23 de mar. de 2009

Turismo e Internet


O mercado de agências de viagens vem tendo uma série de transformações nos últimos anos.

Políticas de comissionamento, responsabilidades compartilhadas e vendas on line foram mudanças que as agências de viagens de todo o mundo tiveram que se adaptar.

As agências de viagens dos Estados Unidos já trabalham com a taxa de serviço. Essa taxa é adicionada no valor final dos serviços e identificada. Ou seja, o cliente paga uma porcentagem do valor total da viagem para a agência de viagem, logo, caso esse cliente fizesse a viagem sem a assessoria da agência, teoricamente, pagaria menos.

Nos Estados Unidos e Europa, a nova política das agências já estão em uso há pouco tempo, mas o suficiente para avaliações positivas.

Essa nova política começou quando as companhias aéreas e algumas redes hoteleiras, pensando na redução de custos, diminuíram as comissões dos agentes. O efeito dominó foi tão eminente quanto ao cancelamento destas comissões posteriormente.

A nova política de cobrança das agências chegou ao Brasil provocando discussões calorosas. Até o momento, as 2 principais companhias aéreas do país, TAM e GOL são as únicas a utilizarem a prática de não comissionar os agentes.

Os agentes de viagens não gostaram nada da medida. Mesmo ela sendo justificada como uma mudança natural, que já acontece nos países desenvolvidos.

Para os agentes, é uma total falta de respeito, pois, segundo Ministério de Planejamento, em 2007, 73% das vendas da Gol foram provenientes de agências de viagens. Acredita-se que este dado não é diferente com as demais companhias aéreas e hotéis dentro do país.

A medida é muito contestada principalmente nos dias em que as vendas on line aumentaram significativamente no país. Empresas on line como Buscapé e Submarino, vendem pacotes turísticos pela internet com preços inferiores aos praticados, pois, o custo de operação de vendas on line é muito inferior ao de se manter escritórios, pontos comerciais estratégicos e investimentos em marketing.

Romero Rodrigues, do Buscapé, disse ao Panrotas que 70% das vendas no turismo norte americano em 2008 foram feitas pela internet, enquanto em 2007 esse percentual era de 57%. Foram movimentados em 2008 US$ 105 bilhões no mercado on line, e o Brasil, segundo ele, tem potencial para movimentar cerca de US$ 10 bilhões. Atualmente, o país está muito longe deste potencial e disse que as projeções são muito favoráveis para que estes números continuem crescendo.

Para os agentes, a nova prática das maiores companhias aéreas brasileiras e a concorrência das agências virtuais têm trazido dificuldades para o setor.

Não obstante, no fim de 2008, agências de viagens de Recife e Brasília deram golpes em clientes e o caso foi notícia nacional. Só em Brasília, a Mix Turismo deu calote em dezenas de pessoas que tiveram lesados pacotes turísticos que variavam de R$ 10.000,00 a R$ 100.000,00.

O caso refletiu até em Mato Grosso do Sul, com agências de viagens homônimas que tiveram seus trabalhos contestados pela ligação aos golpistas.

No fim de janeiro, quase 100 turistas foram impedidos de embarcar em um navio da MSC Sinfonia que iria fazer um cruzeiro internacional, embarcando em Santos e desembarcando em Buenos Aires, passando pelo Uruguai. Esses turistas compraram vouchers falsos de uma free lancer de agência de viagens.



As cópias foram dadas como “falsificações grosseiras” pela empresa de cruzeiros MSC, pois, todos os falsos bilhetes tinham o mesmo número. A agência de viagens pela qual o free lancer supostamente trabalhava, já foi notificada e a polícia está averiguando o envolvimento da agência.

Para a Associação Brasileira de Agências de Viagens – ABAV, tanto os golpes praticados por agências de viagens, quanto às facilidades de compras on line e as taxas de serviços cobradas, fazem com que o consumidor se afaste cada vez mais das agências.

Qual será a proporção de compras via internet no turismo em um futuro próximo? Quais os riscos e facilidades de compras on line? Onde essa nova forma de compras irá impactar na atividade turística?

7 comentários:

Leo Melo disse...

Infelizmente todo esses números e atitudes por parte das empresas turisticas é tomado único e exclusivamente por parte daqueles que são considerados grandes, seja em números de negócios, empregados, hoteis ou aeronaves, e claro, uma atitude digna do século 21 em que vivemos onde o negócio é visto como "negócio e seus números" e que esses tem que crescer substancialmente ano a ano e nada além disto. Então vejo como um processo natural da globalização, pois se as agências tivessem uma oportunidade de comprarem seus próprios aviões ou até mesmo fretarem um, terem seus receptivos e montarem seus próprios pacotes com certeza o fariam, como o fez a Agência Mãe Thomas Cook, que hoje possui sua própria estrutura operacional como sua própria companhia aérea, porém isso é muito mais complicado e envolve um alto patamar de investimento.

Acredito que o futuro das agências apesar de ser um ramo de serviços esta em declinio decadente, porém em nosso país essa queda será a longo prazo, pois os consumidores brasileiros são muito desconfiados e gostam do contato corpo a corpo para fecharem um negócio, apesar que o comércio eletrônico como dito pelo Sr. Romero Rodrigues, do Buscapé, o Brasil tem um potencial de movimentar 10 bilhões no mercado on line anualmente, e isso representa apenas 10% se comparado ao movimento do mercado americano, ou seja mesmo levando em consideração que viajamos menos que eles ainda sim essa movimentação esta aquém do que realmente movimentamos, e é por isso que grandes redes como Americanas, Panamericano, Travel Start - esta última uma agência de viagens online sediada na Suécia presente em mais de 13 países investiu mais de US$ 500 mil na unidade brasileira pretendendo chegar ao final de 2009 com um faturamento local de R$ 36 milhõe - entre muitas outras que ainda chegarão.

