse uma queda de 53% no número de escalas no país em 4 anos.


2º A fatia do mercado moda do turismo nacional

Para Eduardo Nascimento,da Nascimento Turismo, o cálculo do presidente da CVC sobre o mercado para cruzeiros está equivocado. Para Nascimento, atualmente apenas 2% do mercado potencial de cruzeiros é utilizado no país, ou seja, o mercado irá absorver tranquilamente a vinda dos novos navios

Ele ainda diz que a preocupação de Patriani é referente a vinda das empresas que a CVC freta os navios e não uma questão de falta de mercado.

Dado Nascimento, da Sun&Sea, concorda com Patriani somente na questão do aumento excessivo na oferta de cruzeiros que poderá prejudicar o turismo nacional, mas pensa que não é o caso atual.
Para ele o mercado cresce de forma natural e defende o comprometimento das empresas italianas, pois, ambas aumentaram a duração da temporada, agora serão 8 meses (de outubro de 2008 a maio de 2009) e que isso é uma prova concreta desse comprometimento com o país.

A MSC Cruzeiros (que irá ofertar 300 mil leitos na próxima temporada) pensa que as palavras de Patriani são um desabafo de um problema comercial entre a CVC e a Costa Cruzeiros, já que está trará seus navios para o Brasil e não mais fará frete a CVC.

Roberto Fusaro, diretor geral da companhia, disse que o Brasil é o segundo mercado do mundo para a empresa (que é uma das maiores do mundo) perdendo apenas para o Mediterrâneo e que o crescimento da empresa para temporada que vem de 33% é facilmente absorvido no mercado.

Fusaro lembra ainda que a CVC cresceu nada mais nada menos do que 63% em relação à última temporada e que todo esse alarde é em relação a perda de 3 de seus 6 navios.

A Costa Cruzeiros ainda não se manifestou, mas já prepara uma carta com seu posicionamento quanto ao tema. A gigante italiana dos cruzeiros tem no Brasil entre 7% e 8% de seus faturamento e na temporada que vem pretende atingir 10%.


3º: O retorno da discussão sobre a sustentabilidade dos cruzeiros

Patriani se diz preocupado com a taxa de ocupação dos hotéis e resorts no Brasil caso a oferta de cabines seja muito grande na próxima temporada.

Defende também maior contratação de brasileiros como tripulantes e que, pelo menos, a venda das cabines seja feita por alguma operadora nacional, para que haja uma contrapartida ao país pelas empresas que sugariam os lucros no país em plena alta temporada e, quando esta acabar, voltará à Europa para a temporada de lá.

Alexandre Zubaran, presidente da Resorts Brasil, se manifestou sobre o ponto de vista da sustentabilidade desta mudança no mercado. "Temos vergonha, como bons subdesenvolvidos, de pedir proteção a nossa indústria, mas a Itália não tem vergonha de taxar nossa banana e os Estados Unidos nossa laranja; e se banana e laranja não são produtos sofisticados, eles taxam também nosso etanol", explica ele. "Nunca critiquei as empresas brasileiras e parecia que eu defendia a CVC, mas a CVC vende Brasil o ano todo. As companhias marítimas estrangeiras chegam sem regras e concorrem assimetricamente com os hotéis,que estão aqui o ano todo", continua ele.

Finaliza defendendo um debate sócio econômico “sem banalização” entre operadoras turísticas, empresas marítimas e resorts em prol do turismo nacional.


Verdadeiros hotéis (ou cidades) móveis, os cruzeiros levam entre mil e 4 mil pessoas entre destinos turísticos.

Americanas (Royal Caribean), italianas (MSC e Costa) e espanholas (Ibero) já operam no Brasil. Outras planeiam vir a esse que é o segundo mercado de várias grandes companhias do setor.

O mercado de cruzeiros nunca foi tão promissor e nunca se fez tão necessário sua reflexão.

Os 3 temas: legislação, mercado e sustentabilidade são claros e muito discutidos pelas principais autoridade em MERCADO do turismo nacional.

Eis então que viemos, turismólogos, para elevar o debate e vislumbrarmos as verdadeiras ambições em cada discurso, se é comercial, ideológico ou político.

A atividade já merece uma revisão de legislação dado o fato de seu crescimento? O aumento da oferta é excessivo? Você apóia a vinda das multinacionais? Quais são os benefícios e malefícios dessas empresas multinacionais no país? Qual é o nível de sustentabilidade dos cruzeiros atualmente no país?

Abraços e boa discussão.

18 comentários:

Anônimo disse...

Acredito que este novo mercado sobre o turismo marítimo e um dos novos alvos que cresce no Brasil é fundamental rever novas leis e legislação para que reorganize essa nova demanda e oferta olha não podemos esquecer alguns anos atrás as embarcações teve muito tumulto e na área portuária e preciso ver a estrutura e muito planejamento antes de começar para não ocorrer grandes problemas como os aéreos . Eu apóio a vinda das empresas no Brasil se a mão de obra for brasileira e que sempre ocorra algo voltado em preservação ambiental e sustentábilidade. É evidente que os novos profissionais precisam esta pronto para sólida cultura geral, língua estrangeira , informática, conhecimento especifico, dinamismo e criatividade , isso tudo é importante para ganhar dinheiro e sobreviver em um mundo estável .

Anônimo disse...

ALUNA: DAYANE SILVA DE CARVALHO

Bom dia galera!

É evidente que a procura por cruzeiros está em constante crescimento. Neste sentido, é necessário sim que a legislação seja revista. É necessário, por exemplo, que diminua a tributação sobre os navios que passam no Brasil em cruzeiros intenacionais. Estes navios deixam de fazer escalas no Brasil por causa destes altos valores que são cobrados. Isso quer dizer que o Brasil deixa de ganhar dinheiro através de compras e outros gastos que os turistas poderiam ter ao desembarcar no país, sendo assim, o Brasil não ganha dinheiro nem com as taxas e nem com o comércio.
Eu defendo a vida de companhias estrangeiras ao Brasil, pois assim aumentaria a concorrência e os turistas teriam mais opções. Entretanto, acho que deveria mudar também a política para a vinda destas empresas. A contratação de tripulantes brasileiros, por exemplo, é uma forma de gerar renda dentro do país.

Abraços!

Anônimo disse...

ALUNA Jéssica Silva Santos.

Falar de Cruzeiros não é um assunto que me agrada muito mas devemos ser realistas a essa demanda que cresce aceleradamente e deixo aqui minhas observações.
Uma parte positiva dos cruzeiros são as questões de sustentabilidade que ele é um dos meios menos poluentes e agressivos ao meio ambiente, contribuindo assim para a diminuição do efeito estufa.
Quanto ao meu ver o lado negativo é que automaticamente os navios trazem consigo todo um glamour isso é natu mas não é isso que está em discussão mo que analiso é que a divulgação e propagação dos cruzeiros devem ser melhores destribuidas pois é uma parcela pequena da população que tem acesso a esse segmento do turismo.
Achop que socializa esse segmento pode ainda gerar maior aceitação e consagração de uma fatia avantajada no mercado.
Outro impacto é para os hoteis que devem não só reclamar por perderem suas ocupações para as cabines e sim trabalhar medidas estrategias para que suas ocupações sejam melhores trabalhadas no periodo de sazonalidade.
Beijos.

Anônimo disse...

O segmento de cruzeiros é o que mais cresce nos últimos anos. A legislação brasileira ainda deixa a desejar, a burocracia e os altos impostos impedem o crescimento deste, jutamente com a falta de mão-de-obra qualificada dos brasileiros. Acredito que deva ser dada a preferência para os brasileiro, mas estamos muito longe de oferecermos o serviço de qualidade que os cruzeiros exigem, ainda é necessário muito investimento em cursos profissionalizantes que sejam acessíveis. E com certeza as operadoras nacionais também devem ter a preferência na comercialização deste produto, assim podemos aquecer nosso comércio. A respeito do impacto aos hotéis, acredito que haja demanda suficiente para os dois segmentos e dependendo do destino podem ser bastante diferentes.

Unknown disse...