Portanto o mercado se deteriorará cada vez mais e ficará pouquissimas agências por cidade, ficando aquelas mais profissionais e que ao mer ver trabalharem tanto com grupos direcionados e também com o turismo rodoviário.

Anônimo disse...

É notável que o turismo não poderia escapar de uma das ferramentas mais importantes da globalização: a tecnologia. E esta, está tomando proporções maiores na contemporaneidade. Assim como a sociedade em um todo, os turistas estão buscando mais independência e autonomia de escolha e planejamento. Com o surgimento da possibilidade de não precisar sair de casa, enfrentar fila ou a demora de atendimento, muitos dos consumidores estão aderindo a uma maneira mais prática de comprar pacotes turísticos, ou, apenas uma passagem para determinado local. Contudo , é nítida a dificuldade de algumas operadoras de aderir ao novo processo de compra. O que ocorre é que o mercado está se direcionando de maneira a facilitar e otimizar as ferramentas de turismo aos seus turistas, cabe as operadoras encontrar um nicho nesse campo e oferecer serviços diferenciados , tais como a dinamização de sua consultoria e programas de fidelização de compra.

Anônimo disse...

Acredito que indepedente do aumento do uso da internet por parte do consumidores, buscando seus póprios roteiros e comprando suas passagens, as agencias de turismo ainda estarão no mercado agindo como facilitadores para aqueles que confiam mais no contato ao vivo com o agente de viagens e também atuando no ramo corporativo, atendendo a demanda de empresas.

Anônimo disse...

Concordo com a Polyanna, mesmo sendo muitas vezes mais fácil efetuar a sua compra pela internet, o consumidor ainda assim prefere muitas vezes ir a uma agência de viagens para poder tirar as suas dúvidas sobre o local desejado.
Nós, turismólogos, sofremos como tantos outros profissionais de outras áreas pela ação de calhordas irresponsáveis que não se preocupam com os que atuam no ramo, mas mesmo assim a internet também não é uma zona segura quando se trata de negociação e movimentação de capital, pois mesmo não querendo existem hackers a expreita esperando a oportunidade de confiscar os nossos dados e senhas para fazerem mal uso dos nossos bens.
Olhando por esse lado, então, podemos esperar que tanto de um lado tanto do outro poderá se ter um almento de vendas pois os dois são arriscados mas mesmo assim é inevitável que em um futuro incerto, a globalização aja para extinguir as transações presenciais e transferindo tudo para on line para melhor comodidade dos usuários!

Celso Eduardo Fontoura Borges Junior

Anônimo disse...

Com o crescimento da tecnologia, o turismo inovou, e muito, democratizou-se essencialmente participativo a partir das ferramentas da tecnologia. A inovação tecnológica intervém agora, em um grande nível, chamada como a inovação do cotidiano, que visa a curto prazo entre o desejo e a realidade do consumidor. O turismo vem crescendo em inteligência, qualidade e dinamismo, e o que é melhor, em tempo real. A internet na agência de viagem e como em qualquer outra área do turismo, deixou de ser simplesmente um meio e passou a ter um fim, sendo que a maioria do consumidor, a maioria do consumidor prefere sim fazer suas compras e pesquisas via internet, até mesmo por falta de tempo de irem as agências, se em suas próprias casas existe um meio para tudo isso. A criatividade na indústria do turismo é estimulada via internet, pois está inscrita num ciclo que dá ritmo a elaboração e á apresentação de diversos pacotes turísticos.

Thiara Sinicatto

Anônimo disse...

Com a inovação da tecnologia, devido à globalização, está cada vez mais fácil o acesso à internet, para o turismo não e diferente, pois se podem conhecer locais turísticos e obter outras informações da região através dos sites, sejam eles da prefeitura local ou sites oficiais da empresa. Acredito que cada vez mais irá crescer o número de procura para compra de pacotes turísticos, pois as pessoas hoje estão interessadas no conforto, e por ser uma opção rápida onde poderá decidir até mesmo no trabalho acaba sendo uma vantagem, no entanto, existem pessoas que não confia totalmente nesse beneficio, e preferem ir à agência local, até mesmo para obter maiores informações do atrativo. Risco acredita que em qualquer situação haverá, porém deve ter uma cautela na compra realizada pela internet, conferir se o site e mesmo seguro, procura aquele que já tem uma procura maior, assim poderá evitar uma “dor de cabeça”. Conclui-se que impacto haverá em um futuro, porém as agências deverão ter uma estratégia para com isso fidelizar seus clientes e as operadoras na compra de pacotes.

Anônimo disse...

bom, com a tecnologia de comunicação evoluindo a cada dia, o jovem utilizando mais a internet significa que estamos entrando em uma nova era, a digital que facilita para o profissional vender seu produto, bem como para o turista que pode escolher e planejar suas ferias, mais muitos ainda ficam em cima do muro ao comprar algo pela internet com medo de cairem em golpes comprando passeios lindos mas quando chegam ao destino nem o hotel esta funcionando, para que reclamar se quase nem leis possuimos suficiente temos,por outro lado companhias aereas investem pesado vendendo pela internet o que facilita e acaba contribuindo para o aumento das vendas em toda area do turismo mesmo que pequena se comparada com a tradicional..







enio