Bom dia Pessoal,

Hoje venho participar do Blog, a convite do Prof. Lélio, por ter um conhecimento do tema proposto. Obtive uma breve experiência com receptivos de Cruzeiros Marítimos em Salvador-BA. Sendo assim, creio que possa dar minha contribuição com o intuito de interagirmos ok?Vamos lá!
Minha opinião seria próxima de Dado Nascimento, da Sun&Sea, quando afirma o possível crescimento da oferta de Cruzeiros, mas não sendo uma situação atual. Creio que a demanda existente ainda não é tão significativa. Acredito que a procura ainda tende a crescer em excesso num futuro próximo, portanto, o aumento da oferta, se dará na medida da proporção da procura.
O mais provável é o que tem ocorrido freqüentemente. A aposta de navios com propostas diferenciadas, a exemplo da Ibero Cruzeiros, citada anteriormente, que é uma rede voltada para o público jovem. Outros “modelos”, como os cruzeiros que oferecem como diferencial o atrativo de shows com cantores famosos, cruzeiros voltados para o público que prestigia raves, direcionado assim para a música eletrônica, e até mesmo cruzeiros focados para o público da Melhor Idade.
Em relação a esses cruzeiros, acredito que a oferta tende a crescer rapidamente, pois são para públicos específicos e ainda são novidades para a demanda em geral. Não são como os cruzeiros considerados normais, que não apresentam nenhum diferencial, como estes citados acima. Estes que considero como cruzeiros normais, hoje em dia, também são bem procurados, como viram nas estatísticas da notícia publicada acima. A facilidade que as empresas oferecem na forma de pagamento contribui e favorece muito para a continuação da utilização deste tipo de Turismo.
O desembarque dos passageiros no porto, o que normalmente duram de 1 a 2 dias para que as pessoas conheçam o local escolhido, também motiva a venda para este público. Obviamente que a intenção de uma pessoa que participa de um cruzeiro é para desfrutá-lo, mas penso que essa parada “chave” soa como um bônus ao passageiro. No cruzeiro, a duração desse desembarque é pequena, mas o local não deixa de ser conhecido e visitado.
Quanto à possibilidade do aumento da oferta ser prejudicial ao turismo nacional, creio que não há dúvidas. Em minha opinião, com a vinda das multinacionais, a legislação vigente já poderia ser revista e readequada para quando a “explosão” da oferta acontecer. O controle dessa alteração pode ser através da imposição de impostos diferenciados e também outras formas que viabilizem o “bloqueio” desta excessividade.
A legislação também poderia ser alterada no sentido que privilegiasse uma porcentagem de brasileiros trabalhando na tripulação. Em outros países, tal porcentagem é estipulada para que a mão de obra nacional seja valorizada. Outro aspecto a ser analisado, é referente à facilidade da forma de pagamento das vendas e também o ônus financeiro menor para este tipo de atividade, gerando assim o turismo de massa, como já tem ocorrido. Conseqüentemente, devido a estes fatores, a qualidade da prestação de serviço pode se tornar inferior. Mais uma vez, a legislação se torna um fator importante para a melhoria do turismo nacional. E para que esta readequação seja realizada? Esse seria outro tema a ser discutido.
Com todas essas possíveis alterações, a sustentabilidade dos cruzeiros marítimos se tornaria real, assim não afetando o setor hoteleiro e outros tipos de turismo que são realizados, para que estes continuem sendo praticados no país com certo volume e constância.
Mãos a obra pessoal. Obrigada pela participação,

Grande abraço,

Lúcia Cruvinel

Anônimo disse...

Em primeiro lugar, obrigada Lucia Cruvinel por sua contribuição.Opiniões de pessoas além dos alunos do curso são sempre bem-vindas.Acredito que uma revisão da legislação seja de grande valia, devido ao rápido crescimento desse segmento.O aumento da oferta não está excessivo, devido ao aumento da procura por esse tipo de serviço.Hoje em dia, as pessoas procuram muito mais por um cruzeiro do que uma viagem por cia aérea.Pode ser pela comodidade de uma navio, pelo diferencial de seus serviços e também pelos pacotes que são oferecidos.Apóio, contudo estamos correndo risco de ter oferta excessiva de cruzeiros, como disse Dado Nascimento.Atualmente o nível de sustentabilidade está equilibrado, mas a partir do momento em que houver oferta excessiva de cabines, esse nível poderá se desequilibrar.

Mateus Sabino disse...

Penso que o segmento de cruzeiros no Brasil já começou o seu boom, e o setor além de movimentar muita gente movimenta muito dinheiro também. Então nesse caso defendo uma revisão da legislação, mas sem que essa modificação atrapalhe o potencial do mercado de cruzeiros e deixe o dinamismo do turismo ditar como deve ser feita a concorrência.

Quanto a oferta e demanda, vejo uma oferta em crescimento contínuo até de navios com bandeira estrangeira, que não consigo enxerga problema nenhum contra eles. Já a demanda deve e pode ser explorada. Apesar de todas as facilidades de pagamento, mesmo com a crise solta, e a idéia de cruzeiro já difundida entre os brasileiros, é pequena a parcela da população que faz esse tipo de turismo.

Como disse não tenho nada contra bandeiras estrangeiras atuando no Brasil. Sou contra também o aumento exagerado de impostos para navios de fora, o que impossibilita a concorrência e faz com que as empresas nacionais se acomodem. Alguns navios estrangeiros ofertam sim vagas de emprego a brasileiros, que muitas vezes não estão qualificados, e só não atracam mais por causa das taxas cobradas. Agora o maior malefício seja talvez a evasão de divisas, o qual é problema de toda multinacional. Não acredito que afetam a taxa de ocupação de resorts, pois são públicos distintos. Talvez outro problema sejam os portos, os quais não estão adequados para atender o mercado.

Já a questão da sustentabilidade, também comparo com os resorts só que com algumas vantagens para os cruzeiros. O impacto ambiental é bem menor e o cruzeiro te leva até a comunidade ao contrário do resort que a exclui do processo na maioria das vezes.

Unknown disse...

O segmento de Cruzeiros tem crescido bastante nos últimos anos. Apenas para constar, o boom está sendo tão grande, que mesmo a temporada desse ano não tendo começado, a temporada 2009/2010 já começou a ser comercializada. Isso mostra que é um segmento que tem grande aceitação por parte dos turistas, já que uma viagem de navio remete a um certo glamour e requinte. Quanto è legislação, penso que uma reforma é sempre bom para acompanhar a evolução de qualquer atividade, principalmente no turismo - e, ainda mais especificamente - no segmento de Cruzeiros, dado o seu crescimento. A vinda de multinacionais é importante porque serve para dar conhecimento ao mercado, e mostrar que é uma atividade que pode ser lucrativa. Com isso, empresas nacionais poderão investir em navios e meios de oferecer esse serviço. Quanto à sustentabilidade, acredito que esse seja um segmento que terá muita prosperidade nos próximos anos.

Anônimo disse...

Esse segmento é de suma importância para o desenvolvimento do turismo no país, e podemos notar que ele está em pleno crescimento, mas para que ele se consolide e se desenvolva cada vez mais, é preciso que se tenha uma revisão da legislação, pelo fato de que a burocracia e os altos impostos atrapalham esse mercado.
A procura por esse segmento está em alta, devido as facilidades de pagamento, e por ser um produto que oferece serviços diferenciados, etc, por esses motivos e outros mais eu acho que a oferta não esta excessiva.
A vinda de empresas estrangeiras por um lado é bom, pelo fato da concorrência, porque quanto maior a concorrência menor os preços dos produtos, por outro lado gera impactos negativos, tipo eles não utizam mão-de-obra brasileira, dentre outros fatores.
A respeito da sustentabilidade eu concordo com o Mateus no que diz respeito aos impactos ambientais que são bem menor em relação aos resorts.

Anônimo disse...

Acredito que agora sim, seria a hora de rever sim a legislação para esse tipo de serviço no país, rever também as taxas tributárias cobradas aos cruzeiros para operarem no brasil. Ao contrario do que eu diria em relação aos Hotéis de grupos internacionais no Brasil, os cruzeiros em sua maioria empregam estrangeiros e não fica o ano todo no país, ou seja, atracam no país no apogeu do mercado e vai embora no final dele, não gerando tanto emprego como deveriam e levando a maior parte dos lucros para fora do país. Sou favorável sim a livre concorrência no mercado de cruzeiros, porém, ao meu modo de ver deveriam rever apenas a forma de atuação das empresas, de modo que a geração de receitas no país seja o principal objetivo dessa revisão.

Anônimo disse...

A meu ver o discurso do presidente da CVC tem um caráter puramente comercial, já que a vinda de empresas multinacionais representa uma ameaça a hegemonia da empresa no setor de cruzeiros marítimos, até mesmo porque a CVC não prima pela sustentabilidade e esse discurso de defesa de entidades nacionais soa de maneira demagoga.
No que se refere ao grande aumento da oferta de cruzeiros no Brasil, esse é um nicho de mercado em amplo crescimento no Brasil, que chegou a pouco tempo como uma opção turística a uma grande parcela de consumidores. O aumento oferta será com certeza benéfico para esses consumidores, já que proporcionará mais opções de preço, trajetos e datas. Quanto aos cruzeiros marítimos estrangeiros tirarem demanda de empreendimentos nacionais é um pouco ilógico, são segmentos diferentes, que se alternam no gosto de cada turista.

Adam Ribeiro disse...

Acredito que devido ao crescimento excessivo da demanda deve se fazer uma revisão da legislação com certeza, não só nessa área de cruzeiros mais em toda área que se tem um crescimento tão significativo, deve-se rever todos os conceitos, pois quando acontece isso todo o sistema que está envolvido muda completamente e baseado nessa mudança que defendo essa questão de mudança de legislação ou até mesmo uma adaptação da mesma. Como estamos vendo os cruzeiros estão com uma demanda fantástica e um crescimento assim requer também um crescimento da oferta, com isso defendo esse crescimento da oferta e acredito que quando as empresas nacionais não conseguem suprir a demanda é completamente aceitável a capitação de empresas multinacionais, que mesmo sabemos que há um deslocamento da receita que é gerado por essas empresas eles conseguem suprir a demanda e não deixa o turista sem que possa desfrutar deste atrativo, o que em minha opinião é o mais importante.

Unknown disse...

Sou totalmente a favor da vinda de empresas para o nosso pais, até mesmo pela experiencia que elas ja tem nessa area. Entretanto para que isso ocorra de forma mais correta, é de suma importancia uma revisão na legislaçao e nas leis. Outro fator de importancia é que a mao de obra seja brasileira e que para isso haja tambem uma mudanca na preparação das pessoas que fazem cursos especificos para tal area.

Anônimo disse...

Pessoas...
Lendo as muitas colocações sobre o que estamos discutindo, vejo que as visões não estão se diferenciando muito, e neste caso não serei diferente da maioria. Concordo com as colocações do Matheus Sabino e partindo do que ele falou, vejo que os navios procedentes de outros países são bem vindos aqui no Brasil porque existe procura por eles, e isso é fato, outro fator de grande discussão é se com o aumento da oferta de cruzeiros, os risorts e hotéis serão prejudicados, mas analiso do principio de que jamais devemos permitir a idéia “pequena” de deixar de investir em outras opções de turismo por medo de prejudicar os tipos de turismo já existentes, e porque também da maneira que a economia tem se desenvolvido no Brasil, teremos que ter cada dia mais, opções de se fazer turismo, pois a procura tem crescido e o nível de exigência das pessoas tem aumentado. A legislação atual tem que ser modificada pra melhor. E visto que a oferta de empregos nos navios existe, o problema é que muitas vezes não estamos equiparados ao nível de exigência deles, seja em um navio estrangeiro ou nacional, onde se cobra no mínimo um inglês fluente. Temos um motivo aplausível pra incentivarmos o crescimento dos cruzeiros, o meio ambiente agradece!!!
Beijinhos ...

Anônimo disse...

Olá pessoal, a maioria pelo que percebi, falou sobre a legislação que deve ser revista, por causa de impostos. Não acredito ser o fato os impostos, e sim à cotação dos mesmos que são estabeleciadas por empresas internacionais, que é a maioria ou total, neste segmento. Posso estar errada, além de existir mesmo uma legislação um pouco "antiga" e defasada à respeito das navegações, mas acredito que se o Brasil tivesse este segmento Turístico para oferecer em larga escala, não seria desta forma tais impostos.
Outra colocação, quero dizer que concordo com a Mariana sobre os empregos oferecidos pelos cruzeiros são mesmo muito difíceis para a concorrência plena por exigirem inglês fluente, idioma este que não temos acesso com facílidade e que é preciso gastos. Então não seria somente a legislação marítima que deve mudar.
Além de ser de grande qualidade para os alunos, se em nossas escolas tivessem o ensino de idiomas com fluência verbal e escrita, teríamos mais oportunidades. Por que capacidades de desenvolver um bom trabalho todos nós temos.

Anônimo disse...

Thiago Cunha - UDIA
Percebe-se que este segmento de mercado esta com potencil alto nos dias atuasi, e que se há uma necessidade de oferta esta por sim tem que ser aplicada, mas vistos aos olhos da CVC, não é vantajoso pois, ela terá que ultrapassar a categoria de qualidade destas outras "concorrentes", pois o mercado eige cada dia mais serviços de comodidade e qualidade, então pra se despontar no mercado ela terá de utilizar de porcedimentos técnicos de maneira categórica, identificando o seu serviço com a nacionalidade brasleira, com isso obriga-se dar ao Brasil uma identidade aos olhos estrangeiros, pois se estas tantas outras empresas estão no mercado e porque o mercado abriu portas a elas, e porque não? Sendo que quando temos concorrência aumenta a qualidade e oportunidades de escolha. Proibir não irá resultar em nada, somente numa super demanda e será que a CVC está pronta pra encarar isso sozinha? Deixa mais um questionamento para a turma, abraços.

Anônimo disse...

Não vejo os cruzeiros como ameaça aos hotéis brasileiros, porque, como lembrou a amiga Jéssica, a parcela da população que tem acesso a esse tipo de turismo é muito pequena. Também não se pode reprimir um segmento por causa de outro, como disse Mariana.
Para se alcançar a sustentabilidade dos cruzeiros é essencial que a mão-de-obra brasileira seja valorizada, mas como disse o colega Mathes, não temos a qualificação necessária. O inglês é fundamental em qualquer segmento turístico, ele é mais que uma simples exigência, é pré requisito.
As bandeiras internacionais estão no país, como já disse antes, isso é bom para o amadurecimento do nosso mercado, porém nesse caso específico, acredito que os cruzeiros devam ser vendidos por agências e operadoras nacionais, pois isso garante que um percentual das divisas fique no país.
A legislação tem que ser revista sim, a diminuição das taxas pagas por embarcações internacionais pode aumentar a quantidade de paradas e consequentemente geraria mais divisas para as cidades visitadas e talvez para hotéis que se associariam com os cruzeiros.
Acredito que o segredo para atingir o equilíbrio é o diálogo entre diferentes segmentos, se trabalharem juntos o resultado pode ser benéfico para todos.

Káritha Carrieri disse...

Olá.
Concordo que a vinda de cruzeiros marítimos para a costa do Brasil é interessante, pelo fato da geração de empregos, e diversificação no mercado para turistas. Ainda que tais empresas flutuantes não paguem impostos para o Brasil, o valor para atracarem em portos brasileiros é elevado, fazendo com que o governo arrecade dinheiro com suas vindas.
Não acredito que os cruzeiros tirem público dos hotéis, pois isso diz respeito às leis de mercado, e concorrência faz parte da situação atual, além de que o turista que passa um tempo num cruzeiro, provavelmente em suas próximas ferias, escolhera outro destino, fazendo uma rotatividade de turistas nos hoteis e nos cruzeiros.
Quanto à legislação.. Se há um aumento no número de cruzeiros na costa brasileira, é necessário uma legislação que envolva esse número, e mudanças que possam organizar a situação da orla do Brasil.